26/08/2025
Todos os dias enfrentamos desafios, e confesso: às vezes é muito difícil encarar certas situações. Olhar para dentro machuca. Por isso, a cura dói, pois ninguém se cura sem encarar as próprias sombras.
O mais importante é fazer isso sem autojulgamento, um desafio imenso, já que nosso grande amigo, o julgamento, nos acompanha a todo lugar. Parece até aquele diabinho que senta no nosso ombro esquerdo e chuta o anjinho do direito para a gente não enxergar a saída!
Ainda assim, a gratidão é algo inexplicável, uma palavra que transforma nossa alma nos momentos mais difíceis. Ouvir que você fez a diferença na vida de alguém faz com que a sua própria vida valha a pena. Por isso, jamais desista.
Lembre-se que existe alguém sempre ao seu lado, um anjo de plantão pronto para te ajudar. Você só precisa pedir. O que a maioria não faz. Esperam chegar ao fundo do poço para pedir socorro.
Nesse ponto, minha amiga, é hora de subir no bote e não esquecer a sua galocha amarela de borboletas de Iansã para salvar sua vida. Eparrei Oyá! Afinal, a nossa Mãe dos Ventos e das Tempestades não vai deixar a gente afundar!
Brincadeiras à parte, não precisamos chegar ao fundo do poço para entrar em contato com nossos mentores. Precisamos ter discernimento para entender que, quando não estamos bem, é hora de levantar a mão. Lembra de quando você estava na escola e precisava levantar a mão para o professor te ouvir? É exatamente isso.
Se acolha, faça seus tratamentos, tome um banho de ervas, acenda uma vela, dance na chuva, ou procure um psicólogo. Não importa o que faça, só não fique na "bad". E quando a calmaria chegar, passe essa força adiante, porque o inverno não é para sempre.
Salve as suas forças!
Com amor e galochas amarelas, Sandra Karuna, filha de Oyá.