02/12/2025
Como psicóloga, algo que observo com frequência é o quanto é difícil oferecer o nosso melhor justamente para quem mais amamos.
Para os de fora — colegas, clientes, amigos — quase sempre entregamos paciência, gentileza, compreensão, e até um sorriso mesmo em dias difíceis. Mas, quando atravessamos a porta de casa, parecemos nos permitir o contrário: cansaço, irritação, silêncio, falta de presença.
E é contraditório… porque são as pessoas de casa que mais merecem a nossa versão inteira.
Mas é também com elas que baixamos a guarda, onde nos sentimos seguros para mostrar o que não mostramos ao mundo. E aí surge a pergunta que corta fundo:
Você dá o seu melhor para sua esposa e seus filhos? Ou o seu melhor é entregue — quase sempre — aos de fora?
Não é sobre culpa, mas sobre consciência.
Sobre perceber que o amor precisa ser nutrido na prática.
Que carinho e atenção não podem ser restos do que sobrou do nosso dia.
Que afeto não se sustenta com presença física, mas com presença emocional.
Hoje te convido a refletir:
✨ Como você tem chegado em casa?
✨ O que você tem oferecido às pessoas que caminham com você diariamente?
✨ Elas estão recebendo a sua melhor versão, ou apenas o que sobra?
Repare: muitas relações adoecem não por falta de amor, mas por falta de intenção.
A boa notícia é que sempre dá para recomeçar — com pequenas atitudes, com um olhar mais atento, com um gesto simples de cuidado, com o desejo genuíno de estar presente.
Porque no fim, é dentro de casa que o nosso melhor precisa morar primeiro!