02/12/2025
Há momentos em que o cansaço aparece de forma diferente: não é só físico, não é só mental. É como se você saísse do consultório “carregando algo que não é seu”.
Isso é mais comum do que parece no início da clínica, quando ainda estamos aprendendo a manejar limites internos e emocionais.
Alguns sinais sutis de que você pode estar absorvendo mais do que deveria:
Você continua pensando no caso mesmo horas depois da sessão, sem conseguir se desligar.
Começa a sentir um peso emocional que não sabe nomear.
Sente culpa por descansar, como se precisasse “resolver algo” pelo paciente.
F**a exausto mesmo com uma agenda pequena.
Suas emoções começam a se confundir com as histórias que escuta.
Esse cansaço não é falta de preparo.
É um indicador clínico, mostra que você precisa revisitar limites, fortalecer seu espaço interno e, muitas vezes, levar o caso para supervisão.
Psicólogos também se afetam.
A diferença é que aprendemos a transformar afeto em instrumento de trabalho, e não em sobrecarga.
Reconhecer que algo está pesado é o primeiro passo para não carregar sozinho.
E isso também é ética, cuidado e responsabilidade com o paciente, e com você.