Olharpericial/SR2021

Olharpericial/SR2021 Venha aprender e refletir sobre como a psique influencia ações e comportamentos.

"Explorando a psicanálise como ferramenta de compreensão e transformação, nossas palestras abordam questões cruciais sobre criminalidade, comportamento humano e prevenção.

O Menino que Sonhava com Leões — e a Sociedade que Esqueceu de Ser HumanaSandro César Roberto
03/12/2025

O Menino que Sonhava com Leões — e a Sociedade que Esqueceu de Ser Humana

Sandro César Roberto

Em confusão de marido e mulher não se mete a colher — e isso não é omissão, é prudência.Quando duas pessoas entram em co...
19/11/2025

Em confusão de marido e mulher não se mete a colher — e isso não é omissão, é prudência.
Quando duas pessoas entram em conflito, ninguém de fora conhece de verdade o contexto, a intensidade emocional ou os riscos envolvidos. Intervir diretamente pode transformar você em alvo, piorar a situação e criar consequências que fogem totalmente do seu controle.

Por isso, nunca — em hipótese nenhuma — se intrometa fisicamente ou tente “resolver” a briga.
A melhor atitude é a mais segura e responsável: ligue para a polícia, descreva o que está vendo e não se identifique.
Quem tem preparo para agir é quem pode proteger as vidas ali envolvidas sem colocar outras em risco.

A verdadeira ajuda não é entrar na confusão, mas acionar quem tem autoridade, preparo e proteção para intervir. Às vezes, a maneira mais sábia de cuidar é manter distância e chamar quem pode agir.

Os “Rambos” da Vida RealNo começo de Rambo, não vemos um herói: vemos um homem quebrado.Um veterano tentando existir num...
16/11/2025

Os “Rambos” da Vida Real

No começo de Rambo, não vemos um herói: vemos um homem quebrado.
Um veterano tentando existir num mundo que não enxerga sua dor, buscando apenas um pouco de humanidade — e encontrando rejeição.

Essa história parece ficção, mas é o retrato de muitos brasileiros.

Quantos Rambos temos hoje nas nossas forças de segurança?
Profissionais que enfrentam violência, pressão e traumas diariamente… e ainda assim não têm apoio psicológico, emocional ou familiar suficientes.

Eles carregam duas guerras:
a que vivem nas ruas e a que travam dentro da própria mente.

Por trás da farda existe alguém cansado, alguém tentando se manter inteiro, alguém pedindo ajuda sem dizer uma palavra.

A pergunta é dura, mas necessária:
até quando vamos ignorar a saúde mental de quem nos protege?

Porque mesmo os mais fortes também quebram — e ninguém deveria enfrentar essa batalha sozinho.

O Adolescente e a Repulsa pela Própria FeminilidadeNa contemporaneidade, observa-se um fenômeno crescente: adolescentes ...
06/11/2025

O Adolescente e a Repulsa pela Própria Feminilidade

Na contemporaneidade, observa-se um fenômeno crescente: adolescentes do s**o masculino manifestando traços femininos — na fala, na postura, na sensibilidade e até na forma de expressão emocional — e, paradoxalmente, demonstrando repulsa, vergonha ou até hostilidade diante dessas mesmas características.

Esse conflito interno nasce da colisão entre dois mundos psíquicos. De um lado, a sociedade moderna, que flexibiliza papéis de gênero e valoriza a liberdade de expressão. Do outro, um inconsciente coletivo ainda preso a arquétipos rígidos de masculinidade — o guerreiro, o dominador, o invulnerável.

Quando o jovem, em processo de formação de identidade, expressa aspectos da anima (a parte feminina da psique descrita por Jung), ele toca zonas de vulnerabilidade e afeto que a cultura masculina costuma reprimir. O desconforto, então, não vem apenas da aparência ou do gesto, mas da sensação de “traição” ao ideal masculino internalizado desde a infância.

A repulsa é, na verdade, um mecanismo de defesa — uma forma inconsciente de tentar recalcar aquilo que desperta medo: a perda da referência identitária e o julgamento social. Ao rejeitar o feminino em si, o adolescente busca reafirmar a masculinidade idealizada, mas acaba se distanciando da própria autenticidade emocional.

O trabalho terapêutico deve focar na integração: compreender que os polos masculino e feminino coexistem em todos os seres humanos, e que o equilíbrio entre força e sensibilidade é o verdadeiro sinal de maturidade psíquica. Somente quando o adolescente aceita suas nuances, ele deixa de lutar contra si mesmo e começa, enfim, a se tornar inteiro.

Sandro César Roberto

05/11/2025

REALIDADE CRUEL — O AMOR SOB A ESPADA

Em algumas nações onde a fé dita a lei, o simples ato de amar pode custar a vida.
Homens são perseguidos, torturados e, muitas vezes, decapitados em praças públicas, diante de multidões que aplaudem como se o sangue limpasse o pecado.
Outros são apedrejados, enforcados ou lançados do alto de edifícios — e tudo isso em nome de Deus.

O crime?
Amar alguém do mesmo s**o.
Desejar o que o dogma não permite.
Ser o que a tradição insiste em apagar.

A fé que deveria acolher se torna lâmina; o altar, cadafalso.
E o silêncio do mundo é ensurdecedor.
Enquanto corpos tombam, governos se calam, e o medo se perpetua nos becos e nas almas.

Esses homens e mulheres vivem o terror de existir entre duas mortes:
a física, que os regimes impõem;
e a psíquica, que nasce da vergonha, do ódio introjetado e da culpa que corrói o ser.

Na lente da psicanálise, o que vemos é um ego despedaçado — o sujeito aprisionado entre o desejo e o superego social que o condena.
Ele aprende a odiar a si mesmo para tentar sobreviver num ambiente que o nega.
Mas o recalque coletivo sempre cobra seu preço: violência, repressão e sofrimento que se repetem de geração em geração.

A verdadeira doença não está no desejo —
está na sociedade que precisa destruir o outro para silenciar o próprio medo.

E talvez um dia, quando o amor deixar de ser sentença e voltar a ser milagre,
a fé volte a cumprir seu papel original: salvar, não matar.

Sandro César Roberto

16/10/2025

É perturbador perceber como a moda contemporânea flerta com o obscuro, transformando em estética o que foi símbolo de dor e opressão. Da idolatria velada aos uniformes militares nazistas à recente apropriação das listras dos prisioneiros dos campos de concentração, a indústria parece testar os limites da memória e da ética. O que antes marcava a desumanização, hoje é desfilado com glamour e ignorância histórica. Falta discernimento, empatia e, sobretudo, consciência. Quando a vaidade supera a lembrança do sofrimento humano, a moda deixa de ser expressão e passa a ser provocação vazia — um espelho frio da nossa superficialidade coletiva.

Avaliação psicanalítica:
Sob a ótica psicanalítica, a moda contemporânea revela uma busca inconsciente por poder e pertencimento. A repetição de símbolos ligados à dor e à dominação não é acaso, mas um retorno do reprimido: a tentativa de reencenar, de forma estetizada, aquilo que a humanidade não elaborou plenamente — a culpa e o trauma da barbárie. O consumo de imagens ligadas ao sofrimento é uma forma de negar a própria fragilidade, projetando força onde houve horror. A moda, assim, torna-se sintoma: uma linguagem inconsciente que expressa a negação do luto coletivo e o fascínio do ego pela dominação e pela estética do poder.

Sandro César Roberto

O Enfraquecimento do Carinho e do Amor Conjugal na Perspectiva PsicanalíticaNa visão psicanalítica, o amor entre cônjuge...
14/10/2025

O Enfraquecimento do Carinho e do Amor Conjugal na Perspectiva Psicanalítica

Na visão psicanalítica, o amor entre cônjuges é um campo complexo, tecido por desejos inconscientes, projeções e identificações que se entrelaçam desde o início da relação. No entanto, com o passar do tempo, esse amor pode se fragilizar — não apenas por fatores externos, mas por movimentos internos do próprio psiquismo de cada parceiro.

O carinho e a ternura, que no início fluem como expressão espontânea do desejo de fusão e pertencimento, podem, aos poucos, dar lugar à indiferença. O sujeito, inconscientemente, começa a deslocar seus afetos, a retirar o investimento libidinal que antes estava colocado no outro. Freud chamou esse movimento de “retirada da libido objetal”, que ocorre quando o parceiro deixa de ser fonte de satisfação emocional e passa a ser percebido como objeto frustrante ou ameaçador à autonomia do eu.

Muitas vezes, o que chamamos de “rotina” é, na verdade, o resultado de um recalque do desejo — um medo de revisitar o próprio inconsciente, de lidar com as faltas e as idealizações projetadas no parceiro. Assim, o amor inicial, que tinha um caráter simbiótico e idealizado, se decompõe diante da realidade psíquica e das frustrações inevitáveis da convivência.

O enfraquecimento do carinho é, portanto, um sintoma. Ele denuncia um distanciamento emocional que pode indicar não apenas o fim de um ciclo afetivo, mas também a dificuldade de cada sujeito em sustentar o vínculo diante de suas próprias contradições internas. Quando o amor esfria, o inconsciente grita — e muitas vezes, o casal silencia.

Na luz da Psicanálise, a possível ruptura não é apenas o término de uma relação amorosa, mas o desmoronar de um pacto inconsciente: aquele que unia dois sujeitos não apenas pelo afeto, mas pela necessidade mútua de se reconhecer e se espelhar no outro.
Quando esse espelho se quebra, o casal é convidado — consciente ou inconscientemente — a revisitar suas origens afetivas, seus medos de abandono e suas formas de amar. É nesse ponto que se abre o espaço para o trabalho analítico: compreender o que se perde quando o amor enfraquece e o que, de fato, se tenta preservar com a ruptura.

Sandro César Roberto




















A resiliência humana é uma força silenciosa e poderosa, presente em cada indivíduo de maneiras que muitas vezes só se re...
10/10/2025

A resiliência humana é uma força silenciosa e poderosa, presente em cada indivíduo de maneiras que muitas vezes só se revelam diante das adversidades. Ela se manifesta na capacidade de suportar perdas, enfrentar dores, superar traumas e seguir adiante, mesmo quando o caminho parece impossível. É a habilidade de se reinventar, aprender com erros e transformar experiências difíceis em aprendizado e crescimento.

Porém, a resiliência não conhece moralidade: ela pode ser direcionada tanto para o bem quanto para o mal. Há quem a utilize para construir pontes, ajudar outros, criar arte ou promover mudanças positivas no mundo. Ao mesmo tempo, há quem a aplique para perpetuar injustiças, manipular, controlar ou infligir dor. A mesma capacidade de se adaptar e persistir pode ser ferramenta de cura ou instrumento de destruição.

O que diferencia os caminhos que a resiliência assume é a consciência e os valores de quem a possui. O verdadeiro desafio não é apenas sobreviver às tempestades da vida, mas escolher como se erguer delas. E, nesse sentido, a resiliência humana é mais do que resistência: é também reflexão, responsabilidade e, acima de tudo, liberdade de decidir o impacto que teremos no mundo.

Sandro César Roberto












Fato, a depressão, falta de apoio emocional, mata, cuide dessa saúde mental!
09/10/2025

Fato, a depressão, falta de apoio emocional, mata, cuide dessa saúde mental!

O TRÁGICO FIM DA LOIS LANE MAIS FAMOSA DO CINEMA 💔

Margot Kidder nasceu em 1948, no Canadá, e entrou para a história do cinema como Lois Lane, a intrépida repórter do Daily Planet nos filmes clássicos do Superman, estrelados por Christopher Reeve entre o fim dos anos 1970 e durante os anos 80. Com seu jeito vibrante, engraçado e determinado, Kidder ajudou a redefinir a personagem, tornando-a muito mais do que apenas o par romântico do herói: ela virou um ícone por si só, referência até hoje para novas adaptações.

Mas por trás do sucesso, a vida da atriz foi marcada por uma luta constante contra o transtorno bipolar. Ao longo das décadas, Margot enfrentou crises severas, que afetaram sua carreira e sua vida pessoal. Nos anos 90, chegou a viver em situação de rua, um episódio que a colocou em evidência nos noticiários, muitas vezes de maneira cruel e sensacionalista.

Mesmo assim, Kidder não se rendeu facilmente. Ela encontrou caminhos para seguir trabalhando, aceitou papéis menores em filmes e séries e também se dedicou a causas sociais e políticas, especialmente ligadas à defesa do meio ambiente. Sua resiliência foi admirada por colegas de profissão e por fãs que a acompanhavam desde os tempos de Superman.

Infelizmente, a batalha interna foi mais dura do que qualquer papel que interpretou.

Após enfrentar um longo período com depressão. Em maio de 2018, Margot Kidder morreu aos 69 anos, cometendo "$uicídl0" por overdose de álcool e dr**as. Ela deixou um legado que vai muito além de Lois Lane: o talento, a coragem e também a lembrança de como a saúde mental precisa ser levada a sério.

(Via: Cinema Noob)

06/10/2025

O retorno do recalcado masculino e a ferida narcísica

Base teórica: Freud (1914) – Sobre o narcisismo: uma introdução; Lacan (1958) – A significação do falo.

O aumento do feminicídio pode ser visto como uma resposta patológica de um inconsciente masculino fragilizado diante da perda simbólica de seu lugar de poder.
Freud descreve que o sujeito, quando ferido em seu narcisismo, tende a reagir de forma destrutiva — pois a ferida narcísica ativa o instinto de morte (Thanatos) e a necessidade inconsciente de reestabelecer o controle sobre o objeto amado.

Nas últimas décadas, observa-se também o crescimento de denúncias falsas, muitas vezes usadas como instrumento de poder, chantagem ou benefício econômico. Esse fenômeno gera em alguns homens sentimentos de injustiça, humilhação e aniquilamento simbólico.
Lacan explica que o sujeito, quando é “castrado” simbolicamente — ou seja, quando sente que sua imagem é destruída no olhar do outro — pode reagir com violência na tentativa de recuperar seu valor.

Assim, o falso testemunho, ainda que praticado por uma minoria, atua como gatilho em personalidades já fragilizadas emocionalmente. O ego masculino ferido, sentindo-se desmoralizado perante a sociedade e impotente diante da lei, converte o ressentimento em ato.
Trata-se de uma reação inconsciente à perda da imagem idealizada de si mesmo, não do amor à mulher em si. Gerando em si o ódio vindo cometer o feminicidio , há ter ter leis que pune a calúnia com cadeia e processos, fora o prejuízo moral e financeiro o desvio de equipes de segurança que poderiam estar atendendo mulheres que realmente sofrem violência.

Sandro César Roberto

Os prazeres da cavalgada e os impactos psicológicos da interação com os animaisA cavalgada, enquanto prática de contato ...
02/10/2025

Os prazeres da cavalgada e os impactos psicológicos da interação com os animais

A cavalgada, enquanto prática de contato direto com o cavalo, ultrapassa o aspecto recreativo e revela-se como uma experiência de relevância psicossocial e emocional. Estudos na área da psicologia e das terapias assistidas por animais indicam que a relação humano-animal promove benefícios que vão desde a redução de sintomas de estresse até o fortalecimento de vínculos afetivos e da autoestima (Bachi, 2012).

O movimento rítmico do cavalo, quando associado à concentração e ao estado de presença exigidos do praticante, atua como um regulador psicofisiológico. A cadência natural da cavalgada favorece a diminuição da ansiedade, a melhora do equilíbrio emocional e a ampliação da percepção corporal (Cuypers et al., 2011). Além disso, o cavalo, por sua natureza sensível e responsiva, exige do indivíduo empatia, autocontrole e capacidade de leitura não verbal, habilidades essenciais tanto para a vida psíquica quanto para a interação social.

Do ponto de vista clínico, a interação entre ser humano e cavalo reforça aspectos terapêuticos que podem ser compreendidos como facilitadores da autorregulação emocional, do senso de confiança e da ressignificação de experiências emocionais. Nesse sentido, a cavalgada não apenas se configura como prática de lazer, mas como uma forma complementar de promoção de saúde psicológica e bem-estar integral.

Sandro César Roberto

Referências (exemplos):

Bachi, K. (2012). Equine-facilitated psychotherapy: The gap between practice and knowledge. Society & Animals, 20(4), 364–380.

Cuypers, K., De Ridder, K., & Strandheim, A. (2011). The effect of therapeutic horseback riding on adolescents with social, emotional and behavioural problems: a literature review. European Journal of Psychotherapy & Counselling, 13(3), 255–273.

Ações e trabalhos constantes para o povo.
29/09/2025

Ações e trabalhos constantes para o povo.

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