25/09/2025
O desafio contemporâneo é o do encontro.
A mercantilização da vida, transformou os encontros em negociações de interesses, da busca de benefícios.
Esse atravessamento do capital sobre o sensivel, perpassa todas as relações em maior ou menor grau.
Para livrar-se disso, o sujeito contemporâneo luta pela sua independência, tentando se desvincular desta teia.
E quando ele chega lá, e percebe que não precisa de ninguém, a imensa solidão na qual ele mesmo se colocou, se revela.
O que impulsiona o ser humano para a relação, não é a dependência material, mas existencial.
E aqui não há uma conotação negativa, como a mal falada dependência emocional - que é outra coisa - mas a dependência de se saber vivo dentro de um sistema que é na sua origem relacional.
Nascemos precisando do ar, da comida, da água, nascemos porquê o nosso meio nos permitiu viver, e assim a contrapartida é verdadeira, o nosso meio também depende de que nós sejamos cuidadosos com ele, com os outros seres que vivem.
Ou como disse Bispo, "a terra dá, a terra quer" - ela também precisa de nosso cuidado.
São Paulo esta semana, bateu o recorde de tentativas de auto aniquilamento. Será coincidência?