Fernanda Curto | Fisioterapeuta

Fernanda Curto | Fisioterapeuta Fisioterapia em Uroginecologia, Obstetrícia, Dermato funcional, RPG e Pilates.

Fisioterapeuta formada pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR) e pós-graduanda em Uroginecologia pela Universidade Estácio de Sá.

E o último, mas muito importante, dos cinco tratamentos que foram considerados na revisão Cochrane de Anderson CA et al,...
04/12/2018

E o último, mas muito importante, dos cinco tratamentos que foram considerados na revisão Cochrane de Anderson CA et al, Conservative management for postprostatectomy urinary incontinence.
5 .Eletroestimulação (EE)
Atua ativando as fibras motoras do nervo pudendo, o que pode resultar na contração dos músculos do assoalho pélvico ou da musculatura peri-uretral estriada, apoiando a parte intrínseca do mecanismo de fechamento do esfíncter uretral. Isso pode ser importante no manejo de homens com IUE, fortalecendo os músculos pélvicos e elevando a consciência do paciente sobre esses músculos de maneira semelhante ao biofeedback.
EE também pode ser útil em homens com hiperatividade detrusora ou IUU, pois pode estimular fibras aferentes do nervo pudendo, diminuindo a sensação de urgência e inibindo a atividade parassimpática, o que resulta em uma diminuição nas contrações involuntárias do detrusor. Os parâmetros utilizados variam dependendo do tipo de IU e EE e incluem largura e duração do pulso, intensidade da corrente, freqüência do estímulo, fonte de corrente, duração do tratamento, relação repouso / trabalho e número total de sessões.
A EE intracavitária é realizada com uma sonda a**l projetada para a terapia, e tem intenção de facilitar a contração do músculo estriado.
Para a hiperatividade do detrusor, o TENS ,uma estimulação nervosa sensorial de baixa intensidade, pode ser apliacada usando eletrodos adesivos. Os locais incluem os dermátomos sacrais, o nervo dorsal do p***s, os isquiotibiais e o músculo quadríceps e os nervos tibiais posteriores ou perineais.
Fonte: Anderson CA. et al., Cochrane Systematic Review - Intervention, 2015.design

Ainda falando sobre os cinco tratamentos que foram considerados na revisão Cochrane de Anderson CA et al, Conservative m...
30/11/2018

Ainda falando sobre os cinco tratamentos que foram considerados na revisão Cochrane de Anderson CA et al, Conservative management for postprostatectomy urinary incontinence.
4. Treino muscular do assoalho pélvico (TMAP):
Envolve qualquer método de treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Inclui o ensino de uma contração voluntária precisa do músculo do assoalho pélvico (MAP) usando biofeedback e coordenando e cronometrando a contração contra aumentos na pressão intra-abdominal, freqüentemente denominada TMAP funcional.

Tradicionalmente, o biofeedback envolve o uso de equipamento para fornecer feedback visual ou auditivo sobre a função da MAP para capacitar a pessoa a treinar, fortalecer e aumentar a resistência e a coordenação das contrações. O biofeedback auditivo simples também pode ser fornecido pelo terapeuta, informando o paciente quando uma contração é sentida através do exame a**l digital. Além disso, a eletromiografia (EMG) pode ser usada como um substituto para o biofeedback, bem como para medir a pressão intra-retal.

A base teórica do TMAP é que as contrações voluntárias repetidas da MAP podem melhorar sua força e eficiência durante períodos de aumento da pressão intra-abdominal e podem inibir a atividade detrusora. Pode ainda resultar em hipertrofia dos músculos estriados periuretrais, aumentando assim a 'pressão mecânica externa' na uretra.
Fonte: Anderson CA. et al., Cochrane Systematic Review - Intervention, 2015.
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O objetivo é evitar o desenvolvimento ou a persistência da Incontinência Urinária (IU).   É considerado tratamento conse...
28/11/2018

O objetivo é evitar o desenvolvimento ou a persistência da Incontinência Urinária (IU).

É considerado tratamento conservador aquele que não envolve dr**as ou cirurgia. Neste e nos próximos posts vamos fala sobre os cinco tratamentos que foram considerados na revisão Cochrane de Anderson CA et al. Eles podem ser usados isoladamente ou combinados, quando apropriado.
1. Ajuste de estilo de vida ou terapia comportamental:
Inclui ajuste de ingestão hídrica, dieta saudável, evitando excesso de cafeína, exercícios físicos, perda de peso e cessação do tabagismo.
2. Inervação magnética extra-corpórea:
Envolve o uso de uma cadeira magnética para estimular a contração dos músculos do assoalho pélvico e raízes nervosas sacrais, sem o desconforto de inserir uma sonda a**l.
3. Dispositivos externos de compressão pe***na (pinças pe***nas):
Esses dispositivos usam um grampo externo para obter uma compressão não cirúrgica da uretra, mas esses dispositivos não são seguros e podem causar lesão.
Nos próximos posts vamos falar sobre a Eletroestimulação e o Treinamento Muscular do Assoalho Pélvico (TMAP).
Fonte: Anderson CA. et al., Cochrane Systematic Review - Intervention, 2015.
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A próstata é uma glândula sexual masculina que envolve a saída da bexiga. Duas principais doenças da próstata (câncer da...
27/11/2018

A próstata é uma glândula sexual masculina que envolve a saída da bexiga. Duas principais doenças da próstata (câncer da próstata e aumento benigno da próstata) podem ser tratadas por cirurgia, mas alguns homens sofrem incontinência urinária (IU) depois. Os tratamentos conservadores da IU, como o treinamento dos músculos do assoalho pélvico com ou sem biofeedback ou estimulação elétrica a**l, ajudam os homens a controlar esse vazamento.
Existe um debate considerável na literatura sobre se a incontinência após a prostatectomia é devida a um efeito no músculo detrusor (bexiga) ou no esfíncter, pois comumente essas anormalidades coexistem. A nova hiperatividade detrusora e a deficiência intrínseca do esfíncter devido à lesão esfincteriana ou fraqueza são citadas como as causas mais importantes de incontinência persistente após a prostatectomia radical.
O debate continua sobre se a hiperatividade do detrusor é um fator primário ou secundário. Considerando que alguns relatam a hiperatividade como a causa primária da incontinência pós-prostatectomia outros argumentam fortemente que mesmo que outros fatores desempenhem um papel, a deficiência intrínseca do esfíncter é a causa primária da IU após prostatectomia radical.
Os fatores de risco para a IU após prostatectomia radical incluem anormalidades pré-existentes de contratilidade detrusora e idade avançada. Isto possivelmente acontece porque em homens mais velhos há evidências de atrofia do rabdoesfincter e degeneração neural. Outros fatores de risco incluem RTUP anterior; radioterapia pré-operatória; trauma; uma lesão medular; nova obstrução devido a recorrência, contratura do colo da bexiga ou estenose uretral; Doença de Parkinson; demência; e medicações.
Após a RTUP, acredita-se que a IU seja devida a anormalidades pré-existentes da função da bexiga, como baixa complacência ou hiperatividade detrusora, em vez de lesão esfincteriana direta.
Fonte: Anderson CA. et al., Cochrane Systematic Review - Intervention, 2015.

Recentemente, tem ocorrido um crescente interesse na ação dos músculos do assoalho pélvico como um possível preditor par...
22/11/2018

Recentemente, tem ocorrido um crescente interesse na ação dos músculos do assoalho pélvico como um possível preditor para a recuperação da continência urinária e da função erétil em pacientes submetidos à Prostatectomia Radical (PR).
A avaliação pré-operatória da força muscular do assoalho pélvico (FMAP) também pode ser um fator importante para detectar o risco de Incontinência Urinária e Disfunção Sexual pós-prostatectomia, bem como determinar a eficácia dos recursos fisioterapêuticos.
Em estudo prospectivo, randomizado de Laurienzo et al., o efeito da estimulação elétrica (EE) e do treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP) foi investigado após PR na força muscular do assoalho pélvico, incontinência urinária e função erétil em homens com câncer de próstata tratados por PR.
Os pacientes foram divididos em 3 grupos, sendo: 1. orientações, 2. exercícios domiciliares e 3. exercícios domiciliares + EE em 2 consultas semanais com fisioterapeuta por 7 semanas.
Os resultados desse estudo sugerem que a recuperação da força muscular ocorre independentemente da terapia empregada. O fator tempo parece ser o marcador mais importante.
No entanto, os autores observaram uma associação entre as taxas de recuperação da incontinência urinária e aumento da força muscular do assoalho pélvico, sugerindo um efeito dos músculos do assoalho pélvico na recuperação da incontinência urinária.
Fonte: Laurienzo C.E. et al. J Phys Ther Sci. 2018 Jun; 30(6): 825–831.
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Aproximadamente 70% de todos os novos casos diagnosticados de Câncer de Próstata (CP) são localizados e sem disseminação...
19/11/2018

Aproximadamente 70% de todos os novos casos diagnosticados de Câncer de Próstata (CP) são localizados e sem disseminação metastática e, portanto, em uma fase em que a cura é possível. Hoje em dia, há uma variedade de opções de tratamento para CP não metastático, além da PR (Prostatectomia Radical), que é internacionalmente recomendada como a primeira linha de tratamento.
Em estudo randomizado observou-se que o risco de desenvolvimento de metástases foi significativamente maior no grupo de observação do que no grupo de tratamento com radiação e PR, respectivamente.
É indiscutível que o risco de sobre-tratamento de CP localizado é considerável, e, ao mesmo tempo, deve ser reconhecido que a PR tem efeitos colaterais associados que afetam a qualidade de vida do paciente.
A seleção ideal de pacientes para PR é o maior desafio no tratamento do CP localizado, e a minimização do tratamento em excesso deve ser a maior prioridade. Isto, combinado com a investigação do potencial de PR, como parte de uma estratégia de tratamento multimodal para CP avançado, é uma tarefa importante que requer investigação.
Fonte: Røder MA, Iversen P. Ugeskr Laeger. 2018 Nov 12;180(46). pii: V02180095.design

A triagem baseada em PSA para câncer de próstata (CP) permanece controversa. Uma melhor identificação dos fatores de ris...
14/11/2018

A triagem baseada em PSA para câncer de próstata (CP) permanece controversa. Uma melhor identificação dos fatores de risco para orientar a triagem adaptada ao risco surgiu como uma questão fundamental.
Entre os fatores não modificáveis, o principal é a idade. Apenas 25% dos CPs são diagnosticados antes dos 65 anos na Europa. A variação racial também é pronunciada, com homens negros de ascendência africana nos EUA com 58% maior incidência, e hispânicos com 14% menor incidência comparadas com aquelas para homens brancos de ascendência européia.
Entre os fatores genéticos, o risco relativo é maior em homens que têm casos em parentesco de primeiro grau.
Alguns estudos sugeriram que o risco de CP está aumentado em homens com histórico de infecções do trato urinário, que podem causar inflamação intra-prostática crônica.
O tabagismo está associado a um aumento moderado do risco de CP agressivos ou fatais, particularmente em fumantes atuais, ​​que parecem ter um risco 2 vezes maior.
Outro estudo sugeriu que o aumento do índice de massa corporal está associado a um aumento no CP avançado. Um estilo de vida sedentário tem sido associado a maior PSA em uma grande pesquisa e uma meta-análise encontrou uma pequena relação inversa entre atividade física e risco de CP.
Fonte: Cuzik J. et al. Lancet Oncol. 2014 Oct; 15(11): e484–e492.
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A incidência de câncer de próstata (CP) varia principalmente por idade, raça/etnia e histórico familiar. Continua a aume...
08/11/2018

A incidência de câncer de próstata (CP) varia principalmente por idade, raça/etnia e histórico familiar. Continua a aumentar, principalmente nos países desenvolvidos ocidentais e deverá aumentar para 1,7 milhões de casos até 2030, globalmente.
O rastreamento para CP visa diagnosticar a doença em um estágio inicial, quando as chances de sucesso no tratamento são maiores, aumentando assim a possibilidade de cura. De fato, o uso difundido de te**es como o antígeno prostático específico (PSA) na população geral, melhorou a detecção precoce de CP, aumentando assim, a incidência de CP diagnosticado.
O equilíbrio entre os benefícios e os danos do rastreamento ainda é controverso. O teste de CP levou a resultados falso-positivos, complicações e excesso de diagnóstico (estimativas de risco: até 67%) que podem levar a mais investigações desnecessárias e sobretratamento.
As recomendações para o teste de CP por algumas autoridades de saúde estão se tornando mais consistentes, estabelecendo restrições e apenas rastreando homens bem informados.
Consulte sempre um urologista.
Fonte: Martínez-González N.A. et al. BMC Cancer. 2018 Oct 22;18(1):1015. doi: 10.1186/s12885-018-4794-7.
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Novembro Azul é uma campanha para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnós...
07/11/2018

Novembro Azul é uma campanha para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Por ano, a doença provoca 13 mil mortes, segundo o Instituto Lado a Lado Pela Vida. O diagnóstico precoce é fundamental para a cura.
Nós, fisioterapeutas pélvicos, lidamos diariamente com as sequelas desse problema e, além de participar do tratamento, podemos ter um papel importante na vida dos homens que estão à nossa volta: pai, filhos, irmãos, marido, namorado, amigos... Converse com eles sobre a importância de cuidarem da saúde e da prevenção do câncer de próstata.
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Por que fortalecer o assoalho pélvico no tratamento do prolapso de órgãos pélvicos (POP)?Existem duas hipóteses principa...
03/11/2018

Por que fortalecer o assoalho pélvico no tratamento do prolapso de órgãos pélvicos (POP)?
Existem duas hipóteses principais:
1º. O treinamento de força para os músculos do assoalho pélvico pode acumular suporte estrutural pélvico, aumentando o volume muscular e elevando músculos e órgãos pélvicos dentro da pelve.
2º. Foi demonstrado que uma contração intencional e eficaz do músculo do assoalho pélvico antes e durante o esforço (tosse) reduz o vazamento da incontinência urinária de esforço - o Knack (Miller 1998). A descida do colo da bexiga mostrou ser significativamente menor quando as mulheres foram solicitadas a contrair o assoalho pélvico antes de uma tosse do que quando tossem sem contração.
Atividades que envolvem aumento da pressão intra‐abdominal (levantamento de peso, tosse crônica) foram citadas na etiologia do POP, portanto, é possível aplicar o princípio da pré-contração dos músculos do assoalho pélvico com qualquer aumento de pressão intra-abdominal para muitas atividades, como tossir, espirrar e levantar para evitar a descida do colo da bexiga e possivelmente outro órgão pélvico em mulheres com POP.
Fonte: Hagen S, Stark D. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 12. Art. No.: CD003882. DOI: 10.1002/14651858.CD003882.pub4.design

A prevenção ou tratamento conservador do prolapso são intervenções físicas ou de estilo de vida.As intervenções físicas ...
31/10/2018

A prevenção ou tratamento conservador do prolapso são intervenções físicas ou de estilo de vida.
As intervenções físicas incluem avaliação, exercícios e reforço do músculo do assoalho pélvico contra aumento da pressão intra-abdominal (por exemplo, tosse ou levantamento de peso).
Através da avaliação e prescrição de exercícios diários, as mulheres começam a alongar as contrações, aumentar as repetições e reduzir os períodos de descanso.
Estimulação elétrica e biofeedback, que são frequentemente usados ​​como adjuntos do treinamento muscular do assoalho pélvico, também estão incluídos nas intervenções físicas.
Intervenções de estilo de vida incluem perda de peso, redução das atividades de exacerbação (por exemplo, tosse ou levantamento de peso) e tratamento da constipação.
Fonte: Hagen S, Stark D. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 12. Art. No.: CD003882. DOI: 10.1002/14651858.CD003882.pub4.
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Prolapso de órgão pélvico inclui prolapso anterior da parede va**nal (uretrocele, cistocele), prolapso da parede va**nal...
26/10/2018

Prolapso de órgão pélvico inclui prolapso anterior da parede va**nal (uretrocele, cistocele), prolapso da parede va**nal posterior (enterocele, retocele) e prolapso do segmento apical da va**na (prolapso do colo do útero, do útero). Uma mulher pode apresentar prolapso de um ou mais desses compartimentos.
Os fatores de risco incluem gravidez, parto, anormalidades congênitas ou adquiridas do tecido conjuntivo, desnervação ou fraqueza do assoalho pélvico, envelhecimento, menopausa e fatores associados à pressão intra-abdominal cronicamente elevada (por exemplo, levantamento de peso).
As mulheres com prolapso comumente apresentam uma variedade de sintomas do assoalho pélvico, incluindo sensação de peso pélvico; sensação de bola na va**na; protuberância descendo da va**na; e dor nas costas. Sintomas da bexiga e do intestino e disfunção sexual também estão freqüentemente presentes.
Vamos falar sobre tratamento nos próximos posts.
Fonte: Hagen S, Stark D. Cochrane Database of Systematic Reviews 2011, Issue 12. Art. No.: CD003882. DOI: 10.1002/14651858.CD003882.pub4.
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