27/08/2025
💭 AS PERGUNTAS QUE ECOAM NO SILÊNCIO
Nestes anos de oncologia, aprendi que o que mais angustia os pacientes não são as dúvidas técnicas sobre o tratamento.
São as perguntas que ficam presas na garganta.
As que surgem às 3h da madrugada.
As que eles não conseguem fazer em voz alta.
“Vou morrer?”
“Foi culpa minha?”
“Como vou contar para minha família?”
Estas três perguntas aparecem em praticamente todos os consultórios de oncologia do mundo. E sabe por quê?
Porque são profundamente humanas.
Quando se recebe um diagnóstico que abala a existência, não se questiona apenas a saúde. Questiona-se sobre mortalidade, escolhas passadas e o papel na vida de quem se ama.
Com o passar do tempo, percebo como é importante o médico entender que sua função vai muito além de explicar protocolos e estatísticas.
É preciso acolher o medo sem julgamento.
Validar a dor sem minimizá-la.
E construir esperança de forma realista e genuína.
Porque curar não é apenas eliminar células doentes.
É restaurar a dignidade humana de quem confia em nós.
👥 Nos comentários: qual dessas perguntas mais te toca? Se você já passou por isso, como lidou? Se conhece alguém que passou, como você ofereceu apoio?
Vamos conversar sobre o que realmente importa: o ser humano por trás do diagnóstico.