29/10/2025
Você já se sentiu preso em um relacionamento onde o mesmo padrão se repete sem parar?
Quanto mais você busca proximidade, mais o outro se afasta. Quanto mais o outro se afasta, mais você persegue. É uma dança exaustiva onde ninguém consegue o que precisa.
Esse é o ciclo ansioso-evitante. A combinação mais comum e mais destrutiva entre estilos de apego.
A pessoa com apego ansioso sente o parceiro distante e pensa “ele vai me abandonar”. Em pânico, ela busca reasseguramento: liga várias vezes, cobra presença, questiona o amor do outro.
A pessoa com apego evitante sente essa cobrança e pensa “ela é controladora, preciso de espaço”. Sufocada, ela se afasta ainda mais: demora a responder, cancela programas, cria distância emocional.
O ansioso interpreta esse afastamento como confirmação de seu maior medo - “eu sabia! Ele não me ama mesmo!” - e intensifica a perseguição.
O evitante interpreta essa perseguição como confirmação de seu maior medo - “viu? Ela é dependente demais!” - e intensifica a fuga.
E o ciclo continua. Cada um reagindo à reação do outro, confirmando os piores medos de ambos.
A verdade que ninguém te conta é que vocês dois querem exatamente a mesma coisa: amor e segurança. A diferença é que aprenderam formas opostas de buscar isso.
O ansioso aprendeu que precisava gritar mais alto para ser visto. O evitante aprendeu que demonstrar necessidade era perigoso. Nenhum dos dois está errado. Ambos estão protegendo feridas antigas.
A boa notícia é que esse ciclo pode ser quebrado. Não precisa ser os dois ao mesmo tempo. Quando um dos dois desenvolve apego seguro, o padrão muda.
Como sair do ciclo:
1. Reconheça o padrão - Você persegue quando sente medo? Você foge quando sente pressão?
2. Busque terapia - Entender suas feridas de apego e aprender formas saudáveis de lidar com elas
3. Comunique diferente - Ansiosos: peçam o que precisam sem ameaças. Evitantes: deem segurança sem se sentir aprisionados
Você não precisa passar anos dançando essa dança dolorosa. Relacionamentos não deveriam ser uma montanha-russa emocional constante.
Existe um jeito diferente de amar. E ele começa quando você decide quebrar o padrão em vez de culpar o outro por ele.