10/05/2025
A clarividência é real, mas depende do que você carrega por dentro
Muitas pessoas sonham em ver o mundo espiritual.
Querem enxergar os espíritos, as energias, os sinais invisíveis. Desejam, com sinceridade ou curiosidade, provar que há algo além do corpo. E há. Mas o que poucos compreendem é que a clarividência não começa nos olhos, nem é um espetáculo para os sentidos. Ela começa no íntimo, na alma, e reflete aquilo que o médium já carrega dentro de si.
André Luiz, no capítulo 7 do livro Mecanismos da Mediunidade, nos revela um segredo profundo: a clarividência não se dá de fora para dentro, como a visão dos olhos físicos, mas de dentro para fora. A imagem que o médium vê não é projetada pela luz, mas pelo pensamento. Não é uma visão comum, mas uma percepção mental que nasce da sintonia com outra mente, encarnada ou desencarnada.
O diencéfalo — parte do cérebro ligada à emoção e à intuição — é o ponto de contato entre o corpo físico e o corpo espiritual. Através dele, o perispírito transmite as imagens que capta do plano espiritual. Mas o que vai surgir nessa tela mental vai depender de três fatores essenciais: sensibilidade, sintonia moral e equilíbrio emocional.
Se a mente do médium estiver agitada, impura ou tomada por orgulho, a imagem que ele verá poderá estar distorcida, turva ou até mesmo manipulada por espíritos inferiores. Mas se sua alma estiver em harmonia, humilde e sincera no propósito do bem, os benfeitores poderão transmitir imagens claras, verdadeiras e consoladoras.
É como se tivéssemos dentro da cabeça um espelho. Mas esse espelho pode estar sujo pelas mágoas, pelas ilusões, pela vaidade de querer “ter dons” para se destacar. Ou pode estar limpo, sereno, pronto para refletir o que vem do Alto.
No livro O Consolador, Emmanuel ensina que o pensamento é uma força viva. Ele molda, constrói, vibra. Por isso, quem deseja ver o mundo espiritual precisa primeiro aprender a pensar com pureza, a sentir com amor, a viver com simplicidade.
Clarividência não é um poder. É uma responsabilidade.
E quanto mais elevado o espírito, mais simples ele se torna. O verdadeiro médium clarividente não busca a fama nem se vangloria de suas visões.