01/12/2025
Nessas fotos, tiradas no aniversário de 1 aninho da Antonella, enquanto ela dormia, nós escrevíamos.
Escrevíamos cartas pra ela.
Desde antes do nascimento, eu já tinha começado esse ritual: carta após carta, mês após mês, registrando o quanto era — e é — importante tê-la comigo. Cada pedacinho de amor, cada descoberta, cada crescimento. Tudo aquilo que ficava em mim depois de viver mais um mês ao lado dela, eu colocava no papel.
E no primeiro ano, claro, não seria diferente.
Mas por que colocar todo mundo pra escrever?
Porque existem registros que não se perdem no tempo. Coisas que ganham outro sabor quando são escritas à mão. E eu confesso: eu não sabia que esse momento seria tão especial.
Ali estavam os pais, os avós, a bisa, a tia… todos reunidos ao redor de uma mesa, celebrando a vida da Antonella e, ao mesmo tempo, deixando um pedacinho de si guardado pra ela. Entre risadas, conversas, canetas e lápis de cor, cada um fez sua lembrança do seu jeitinho: alguns escreveram, outros desenharam… mas todos colocaram no papel o amor que carregam por ela.
Brinquei que vieram para um aniversário e, no meio, descobriram que tinha “prova escrita”. Prova surpresa ainda! Entre gargalhadas, um espiava o do outro, alguns escondiam, outros mostravam com orgulho.
E eu olhava aquilo e pensava:
isso não é só um presente pra Antonella.
É um presente pra todos nós.
A chance de registrar o que muitas vezes já fazemos em atos, em gestos, em cuidados. Mas agora, de um jeito que não se perde. Um jeito que o tempo não apaga.
Não sei ainda quando vou entregar essas cartas pra ela. Talvez quando crescer. Quem sabe quando sair de casa, se formar, se casar… ou quando nós não estivermos mais aqui.
O momento certo eu não sei.
Mas uma coisa eu sei:
essas cartas já têm endereço certo.
O coração da Antonella — hoje, amanhã e sempre. ✨