02/11/2022
Todos os anos, no dia 02 de Novembro, muitos se dirigem aos Cemitérios para visitarem jazigos e túmulos e assim deixam flores e quem sabe acendem velas in memoriam de alguém que foi muito importante e querido em suas vidas.
Contudo, é importante falar sobre algo que muitos, tentando evitar o sofrimento, silenciam a todo custo: a dor da perda de um ente querido.
"Ele não está mais aqui..."
"Não ouço mais sua voz, não sinto mais o seu cheiro".
Num tempo que a busca frenética pelo constante e pleno sentimento de felicidade (que não abre espaço para sentir a dor, para sofrer pela perda de alguém ou de algo) muitos tentam de todos os modos, subterrar essa dor, essa angústia que é perder para a morte — infelizmente muitos caem no luto patológico, infindável...
"Ainda posso sentir como se ela estivesse aqui ao meu lado..."
"Eu a vejo na cozinha, as vezes sentada na varanda"
"Me acordei noite passada com ele me chamando"
Entretanto, ao contrário dos que pensam os que apostam no silêncio, o alívio para tais sofrimentos está no falar... Mesmo que embargado pelo choro, pelo aperto no peito, pelas noites em claro; uma vez colocado para fora, uma vez dito a possibilidade de dar novo sentido aparece.
Agora se pode dar novo significado a tudo, de olhar para si e então conseguir seguir, levando a lembrança de um bom tempo que foi experimentado e hoje está guardado na memória.
Busque um profissional que pode lhe escutar.
Edlon Moura
CRP 02/23814