23/11/2025
Os pneus de avião são muito mais resistentes que os de carro, trabalham com uma pressão bem alta e são feitos com camadas especiais de borracha para aguentar peso, impacto e temperatura. Por isso aquele toque mais firme não danifica o pneu, porque ele foi feito justamente para suportar esse tipo de força.
A fumaça aparece porque, no momento em que o avião toca a pista, o pneu ainda está parado e precisa começar a girar quase
instantaneamente a mais de 150 a 250 km/h. Esse primeiro contato arrasta um pouco a borracha, gera calor e solta a fumacinha branca, que é só resultado do atrito, nada demais.
Outra curiosidade é que os pneus não são cheios com ar comum, eles usam nitrogênio. O nitrogênio é mais seguro, não pega fogo, não expande tanto com o calor e mantém a pressão estável. Isso ajuda o pneu a aguentar pousos fortes, frenagens e altas velocidades com muito mais segurança. A vida útil dos pneus de avião é um pouco menor comparada à dos pneus de carros e caminhões, porque os pneus das aeronaves trabalham com muito mais impacto, atrito intenso e esforços durante cada pouso. O quesito analisado para a troca dos pneus de avião não é a quilometragem, e sim os ciclos, cada pouso e decolagem conta como um ciclo.
Isso varia muito. Aviões menores, como turboélices e regionais, fazem vários voos por dia, acumulam muitos ciclos, e por isso trocam os pneus com mais frequência. Aviões de médio porte, como Boeing 737 e Airbus
A320, também fazem muitos pousos em rotas domésticas, então o desgaste é maior e as trocas acontecem mais rápido. Já aviões grandes de voos internacionais, como Boeing 777, A330, A350 ou 747, fazem poucos ciclos por dia, então os pneus duram mais tempo até a substituição.
Mesmo assim, em média, muitos pneus duram de algumas dezenas até algumas centenas de ciclos, dependendo do peso da aeronave, do tipo de pista, do clima e da forma de operação. E quando o avião passa por vento cruzado, pista molhada ou um pouso com impacto maior, esse desgaste aumenta.