23/07/2024
Disfunção Tireoidiana e Menopausa
Os distúrbios da tireoide são signif**ativamente mais comuns em mulheres e sua incidência aumenta com o envelhecimento, já
que a produção fisiológica dos hormônios tireoidianos decresce com o avançar da idade.
É provável que quase uma em cada oito mulheres tenha algum tipo de disfunção tireoidiana durante a vida, sobretudo
durante o período de peri- e pós-menopausa.
Existem poucos estudos sobre a relação entre menopausa e função tireoidiana e, portanto, não podemos esclarecer se a menopausa tem efeito na tireoide independentemente do
envelhecimento.
Entretanto, a atividade da tireoide é idade-dependente, uma vez que, com o envelhecimento, ocorre redução da
captação de iodo pela glândula, do T4 livre, da síntese de T3 livre e do catabolismo do T4 livre. Embora o T3 reverso aumente, o nível de TSH permanece normal, às vezes com tendência a
limites mais elevados.
Diante das evidências bem conhecidas sobre o efeito do status da tireoide na função cognitiva, no risco cardiovascular, na remodelação óssea e na longevidade, não f**a difícil entender o risco das disfunções tireoidianas nesse grupo de pacientes. Sendo assim, recomenda-se triagem de rotina para tireoidopatias em mulheres na menopausa, sobretudo porque muitas vezes os sintomas da doença tireoidiana e os da pós-
menopausa se sobrepõem, podendo postergar o diagnóstico da disfunção tireoidiana.
Diretriz Brasileira sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa – 2024