02/12/2025
O caso do jovem conhecido como "Vaqueirinho" evidencia um problema grave: quando a proteção falha na transição entre acolhimento e adoção, crianças crescem sem laços, sem pertencimento e sem rede.
O Brasil possui milhares de crianças aptas à adoção e milhares de pretendentes habilitados ainda assim, o processo é lento, desigual e, muitas vezes, incapaz de garantir o direito a uma família.
Somado a isso, enfrentamos outra barreira silenciosa: muitos pretendentes ainda chegam despreparados para a adoção real, aquela que acolhe crianças mais velhas, histórias duras, traumas, rompimentos e comportamentos que exigem presença, responsabilidade e apoio técnico.
Sem preparo emocional e sem entendimento do que signif**a ser família de verdade, a adoção não se sustenta e novas rupturas acontecem.
Histórias como a dele mostram por que precisamos de políticas mais eficientes, acompanhamento contínuo, prioridade para o pós-acolhimento e formação qualif**ada dos pretendentes.
Porque, no fim, enquanto o sistema falha e as famílias não se preparam, muitos crianças e adolescentes seguem crescendo sozinhos sonhando grande, mas sem quem os ajude a transformar esses sonhos em futuro.
Ele só Queria domar leões, mas a vida o deixou à mercê da maior fera: o abandono.