14/10/2025
ELABORANDO AS PERDAS DO ENVELHECIMENTO
Primeiramente, vou adiantar que não são tão grandes assim. Aliás, é de estranhar que as pessoas querem ter vida longa, mas se queixem da velhice.
Acredito que a maior parte da ditas perdas da velhice se devem mais ao caráter da pessoa que ao envelhecimento propriamente dito. Vamos examinar algumas das alegações comuns:
O velho é fraco: Mas na vida moderna não é necessário que seja forte. O que deve ser mantido é o bom humor, agradabilidade, não se comunicar pela critica e pela queixa e dar exemplo de resistência aos pequenos contratempos da vida. Além disso, idosos que se exercitam mantem força física mais que suficiente para o necessário.
Os dias do idoso estão contados: na verdade sempre estiveram, a gente é que não percebia e não conscientizava. A morte não é algo a ser temida. Se a morte é ausência de sensação, ninguém f**a sabendo que morreu. E se existe vida após a morte a pessoa não morreu.
O velho não é produtivo: mas já foi produtivo. Tem direito ao descanso e ao ócio. Em nossa sociedade parar de trabalhar é considerado por muitos como a morte civil. Não devemos cair nesta armadilha. Temos várias maneiras de ser uteis na velhice, é só procurar.
O velho f**a afastado da ação: realmente f**a, mas digamos que passa do palco para a primeira fila. É a vez dele assistir o espetáculo humano. Por que o gladiador que saiu vivo da arena deveria lutar novamente? Melhor que aproveite as vitorias já conquistadas, e deixe a luta e os riscos para os mais jovens.
Finalmente, quanto a sexualidade, a ciência oferece ótimas alternativas. Dá para exercer afeto e sexualidade em qualquer idade. E se a pessoa não sente necessidade, deixa assim mesmo. Não é uma perda se não existe a necessidade.
Na próxima terça feira escreverei sobre o principal motivo da ansiedade na vida moderna. Até lá.
Dr. Josué de Paula Bahlis CREMERS 11851 WhatsApp (51) 999827405
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