20/10/2025
MINISTRA DA SAÚDE DESTACA AVANÇOS SIGNIFICATIVOS NA SAÚDE MATERNO-INFANTIL NO PAÍS
A Ministra da Saúde, Sílvia Paula Valentim Lutucuta, destacou os progressos alcançados pelo país nos principais indicadores de saúde materno-infantil, considerando-os um reflexo do empenho conjunto dos profissionais do Sector e das políticas públicas implementadas nos últimos anos.
Durante a cerimónia de abertura das 3.ªs Jornadas de Enfermagem da Maternidade Lucrécia Paim, realizada sob o lema “Por uma enfermagem inovadora, humanizada e de excelência”, a governante revelou que os resultados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS 2023/2024) apontam para melhorias substanciais nos índices de mortalidade e fecundidade em Angola.
Segundo os dados mais recentes, a mortalidade infantil caiu de 44 para 32 por 1.000 nados-vivos, enquanto a mortalidade de menores de cinco anos reduziu-se de 68 para 52 por 1.000 nados-vivos. Já a mortalidade materna registou uma descida de 239 para 170 por 100.000 nados-vivos.
A Ministra adiantou ainda que o país regista mudanças positivas nos padrões de fecundidade, tendo a taxa média de filhos por mulher diminuído de 6,2, em 2015/2016, para 4,8 em 2023/2024, o que demonstra avanços no planeamento familiar e no acesso aos serviços de saúde reprodutiva.
Enfermagem no centro do cuidado materno-infantil
A titular da pasta da Saúde fez questão de reconhecer o papel determinante dos profissionais de enfermagem na consolidação dos ganhos alcançados, sobretudo no cuidado materno-infantil.
“Desde as consultas gerais e de pré-natal, ao acompanhamento durante o parto e no pós-parto, os enfermeiros asseguram com competência, serenidade e humanidade o nascimento de novas vidas e o bem-estar das famílias”, frisou.
A Ministra destacou também a contribuição da enfermagem na prevenção da transmissão vertical do VIH, no âmbito do programa “Nascer Livre para Brilhar”, e na administração precoce de vacinas como a da hepatite B (nas primeiras 24 horas de vida), a BCG e a pólio, reforçando a proteção das crianças e o controlo das doenças preveníveis.
Responsabilidade e excelência profissional
De acordo com Sílvia Lutucuta, os enfermeiros têm vindo a assumir funcções de elevada responsabilidade técnica, sobretudo nas áreas de neonatologia, cuidados intensivos, bloco operatório e salas de parto de alta complexidade, contribuindo directamente para a redução da mortalidade materna e neonatal.
“É justo reconhecer que, em muitas destas áreas, os enfermeiros exercem hoje funções críticas, sendo pilares da confiança da população nos nossos serviços de saúde”, afirmou.
Presença ativa nas comunidades
A Ministra lembrou ainda a importância do trabalho dos enfermeiros nos cuidados primários de saúde, onde actuam na puericultura, vacinação, educação para a saúde, planeamento familiar e prevenção de doenças transmissíveis e não transmissíveis.
“Nas comunidades, a enfermagem é presença constante: orienta famílias, apoia mães, sensibiliza jovens e acompanha doentes com empatia e rigor”, destacou a governante.
Compromisso com o futuro
Ao encerrar a sua intervenção, Sílvia Lutucuta, reafirmou o compromisso do Ministério da Saúde em continuar a investir na formação, valorização e modernização da enfermagem, reconhecendo o seu papel estratégico para o alcance das metas nacionais e internacionais de saúde.
“A enfermagem é uma força viva do nosso sistema de saúde. Continuaremos a trabalhar para garantir condições dignas e formação contínua, porque cuidar bem das pessoas é cuidar do futuro de Angola”, concluiu.
Fonte: DCI/MINSA