11/05/2025
Em certo momento da vida eu achei que tinha nascido para ser fonoaudióloga. Sempre me orgulhei de realizar tudo dentro da minha profissão da melhor maneira possível, de ser incansável. Eu sempre tive o controle.
Mas eu me enganei.
Eu nasci para ser mãe. Mãe da Catarina! Catarina veio para me mostrar que eu não tenho controle. Para me tirar da minha zona de conforto. Para mostrar que eu vou cansar, e muito.
Eu achei que eu amava o que eu fazia. E amo. Muito. Mas eu amo chegar em casa e vê-la. Eu amo o dia que não preciso ir trabalhar e posso estar com ela. É a história do equilíbrio dos pratinhos, com uma pitada de culpa e um punhado de arrependimento.
Catarina impacta todos os dias nos meus atendimentos e na forma com que gerencio a clínica. Catarina fez com que eu amasse ainda mais meus pacientes, pq não é ditado não, “coração de mãe, sempre cabe mais um”. Catarina fez com que eu sempre pense “eu preciso entregar para essa criança, o que eu gostaria que um terapeuta fizesse com a Catarina”. Eu me reinventei. Me desdobrei, me tripliquei.
Por vez em casa digo “o que a tia vanessa tem aqui”. Por vezes na clínica, eu chamo alguma das crianças de Catarina, ou digo “dá aqui para mãe”. Minha cabeça se confunde nos meus muitos papéis, nas minhas muitas versões. A minha versão mãe, quer tomar conta de mim por inteiro.
Hoje, meu segundo dia das mães como tua mãe. Tomamos um banho do nosso jeitinho, eu e você no chuveiro como desde pequenininha. Hoje perguntei para o papai, até quando será que você tomará banho assim com a mamãe?
Agora escrevo aqui, deitada ao teu lado, na tua caminha montesoriana. Nela cabem eu e você. No banho, no colo da mãe, você ainda cabe. Mas no meu coração, você sempre caberá, por toda minha vida!
Feliz dia das mães para todas as mamães que acompanham por aqui! 💜
