Dani Reike

Dani Reike Terapia Holística, e uma Terapia Natural pra todos o Público,sem contra indicação...

Cabocla Jurema Ela vem dos ventos da mata, montada na força da natureza e vestida com a sabedoria dos antigos. Cabocla J...
19/10/2025

Cabocla Jurema

Ela vem dos ventos da mata, montada na força da natureza e vestida com a sabedoria dos antigos. Cabocla Jurema não fala apenas com palavras, fala com o olhar firme, com o canto das folhas, com o som do maracá que ecoa o poder dos encantos da floresta.
Ela é firme como o tronco da árvore sagrada, mas suave como o orvalho que beija a terra ao amanhecer. Ela ensina que a verdadeira força não está em dominar, e sim em compreender. Que sabedoria é saber ouvir o silêncio da mata e o sussurro dos ancestrais.
Quando chega, sua energia abre caminhos, quebra feitiços de tristeza e desperta a coragem adormecida no coração de quem busca sua ajuda. Ela é a mãe, a guerreira e a mestra, a que cura com ervas, ensina com amor e luta com fé.

Salve a força da Cabocla Jurema!
Que sua luz verde e dourada envolva nossos caminhos, trazendo cura, equilíbrio e sabedoria.

Okê Cabocla Jurema! Saravá sua força, saravá sua luz!

🕊️Por que tocamos o chão e depois a cabeça?Na Umbanda, tocar o chão três vezes e depois a testa, as orelhas e a parte de...
19/10/2025

🕊️Por que tocamos o chão e depois a cabeça?

Na Umbanda, tocar o chão três vezes e depois a testa, as orelhas e a parte de trás da cabeça é um ritual conhecido como “firmar a cabeça”.
O gesto simboliza entrega, humildade e respeito à espiritualidade, aos Orixás e aos guias, pedindo licença ao universo espiritual e alinhando corpo, mente e espírito antes do trabalho mediúnico.

🔸 1. O gesto e seu signif**ado

Ao tocar o chão, o médium reconhece o solo sagrado e se conecta à energia da Mãe Terra, origem e destino de toda vida.
Esse ato pede permissão e proteção, firmando o Axé e preparando o campo espiritual.

Ao levar as mãos à cabeça, o médium traz essa força para o Ori, ponto de poder onde habita o Orixá — é pela cabeça que o Axé se ancora e a fé se manifesta.

🔸 2. Tocando o chão

São três toques com as mãos, representando:

1. A conexão com a Terra (Ayê);

2. A reverência ao Axé dos Orixás;

3. O agradecimento aos guias e ancestrais.

Em algumas casas, os toques são feitos em forma de cruz, simbolizando o equilíbrio das forças da natureza.
O número três é sagrado e reforça o poder do gesto.

🔸 3. Tocando a cabeça

Depois, a mão é levada à cabeça em três pontos:

Testa: sabedoria e energia mental.

Orelhas: escuta espiritual.

Nuca: força e sustentação.

Esse movimento traz para o Ori a energia firmada no chão, unindo terra e espírito, humano e divino.

🌿 Em essência

> Tocamos o chão para reverenciar e firmar.
Tocamos a cabeça para receber e equilibrar.

E nesse gesto, reconhecemos que o sagrado começa dentro de nós.

📿 Umbanda é respeito, consciência e aprendizado.
Dani Reike

"Se engana quem acha que riqueza e status atraem inveja. As pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a felicidade escanc...
19/10/2025

"Se engana quem acha que riqueza e status atraem inveja.
As pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a felicidade escancarada e sincera, a alegria exagerada, as amizades que o outro atrai, a boa energia que transmite, o brilho ofuscante no olhar, a sinceridade espontânea, a positividade pela vida, a leveza no andar e a paz interior...
E isso meus amigos não há dinheiro que pague."

Gina Rubilar

Parábola antiga indiana os 7 monges segos 🐘Sete sábios cegos foram até um elefante para entender o que era esse animal. ...
19/10/2025

Parábola antiga indiana os 7 monges segos 🐘

Sete sábios cegos foram até um elefante para entender o que era esse animal. Cada um deles tocou uma parte diferente do corpo do elefante e, com base na sua experiência, formou uma opinião sobre o que era o elefante.

- O primeiro sábio tocou a tromba e disse: "O elefante é como uma cobra".
- O segundo sábio tocou a presa e disse: "Não, o elefante é como uma lança".
- O terceiro sábio tocou a orelha e disse: "Não, o elefante é como uma ventarola".
- O quarto sábio tocou o corpo e disse: "Não, o elefante é como uma parede".
- O quinto sábio tocou a perna e disse: "Não, o elefante é como uma coluna".
- O sexto sábio tocou a cauda e disse: "Não, o elefante é como uma corda".
- O sétimo sábio tocou a barriga e disse: "Não, o elefante é como um barril".

A moral:

Cada um dos sábios estava convencido de que sua percepção era a única correta, e eles começaram a discutir e a argumentar entre si. No entanto, nenhum deles estava errado ou certo, pois cada um havia experimentado apenas uma parte do elefante.

A moral da história é que a verdade é complexa e multifacetada, e que diferentes perspectivas podem ser válidas, mesmo que pareçam contraditórias. É importante reconhecer as limitações da nossa compreensão e estar aberto a aprender com os outros.

Essa história é frequentemente usada para ilustrar a importância da empatia, da tolerância e da abertura para diferentes perspectivas.

✨ A Luz que Habita nas Sombras da Compreensão ✨

A parábola dos sete sábios cegos e o elefante é mais do que uma história sobre percepção — é um espelho da jornada espiritual humana. Cada sábio representa uma parte de nós: um aspecto da consciência que tenta compreender o Todo com base em fragmentos de experiência.

Assim somos nós diante do Mistério Divino. Tocamos apenas partes do Infinito e, ainda assim, acreditamos conhecê-lo por completo. Uns veem a Deus na religião, outros na ciência, outros no silêncio, e alguns apenas no amor — mas o Divino é maior do que qualquer uma dessas percepções. Ele é o Todo que habita em cada parte, invisível aos olhos, mas perceptível ao coração desperto.

O elefante, nessa parábola, simboliza a Verdade única — imensa, silenciosa e pacíf**a.
Os sábios cegos simbolizam a humanidade — cada um buscando a Verdade através de um toque, uma crença, uma visão limitada.
E o cego que reconhece a própria limitação é aquele que começa a enxergar.

A lição espiritual é profunda:
a Verdade não se encontra em possuir razão, mas em abrir-se para o que o outro percebe.
A sabedoria nasce quando o ego se cala e o coração escuta.
Pois a soma das percepções é o caminho para o Uno.

A humildade é, portanto, a primeira visão do espírito.
É ela que nos permite compreender que nenhum de nós detém a Verdade, mas todos participamos dela — como pequenas faíscas refletindo a luz de um mesmo sol.

Quando nos unimos em escuta, quando deixamos que a visão do outro amplie a nossa, algo sagrado acontece: o invisível começa a tomar forma.
E então, juntos, tocamos o Divino em sua totalidade.

Que cada encontro em tua vida te ensine uma nova face do elefante.
Que cada alma que cruza teu caminho te revele um novo aspecto do Todo.
E que, ao somar todas as percepções, tua visão interior desperte —
para que, mesmo sem ver com os olhos, possas enxergar com a alma.

Fernanda Luzia🌹✨️

🌌 E se a sorte nunca tivesse existido? 😱Pesquisadores da física quântica estão começando a desafiar uma das ideias mais ...
17/10/2025

🌌 E se a sorte nunca tivesse existido? 😱

Pesquisadores da física quântica estão começando a desafiar uma das ideias mais antigas da humanidade: a de que a sorte é apenas um acaso.

Novos estudos sugerem que o que chamamos de azar ou boa sorte pode estar ligado a estruturas invisíveis que regem o comportamento da matéria e da energia no universo — padrões tão sutis que escapam aos nossos sentidos, mas que influenciam profundamente a realidade.

🎲 E se cada pensamento, emoção e decisão emitisse vibrações capazes de moldar os acontecimentos ao nosso redor?

De acordo com essas pesquisas, eventos aparentemente aleatórios — como ganhar na loteria, cruzar o caminho certo na hora certa ou escapar de um acidente por segundos — não seriam simples coincidências. Estariam conectados a campos de informação quântica, uma teia invisível que entrelaça tudo o que existe.

Essas ideias se apoiam em experimentos com partículas subatômicas que permanecem interligadas mesmo separadas por grandes distâncias — o emaranhamento quântico. Esse fenômeno revela que o universo é uma rede de conexões profundas, onde nada acontece isoladamente.

Talvez, quando algo dá certo de forma improvável, não seja obra do acaso… mas o resultado de interações invisíveis que seguem leis ainda não compreendidas.

⚛️ A sorte pode ser apenas sincronia — o alinhamento entre o estado interno de uma pessoa e o fluxo energético do cosmos.
Quando ambos vibram na mesma frequência, os resultados positivos se manifestam com mais frequência.

E embora a ciência tradicional ainda veja essas ideias com cautela, novas tecnologias quânticas e sistemas de inteligência artificial começam a revelar correlações que antes pareciam impossíveis.

✨ A cada descoberta, f**a mais claro que o universo talvez não opere ao acaso, mas segundo uma ordem invisível, tecida por padrões cósmicos sutis — onde cada escolha, pensamento e vibração moldam o próprio tecido da realidade.

📚 Fontes e inspiração científ**a:
• Aspect, A., Clauser, J., & Zeilinger, A. — Prêmio Nobel de Física (2022), por experimentos sobre emaranhamento quântico e não-localidade.
• Wheeler, J. A. — Delayed-choice experiment, Universidade de Princeton.
• Bohm, D. — Wholeness and the Implicate Order (1980).
• Nature Physics & Physical Review Letters — estudos recentes sobre correlação quântica e campos de informação.

🔮 Talvez nunca tenha havido sorte… apenas a harmonia invisível do universo.

O QUE É A MATRIX? -QUEM NÃO FICAR DE CABELO EM PÉ, NÃO ENTENDEU NADA!!!É uma construção mental que engloba todas as cren...
17/10/2025

O QUE É A MATRIX?
-QUEM NÃO FICAR DE CABELO EM PÉ, NÃO ENTENDEU NADA!!!

É uma construção mental que engloba todas as crenças, os preconceitos, os tabus, tudo que se acredita que é a verdade, as ilusões, a visão romântica da vida, o não querer ver a verdade, o não compreender, o não aceitar, o não agir, o paradigma vigente, a dissonância cognitiva, a visão superficial de tudo, etc.
Esse conjunto de crenças e atitudes cria e mantém a Matrix intocada a milhares de anos. Desde que a civilização começou neste planeta. A visão de mundo da Matrix é tão forte que aparentemente nada consegue abala-la.
Um exemplo perfeito é o livro “1984” de George Orwell. Ele enxergou perfeitamente como a Matrix é construída com perfeição. E mantida também com perfeição. Para enxergar a Matrix é preciso entrar na toca do coelho. E isso não é nada fácil de fazer. Para enxergar a Matrix é preciso tomar a decisão pela pílula vermelha. Essa decisão antecede tudo. Sem essa decisão não há como descortinar o véu da ilusão. O véu de Maya. Depois desta decisão vem o longo trabalho de expandir a consciência para poder enxergar. Como disse Neo: “Meus olhos doem! ”. E Morpheus: “Porque você nunca os usou! ”.
É doloroso enxergar a Matrix? É. Porque todas as ilusões caem por terra. Tudo em que se acreditava não é mais verdade. É preciso rever tudo, repensar tudo, expandir a consciência sem parar, nunca mais ter zona de conforto. Morpheus é o deus dos sonhos, filho de Hypnos. Ele é a pessoa certa para acordar quem está sonhando ou hipnotizado. Ele propõe a escolha vital: viver na ilusão ou conhecer a verdade. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”.
Depois que se tomou a pílula vermelha não há volta atrás. Só existe o futuro desconhecido, mas um futuro liberto, onde se poderá trabalhar para acordar os demais. E se cada um que acordar ajudar a acordar a outros, a Matrix desaparece completamente.
Quando Neo vai conhecer o Oráculo qual frase ele vê: “Conhece-te a ti mesmo”. Este é o maior conhecimento que se pode ter. Pense: o que existe dentro de ti mesmo?
🙏🙏🙏🙏🙏

✨Hoje, dia 15 de outubro de 2025, celebramos o Dia dos Professores no Brasil, uma data que homenageia aqueles que ilumin...
16/10/2025

✨Hoje, dia 15 de outubro de 2025, celebramos o Dia dos Professores no Brasil, uma data que homenageia aqueles que iluminam caminhos, moldam mentes e semeiam sabedoria. Em um país onde o magistério é sinônimo de dedicação incansável e transformação social, é justo expandir essa gratidão além das salas de aula tradicionais. Professores não são apenas os que ensinam equações ou gramática; são os guias espirituais, os mestres que nos levam a descobrir o divino em nós mesmos. E é com essa visão ampliada que rendo tributo a um grande educador da alma: Mestre Raimundo Irineu Serra, o fundador do Santo Daime, cuja vida foi uma aula viva de harmonia, cura e conexão com o sagrado.

Nascido em 15 de dezembro de 1892, em São Vicente Ferrer, no Maranhão, Raimundo Irineu Serra veio ao mundo como neto de escravizados, crescendo em meio às raízes profundas da fé católica romana. Filho de Sancho e Joana, ele era o primogênito de seis irmãos e, após a morte precoce do pai, foi criado pelo tio Paulo Serra, que assumiu sua educação inicial. Aos 19 anos, em 1912, Irineu migrou para o Acre, atraído pelas oportunidades nas seringueiras da Amazônia. Lá, como seringueiro, ele enfrentou as durezas da floresta, mas foi exatamente nesse ambiente selvagem e místico que encontrou sua verdadeira vocação: não extrair látex, mas revelar o néctar da alma.

O título de Mestre — que em português ecoa “professor” ou “mestre de sabedoria” — não foi concedido por diplomas acadêmicos, mas por revelações divinas. Em 1930, guiado por visões da Rainha da Floresta (identif**ada como a Virgem da Conceição Imaculada), Irineu fundou o Centro Eclético da Fluente Luz, o embrião do Santo Daime, uma doutrina sincrética que entrelaça elementos indígenas, africanos, cristãos e orientais. Ele batizou a ayahuasca como Santo Daime (“Santo, dá-me” ou “Dai-me, Santo”), transformando-a no sacramento central de uma religião que ensina através de hinos, rituais e experiências visionárias. Esses hinos, compostos por cerca de 130 peças no hinário “O Cruzeiro”, não são meras canções: são lições poéticas sobre amor, força e harmonia, transmitidas oralmente em um tempo em que muitos de seus seguidores eram iletrados. Como professor, Irineu priorizava o aprendizado experiencial — consagrar o Daime, cantar, Bailar e confrontar as sombras internas para emergir renovado.

Em 1945, seus companheiros adquiriram terras para fundar o Alto Santo, em Rio Branco, um centro comunitário onde a doutrina floresceu apesar de perseguições e preconceitos, especialmente por sua forte presença de afrodescendentes. Irineu se tornou um curandeiro renomado, ajudando aqueles que a medicina convencional abandonava, e um líder que pregava a fraternidade universal. Sua filosofia antropofágica — devorando e digerindo culturas diversas para criar uma identidade autêntica — reflete o Brasil pluricultural. Como ele próprio disse em uma de suas visões: “Eu sou certo no Divino Pai Eterno que, fazendo uma curta viagem, f**arei atendendo a todos do mesmo jeito ou melhor. Qualquer coisa que venha e se reúnam, tomem o Daime e me chamem, porque lá estarei.”

Mestre Irineu partiu fisicamente em 6 de julho de 1971, mas sua presença espiritual persiste nos templos do Santo Daime ao redor do mundo. Hoje, em um dia dedicado aos professores, lembremo-nos de que ensinar é mais que transmitir conhecimento: é guiar para a luz interior. Irineu Serra, o Mestre Juramidam, foi o professor que nos ensinou a ver o sagrado na floresta, e no coração humano. Sua doutrina nos convida a uma aula eterna de cura e união.

Feliz Dia dos Professores! Que o Daime nos dê força para honrar todos os mestres — os da escola, da vida e do espírito, protegei-nos; Juramidam, iluminai-nos.

(Inspirado nas biografias e ensinamentos de Mestre Irineu, com gratidão à tradição do Santo Daime.)

Viva o Mestre Irineu, viva a todos os Mestres

Elucidações Sobre a Umbanda – Fundamentos Dontrinários de Umbanda Quais são, afinal, os fundamentos da Umbanda? O fundam...
16/10/2025

Elucidações Sobre a Umbanda – Fundamentos Dontrinários de Umbanda



Quais são, afinal, os fundamentos da Umbanda? O fundamento de uma religião é sua base, seu alicerce, a razão fundamental de sua doutrina e seu ritual. Na Umbanda, ouvimos falar muito nesta palavra "fundamento", em contextos como; "tal coisa tem ou não fundamento", "isto é um fun damento da religião". A palavra é usada e manipulada à revelia e, neste contexto, perde-se o signif**ado de fundamento e confunde-se o funda mento do todo (coletivo) com fundamentos das partes (individuais). Para definir quais são os fundamentos da religião de Umbanda é preciso antes definir o que é Umbanda e, neste ponto, já encontramos uma dificuldade enorme para a maioria das pessoas que se apega mais à forma do que à essência. A maioria tenta definir o TODO pelas par tes, o geral pelo específico. É preciso, antes, definir quais são as linhas mestras da Umbanda, o simples e básico, para depois, então, identif**ar seus FUNDAMENTOS BÁSICOS. Sabemos que a Umbanda possui unidade e diversidade. Na unidade está o básico que faz identif**ar, ou não. Umbanda; e na diversidade está a liberdade ritual e doutrinária de cada grupo, "umbandas".



Na unidade está o todo; e na diversidade estão as partes. O todo é algo comum a todas as partes. Logo, fundamentos básicos são aqueles que estão presentes em todas as suas partes, no todo. Quando falamos de UMBANDA (singular e uma), estamos falando do todo; quando falamos em umbandas (múltipla e plural), estamos falando das partes. As partes também têm fundamentos. Em relação ao todo, esses fundamentos são parciais, fundamentos desta ou daquela parte, desta ou daquela Umbanda. Aí surgem fundamentos da Umbanda "Branca", "Tradicional", "Esotérica", "Popular", "Mista", "Trançada", "Africanista", "Omolocô", "Eclética", "Iniciática", etc. Fundamento da parte não é fundamento do todo; logo, fundamento de Umbanda é algo que deve ou pode ser aplicado ao Todo, em todas as partes e liturgias da religião. Só não podemos falar em "Verdadeira Umban da", ou "Umbanda Pura". Afirmar que algo é "o verdadeiro" é uma forma de desclassif**ar o restante e rotulá-lo de falso. Também não podemos falar em pureza dentro de uma religião que nasce com sincretismos. Aliás, não existe pureza em nenhuma religião. Todas nascem de cultos e ritos que lhes antecederam. Nada nasce do nada; nada se perde, tudo se transforma. Daí a confusão que alguns fazem entre um fundamento ancestral reli gioso humano e a religião em si, que é um conjunto de fundamentos dentro de um contexto no espaço e no tempo. Por exemplo, confunde-se a religião de Umbanda com um de seus fiindamentos que é a incorpo ração de espíritos, mais especif**amente de Caboclos ou Pretos-Velhos. Por essa confusão, passam a crer que Umbanda seja uma religião an cestral e milenar. Outros confundem a religião de Umbanda com a pa lavra Umbanda e passam a crer que a origem da religião se encontra na origem da palavra "Umbanda". Na língua quimbundo, essa palavra signif**a "arte da cura", que é a prática do xamã, o "kimbanda"; aqui no Brasil, "Umbanda" se insere em outro contexto; a palavra é resignif**ada, é um neologismo para identif**ar uma religião que, embora tenha semelhanças com práticas xamânicas de todos os povos, difere n a e s t r u t u r a .



O básico do básico na Umbanda é reconhecer que se trata de uma religião brasileira fundada no dia 15 de novembro de 1908, por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Podemos identif**ar nas palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas os fundamentos mais bá sicos de Umbanda: "Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade". "Aprender com quem sabe mais e ensinar a quem sabe menos, e a ninguém virar as costas". Parece pouco, mas já é muito. Atendimento caritativo é a base doutrinária da religião, sem nenhuma forma de preconceito com relação às entidades que se manifestam. Quem lançou a pedra fundamental da religião foi um espírito que teve muitas encamaçÕes e, entre elas, foi o frei Gabriel de Malagrida, que fez a opção de se apresentar como "Ca boclo". Seguido a essa manifestação, apresentou-se o Preto-Velho Pai Antônio, e ambos chamaram falanges de Caboclos e Pretos-Velhos para trabalhar na Umbanda. Logo, "Caboclo" e "Preto-Velho" são formas de se apresentar escolhidas pelos espíritos que militam na Umbanda. Aqui está um fundamento básico da Umbanda: as entidades se organizam no astral em linhas e falanges identif**adas pela forma de apresentação, as quais guardam relação com os santos. Orixás e forças da natureza.



A música é um fundamento de Umbanda . A n o s s a m ú s i c a sagrada é chamada de "pontos de Umbanda". Para executá-la, não é obrigatório o uso de atabaques, mas a cada dia vemos mais terreiros aderindo ao som dos atabaques que, quando bem tocados, auxiliam nos trabalhos espirituais. O som grave da percussão de couro, ou similar, trabalha o nosso chacra básico e a energia da terra, o que ajuda o mé dium a sintonizar com uma força primordial e desacelerar um pouco a cabeça. Voltando-se à terra, a mente para um pouco de pensar e atrapa lhar o processo mediúnico.



O uso de símbolos riscados no chão é um fundamento mági co da religião de Umbanda, magística por excelência. São os "pontos riscados", por meio dos quais as entidades espirituais traçam "espaços mágicos", abrem vórtices de energia e campos de vibração para lim peza, descarga, cortes de energia, imantação, consagração e também para evocar as forças, poderes e mistérios dos Orixás. Essa "Magia de Pemba" é presente desde o nascimento da religião e constitui um vasto campo de estudos, polêmicas e realizações. Existem muitas formas de grafias e escritas mágicas. Os guias de Umbanda têm uma forma par ticular de escrever sua magia, por meio de um giz mineral chamado de “pemba”.



O uso das velas também e um dos fundamentos de Umbanda; por mais simples que seja o trabalho espiritual, sempre existe no míni mo uma vela acesa. Acendemos velas para os Orixás e Guias de Um banda. A vela potencializa e perpetua os pedidos e orações dos adeptos das religiões. Muitos têm medo de acender velas em suas residências, no entanto, o umbandista sabe que, quando uma vela tem "dono" espiritual, nada de' mal pode ser desencadeado por meio dela, pois a força a que ela está ligada sempre se manifestará para proteger o fiel umbandista.



Entre o uso de velas está também um fundamento simples e muito presente na Umbanda, a vela para o "anjo da guarda". Cos tuma-se acender uma vela de sete dias para o anjo da guarda como forma de proteção do praticante de Umbanda. Anjo da Guarda é um mistério de Deus voltado à nossa proteção. Ter sempre acesa uma vela traz segurança mediúnica e proteção espiritual, que se estende ao campo emocional do médium. Claro que, como todas, é uma proteção que depende do merecimento e da postura desse médium diante da vida e de seu círculo de relacionamentos.



A defumação é um fundamento de Umbanda e consiste em queimar ervas secas e resinas, devidamente escolhidas, em um reci piente, turíbulo, contendo carvão em brasa, com objetivo de promover uma limpeza astral por meio da fumaça aromática e sua ação mágica.



O fumo é um fundamento de Umbanda, que muitos confundem com o vício de fumar. As entidades de Umbanda manipulam o fumo, uma erva sagrada, nas formas mais variadas, como charuto e ca****bo, promovendo uma defumação direcionada pelo sopro associado a seu poder curativo e purif**ador.



As bebidas são fundamentos de Umbanda. Assim como o fumo, confunde-se a manipulação de bebidas com o vício de beber. As entida des de Umbanda não precisam beber, elas usam a bebida como recurso de limpeza e purif**ação. As bebidas são consagradas pelas entidades e também podem ajudar na criação de um ambiente e um contexto que sejam familiares ao consulente.



Banhos de ervas são um fundamento de Umbanda. Um dos recursos mais utilizados por guias e médiuns de Umbanda é promover uma limpeza espiritual e energética pessoal com banhos feitos à base de infusões de ervas com propriedades que vão desde atrair uma força até a neutralização de energias negativas.



Oferendas na Natureza são fundamentos de Umbanda. Muitos desses fundamentos são práticas milenares, como o caso das oferendas às divindades em seus pontos de força na natureza. Por meio das oferen das, o praticante reconhece a importância do contato com a natureza e a relação da mesma com os Orixás. As divindades não se alimentam das oferendas. Esse ato de ofertar traz efeitos emocionais aliados a ações mágicas que realizam verdadeiras transformações na vida daqueles que se colocam de frente para as divindades, com respeito, humildade, de voção e reverência.



As "sete linhas de Umbanda'' são um fundamento muito polê mico e discutido desde os primórdios da religião, pois cada um cria ou inventa suas sete linhas de Umbanda particulares. No entanto, basta sa ber que o fundamento das sete linhas se refere às sete vibrações de Deus, que são sete energias básicas na criação. Existem muitos Orixás, muito mais do que sete. Cada grupo adapta as sete linhas para os Orixás que já conhece. Com um estudo mais aprofundado, é possível identif**ar todos os Orixás conhecidos nas mesmas sete vibrações, as sete linhas de Umbanda. Certa vez, um guia me falou: "Filho, quando lhe pergun tarem o que são as sete linhas de Umbanda, diga que são as sete formas que Deus tem de nos Amar".



Sacrifício animal não é um fundamento de Umbanda, o que quer dizer que para se praticar Umbanda não é necessário fazer sacri fício animal, e que a grande maioria dos terreiros de Umbanda não pratica o sacrifício animal. As práticas de sacrifício surgem, em alguns seguimentos de Umbanda, por influência do Candomblé e de outros cul tos de nação. Geralmente, os terreiros que adotam sacrifícios animais se denominam como tendas de "Umbanda Afncanista", que podem ser chamadas também de "Umbanda Mista", "Umbanda Trançada", "Um banda Omolocô", ou "Umbandomblé". Este último pode se aproximar dos terreiros de Candomblé que passaram a trabalhar com entidades de Umbanda (Caboclos, Pretos-Velhos, etc.), ou vice-versa. Nesse caso, é difícil definir se é Umbanda ou Candomblé, embora sejam duas religi ões distintas e com diferentes fundamentos.



Quanto ao ritual, é bem simples e musicado, na maioria das ve zes segue uma seqüência que pode variar um pouco, mas que em geral f**a nesta ordem: oração, saudação à esquerda, bater cabeça, abrir corti na (quando tiver), defumação, hino da Umbanda, abrir a gira, saudação às sete linhas, saudação aos Orixás e guias chefes da casa, chamada de Orixás ou guias que darão sustentação ao trabalho e chamada da linha de entidades que dará atendimento (passe e consulta); ao final dos aten dimentos, ocorre a subida das entidades, podendo, ou não, ter de'scarrego dos médiuns com esta ou outra linha que venha para tal atividade. A Umbanda não tem verdades inquestionáveis (dogmas) nem assuntos proibidos ou interditados (tabus). No entanto, para falar de fundamentos é essencial ter conhecimento de causa, conhecer profun damente o assunto e, no caso da Umbanda, conhecer sua história, doutri na, teologia, liturgia, ritualística... Caso contráno, como diria meu amigo, irmão e mestre, Rubens Saraceni: "Tudo permanece no campo de uma ciência chamada achologia, um campo de incertezas e divagações". Desejo a todos uma boa leitura, agradeço ao amigo, irmão e mes tre a oportunidade de prefaciar esta obra e, mais ainda, agradeço aos Mestres da Luz, que o inspiram por mais esclarecimento e desmistif**ação acerca dos Fundamentos de Umbanda. (Alexandre Cumino é bacharel em Ciências da Religião, médium, dirigente, sacerdote de Umbanda preparado por Rubens Saraceni e ministrante dos cursos livres de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda Sagrada.)



Fundamentar algo é explicar seus fundamentos basilares, sua ori gem, suas razões e seu porquê. Fundamentar uma religião é demonstrar de forma lógica seus alicerces divinos; no que ela se baseia; do que ela se originou; o que justificou sua criação e por que precisou ser criada em meio a tantas outras religiões então existentes. Isso é possível de ser feito? E, desde que quem se propõe a fazêlo dissipe-se de preconceitos e dogmas religiosos alheios, e tenha um conhecimento profundo, tanto do seu lado visível ou exotérico quanto do seu lado invisível ou esotérico. O lado visível e exotérico é o lado aberto a todos os seguidores, e mostra o que todos veem. Já o lado invisível e esotérico é o lado fechado ou oculto e só é visível, perceptível e compreensível para uma minoria conhecedora dos mistérios divinos que fluem de "dentro para fora" da religião, dando sustentação aos seus ritos e impondo-lhe uma dinâmica própria que a diferencia de todas as outras religiões existentes. Portanto, comentar os fundamentos de uma religião não é uma ta refa fácil, e quem se propõe a tanto deve estar bem assistido no lado in visível da Criação, onde estão assentados os poderes divinos que fluem como mistérios do nosso divino Criador, e deve ter um profundo conhe cimento dos dois lados da religião, senão não alcançará os objetivos a que se propõe. Já venho sendo instigado há vários anos pelo tema "Fundamen tação", e em alguns livros já foi mostrado alguns dos fundamentos da Umbanda, mas sempre de forma velada.



Há vários anos, os meus mentores vêm me cobrando um livro des sa natureza e sempre me esquivei alegando que ainda não estava prepa rado para tanto e, apesar de eles dizerem que me assistiriam do começo ao fim de um livro de fimdamentos, eu sempre deixava o assunto para outra ocasião. Mas, agora, com tantos anos de estudos e práticas umbandistas, com 56 livros publicados, com 16 anos de ensino doutrinário, teoló gico e sacerdotal umbandista, já com 13 anos de ensino da "Magia Di vina" e conhecedor dos 21 graus dela e dos seus fundamentos divinos, creio estar embasado para iniciá-lo e levar a bom termo esta obra essen cial à compreensão e ao conhecimento profundo do que fundamentou a Umbanda e lhe dá sustentação em todas as suas práticas, ritos e liturgia. Tenho certeza de que serei bem assistido e levarei a bom termo mais este compromisso com os espíritos mentores de Umbanda.



Fundação: 1. ação ou efeito de fundar; 2. alicerce. O ato de fundação da Umbanda já foi comentado muitas vezes pelos mais diversos autores e comentaristas umbandistas, mas não cus ta reavivar a memória do leitor fazendo aqui um comentário livre, mas verdadeiro. Pai Zélio Fernandino de Moraes, quando ainda jovem e com apro ximadamente 18 anos, por estar passando por uma fase difícil por causa de sua mediunidade, foi levado a um Centro Espírita Kardecista, e du rante os trabalhos espirituais foi possuído (incorporado) por um espí rito altaneiro que a todos surpreendeu pela sua desenvoltura e gestos. E, quando instado a apresentar-se, revelou-se um Caboclo (mistura de índio e português) de nome Caboclo das Sete Encruzilhadas. Educadamente, foi convidado a retirar-se, porque aquela era uma sessão espírita kardecista de estudo e prática do Espiritismo, dentro da qual ele não podia permanecer por ser um espírito de índio, com pouca evolução. Lembre-se de que o Espiritismo do início do século XX era elitis ta, objeto da curiosidade de muitas pessoas e era zeloso sobre os espíri tos que baixavam em suas sessões. Espíritos de ex-médicos, autoridades, filósofos, professores, mi litares de alta patente, sacerdotes e mais algumas classes sociais eram bem-vindos. Mas, espíritos de ex-índios, ex-escravos, de mestiços sem referencial de nobreza, ex-prostitutas, ex-"bandidos" e mais algumas "subclasses" sociais, quando baixavam nas reuniões, eram convidados a se retirar, porque ali, nas sessões de estudos e de práticas, não era o lugar deles.



O Caboclo das Sete Encruzilhadas concordou em retirar-se, mas avisou os presentes que no dia seguinte (16 de novembro de 1908), às 20 horas em ponto, incorporaria em seu médium Zélio e, na sua casa, iniciaria uma nova religião. Dito e feito! No dia 16 de novembro de 1908, já com um bom número de pessoas curiosas e com o ambiente doméstico "espiritual mente" preparado, eis que às 20 horas em ponto o Caboclo incorporou no jovem Zélio Femandino de Morais, apresentou-se como Caboclo das Sete Encruzilhadas e disse aos presentes que tinha vindo para fundar uma nova religião, denominada Umbanda, e que nela todos os espíritos que quisessem evoluir teriam a oportunidade para tanto. "Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos. Aos mais atrasa dos ensinaremos. E a nenhum renegaremos". Foram essas as palavras do Caboclo, que também disse isto nessa manifestação histórica: "Me chamo Caboclo das Sete Encruzilhadas porque, para mim, todos os ca minhos (que levam a Deus) estão abertos!". Mais coisas foram ditas nessa primeira e genuína "sessão espírita de Umbanda". E muitas coisas foram feitas ali pelo Caboclo que, incor porado em seu médium Zélio Femandino de Moraes, curou doentes e pessoas obsedadas; deu orientações aos desorientados, cortou deman das, etc., realizando nessa primeira reunião umbandista um pouco de tudo que até hoje é feito na Umbanda pelos guias e médiuns que vieram depois, confirmando as palavras proféticas do Caboclo das Sete Encru zilhadas. Depois incorporou o espírito de um ex-escravo, um velho benzedor ou curandeiro que se apresentou como Pai Antonio. E, posteriormente, outros espíritos foram se apresentando, com todos eles afirmando ser "Guias Espirituais de Umbanda". Bom, pelo relato acima, livre, mas verdadeiro, porque foi assistido e posteriormente confirmado por todos os que assistiram à fundação da Umbanda, já é possível ter-se uma idéia da grandeza da nova religião, fundada justamente para acolher em seu seio todos os espíritos e as pessoas excluídas, as minorias, os segregados, os rejeitados, os menos favorecidos e também os mais abnegados trabalhadores dos dois lados da vida, uma vez que a Umbanda acolhe, com amor e respeito, tanto os espíritos quanto as pessoas que querem uma oportunidade para poder evoluir por meio da mediunidade.



SARACENI, Rubens. Saraceni, Rubens Fundamentos Doutrinários de Umbanda / Rubens Saraceni. São Paulo : Madras, 2012.

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