16/03/2022
Entre os séculos XVI e XVII, o Carnaval foi trazido para o Brasil, pelos portugueses.
Havia a prática de jogar líquidos, mal cheirosos ou com perfumes, nas pessoas. Era um momento de brincadeiras e flertes.
Nas elites, essa prática foi sendo substituída pelo uso de máscara, que ganhavam fama na aristocracia europeia. Surgiram os bailes de máscara, que com o tempo foram ficando populares, e sendo levados para as ruas.
Os desfiles, as máscaras e fantasias continuam fazendo parte dessa época do ano, assim como a associação das festas com paixões e divertimentos.
O feriado, traz o relaxamento das tensões, o esquecimento do cotidiano. Permite sair da realidade, que por vezes é pesada.
Carnaval é momento de experimentar.
Fantasias, tem um momento para emergirem.
Tudo em excesso faz mal, não é mesmo?
Mas a imaginação e as "saídas", da rotina e da concretude são necessárias.
E, o carnaval não deixa de ser um rito que traz essa permissão. Os ritos permitem a conexão entre realidade interior e exterior.
Liberar-se das obrigações do cotidiano pode movimentar o que está dentro, e vai além do concreto e da lógica.
Voltar-se para o imaginário é um movimento importante, mas sem esquecer-se da consciência. Pois para pensarmos esse momento como um rito positivo para nossa psique, de libertar fantasias, é preciso faze-lo com consciência.
Um perder-se com o fim do reencontro consigo.
Nossa rotina, por vezes maçante, nos tira de nós, nos voltamos para fora, para as obrigações.
Esse pode ser um momento de aproveitar para permitir-se, para extravasar, para sair do habitual.
E que também pode levar ao encontro com nosso imaginário, com o aprender a soltar-se.
Imagem: Carnival in Rome, Christoffer Wilhelm Eckersberg, 1828