25/01/2018
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um déficit neurológico (transitório ou definitivo) em uma área cerebral secundária à lesão vascular.
Trata-se de uma doença circulatória nas artérias cerebrais, que possui etiologia diversa, cujos fatores que contribuem para a
sua ocorrência são: genéticos, clínicos e ambientais
Os distúrbios de linguagem encontrados são denominados como afasia, que pode ser conceituada como a perda completa ou parcial da condição de expressar-se através da fala, da escrita ou de gestos, e interferindo até a capacidade de compreensão oral e escrita.
Os distúrbios da fala, classificados em problemas de fonação, articulação, ressonância e/ou prosódia, quando originados de uma lesão neurológica são
divididos em apraxia ou dispraxia oral e disartria.
As apraxias orais acontecem por um déficit nas habilidades de sequencialização dos movimentos das estruturas orofaciais dificultando, dessa forma, o posicionamento correto das estruturas para produção voluntária da fala.
A disartria ocorre através de uma lesão no sistema nervoso central e/ou periférico, ocasionando alteração de cinco bases motoras: respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia, debilitando, portanto, a comunicação oral em função dos distúrbios no controle muscular dos mecanismos envolvidos na fala.
Os distúrbios de deglutição são conceituados como uma alteração no processo de deglutição, interferindo no transporte do bolo alimentar da boca até o estômago e classificados em orofaríngeas e esofageanas.
As disfagias neurogênicas ocorrem com muita
frequência no AVC. Estas apresentam maiores alterações
nas fases oral e faríngea da deglutição, e estão relacionadas a um alto grau de morbidade e mortalidade, pois frequentemente causam alterações nutricionais e aspiração traqueobrônquica de saliva, secreções ou alimentos,
levando a complicações clínicas de hidratação, desnutrição e risco de pneumonias aspirativas e de repetição
Através da análise da avaliação clínica e instrumental o fonoaudiólogo irá focar seus procedimentos terapêuticos, entre os mais adequados, facilitando, desta maneira, a ocorrência de mecanismos de plasticidade, na reabilitação do paciente que sofreu lesão cortical
decorrente de AVC.