Dr. Luís Neri

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A fome constante de três em três horas que a maioria das pessoas experimenta não é normal, é sintoma de desregulação met...
03/12/2025

A fome constante de três em três horas que a maioria das pessoas experimenta não é normal, é sintoma de desregulação metabólica.

Quando você baseia sua alimentação em carboidratos refinados, está literalmente montado em uma montanha-russa glicêmica: come, a glicose sobe rapidamente, o pâncreas secreta insulina em excesso, a glicose despenca, você sente fome novamente. Esse ciclo vicioso mantém você refém da comida o dia inteiro.

Mas existe uma saída.

A saciedade real vem da gordura
Quando você prioriza alimentos densos em nutrientes e ricos em gordura de qualidade, algo muda radicalmente.

A gordura não causa picos de glicose nem de insulina. Ela é digerida lentamente, libera energia de forma constante e envia sinais potentes de saciedade ao cérebro.

Um bife gordo, ovos fritos na manteiga, bacon, salmão, tutano ósseo, queijos gordos, fígado bovino, todos esses alimentos fornecem exatamente o que seu corpo precisa: proteína completa com todos os aminoácidos essenciais e gordura que sustenta energia por horas. 🧠

Seu corpo aprende a acessar gordura armazenada para energia em vez de depender de reabastecimento constante de carboidratos. É assim que humanos deveriam se alimentar.

A resposta não é milagre. É fisiologia. Quando você remove carboidratos da equação e prioriza proteína completa e gordur...
02/12/2025

A resposta não é milagre. É fisiologia. Quando você remove carboidratos da equação e prioriza proteína completa e gordura saturada estável, o corpo finalmente para de operar na montanha-russa glicêmica que gera fome constante, fadiga após refeições e dependência de lanches.

Carboidratos elevam glicemia rapidamente. Insulina sobe para baixar a glicose. Duas horas depois, glicemia despenca, você sente fome novamente e o ciclo recomeça. É por isso que dietas ricas em carboidratos exigem comer de 3 em 3 horas — não porque o corpo precisa, mas porque você criou dependência metabólica de glicose. 📊

Proteína e gordura funcionam diferente. Proteína sacia profundamente, fornece todos os aminoácidos essenciais, regula síntese de neurotransmissores e preserva massa muscular. Gordura estabiliza energia sem picos insulínicos, serve como substrato para hormônios esteroidais e mantém saciedade por horas. Quando você come carne com gordura, seu corpo acessa energia de forma constante, não em picos e quedas.

O resultado? Fome regulada naturalmente. Energia estável ao longo do dia. Clareza mental. Sono melhor. Menos inflamação. Fim da necessidade de beliscar constantemente. Porque você está fornecendo ao corpo exatamente o que ele foi desenhado para usar como combustível primário: proteína animal e gordura. 🚨

A indústria alimentícia e as diretrizes nutricionais convencionais criaram a narrativa de que “precisamos comer de 3 em 3 horas para acelerar metabolismo”. Mas populações ancestrais passavam dias sem comer e mantinham massa muscular, função cognitiva e capacidade física intactas. Fome constante não é normal. É sintoma de desregulação metabólica induzida por carboidratos. ⚠️

Quando você come carnívora, não precisa contar calorias, pesar porções ou programar alarmes para comer. Você come até saciedade. Para. E só volta a sentir fome real horas depois. Porque o corpo está nutrido de verdade, não apenas cheio de calorias vazias. 💪

Você ainda tem fome de 3 em 3 horas ou já descobriu a saciedade real? Comenta aqui e compartilha com quem vive beliscando o dia todo sem entender por quê. 💬

Vi um “react” de um post meu, comparando a longevidade de carnívoros e herbívoros e preciso trazer alguns pontos que a b...
01/12/2025

Vi um “react” de um post meu, comparando a longevidade de carnívoros e herbívoros e preciso trazer alguns pontos que a biologia evolutiva não deixa passar.

Posso fazer o mesmo jogo:
➡️Orca (carnívoro estrito): 90 anos
➡️Tubarão-da-Groenlândia (carnívoro): 400 anos
➡️Coelho (herbívoro): 2 anos na natureza

A longevidade depende de posição na cadeia alimentar, tamanho corporal, taxa metabólica e pressão evolutiva. Não da proporção carne/vegetal.

Mas vamos ao que realmente importa: ANATOMIA humana!

Por que temos estômago com pH 1-2 igual a carnívoros (herbívoros têm pH 4-5)? Por que nosso intestino é curto como o de carnívoros, e não longo como o de herbívoros? Por que não produzimos celulase? Por que temos mandíbula de movimento vertical (corte) e não lateral (moagem)?

A evolução não nos deu sistema digestivo herbívoro. Será que é só coincidência?

“Ah, mas somos onívoros adaptáveis” - sim, adaptáveis para SOBREVIVER escassez, não para PROSPERAR em abundância. Podemos sobreviver com vegetais? Claro. É o ideal para nossa fisiologia? A bioquímica diz outra coisa.

O cérebro humano explodiu em tamanho há 1,5 milhão de anos. Coincidência com domínio do fogo e consumo de carne? Registro fóssil mostra ferramentas de caça há 2,6 milhões de anos.

Também somos carnívoros, meus caros.

Disruptores endócrinos como BPA, triclosan e ftalatos estão presentes em embalagens plásticas, produtos de higiene, cosm...
28/11/2025

Disruptores endócrinos como BPA, triclosan e ftalatos estão presentes em embalagens plásticas, produtos de higiene, cosméticos e até recibos térmicos. Eles mimetizam estrogênio, se ligam aos receptores hormonais e desregulam seu sistema endócrino silenciosamente. As consequências incluem inflamação crônica, alterações no ciclo menstrual, problemas de fertilidade, ganho de peso resistente e maior risco de cânceres hormônio-dependentes. A exposição é diária, cumulativa e sinérgica. 🧬

Como reduzir a exposição:
✅Evite plásticos em contato com alimentos e bebidas
✅Use vidro, aço inoxidável e cerâmica
✅Nunca aqueça alimentos em plástico ou isopor
✅Recuse recibos térmicos sempre que possível
✅ Prefira cosméticos e produtos de limpeza naturais
✅Evite fragrâncias sintéticas (termo “fragrance” = ftalatos)
✅Use pasta de dente sem triclosan
✅Prefira alimentos frescos a enlatados

Reduzir a carga tóxica é uma estratégia metabólica essencial para preservar saúde hormonal, fertilidade e prevenir doenças crônicas. Cada escolha consciente importa. 💪

Referências:
Rochester JR. Reprod Toxicol. 2013. DOI: 10.1016/j.reprotox.2013.08.008

Weatherly LM, Gosse JA. J Toxicol Environ Health B. 2017. DOI: 10.1080/10937404.2017.1399306

Swan SH, et al. Environ Health Perspect. 2005. DOI: 10.1289/ehp.8100

27/11/2025

Óleos vegetais industrializados não foram criados como alimento. Foram desenvolvidos como lubrif**antes industriais e só entraram na alimentação humana por conveniência econômica, não por benefício nutricional.

No início do século XX, óleo de semente de algodão era subproduto da indústria têxtil, usado para lubrif**ar máquinas. A Procter & Gamble descobriu que podia hidrogenar esse óleo, solidificá-lo e vendê-lo como substituto barato da banha. Assim nasceu o Crisco em 1911.

A partir daí, soja, canola, milho, girassol e outros óleos de sementes foram extraídos industrialmente com solventes químicos (hexano), refinados em altas temperaturas, desodorizados para remover o cheiro rançoso e comercializados como “saudáveis para o coração”.

O problema é bioquímico. Óleos vegetais são ricos em ácidos graxos poli-insaturados ômega-6, altamente instáveis e propensos a oxidação. Quando aquecidos, geram aldeídos tóxicos, radicais livres e compostos inflamatórios. Consumo elevado de ômega-6 desequilibra a razão ômega-6/ômega-3, promovendo inflamação crônica sistêmica — base de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e neurodegeneração.

Além disso, o processamento industrial deixa resíduos de hexano, ácidos graxos trans residuais (mesmo em versões “livres de trans”), compostos oxidados e metais pesados como níquel. Esses óleos não existiam na dieta humana ancestral. Foram introduzidos massivamente após 1950, exatamente quando as taxas de doenças metabólicas e cardiovasculares explodiram. 🚨

Gorduras saturadas de origem animal — banha, sebo, manteiga, ghee — são estruturalmente estáveis, não oxidam facilmente, não geram compostos tóxicos quando aquecidas e foram consumidas por milhões de anos sem causar epidemias de doenças crônicas. Mas a indústria as demonizou para vender óleos vegetais baratos com margem de lucro alta. ⚠️

Se você quer reduzir inflamação, proteger saúde cardiovascular e evitar exposição a compostos tóxicos, elimine óleos de soja, canola, milho, girassol e algodão. Cozinhe com gorduras animais, azeite extravirgem, óleo de coco ou ghee. Seu corpo reconhece essas gorduras. Óleos vegetais industrializados? Nunca foram alimento. 💪

A maior inversão nutricional da história moderna: demonizar o alimento que construiu a humanidade e celebrar o que está ...
26/11/2025

A maior inversão nutricional da história moderna: demonizar o alimento que construiu a humanidade e celebrar o que está destruindo a saúde metabólica de gerações inteiras. 🥩

A carne vermelha virou vilã oficial das diretrizes de saúde pública. Enquanto isso, carrinhos de supermercado seguem repletos de pães brancos, biscoitos recheados, margarinas hidrogenadas, óleos vegetais refinados, cereais matinais açucarados e massas de farinha branca. E ninguém questiona.

Porque a narrativa foi construída para proteger a indústria de alimentos ultraprocessados, não para proteger sua saúde. 🔬

Carne vermelha é a fonte mais biodisponível de proteína completa, ferro heme, zinco, vitaminas B12, B6, niacina, creatina, taurina, carnitina e ácidos graxos essenciais. É o alimento que permitiu o desenvolvimento do córtex cerebral humano, a manutenção de massa muscular, a função imunológica adequada e a capacidade reprodutiva.

25/11/2025

A introdução alimentar tradicional te ensina a começar com papinhas de legumes, frutas amassadas, mingau de aveia.

Mas vamos olhar para a fisiologia: o bebê passou 6 meses se alimentando exclusivamente de leite materno — rico em gorduras saturadas, colesterol e aminoácidos essenciais. O trato digestivo dele está adaptado para isso. Não para amido, não para fibras, não para açúcares vegetais.

Aos 6 meses, ele desenvolve capacidade enzimática para digerir proteínas e gorduras animais com eficiência. Não carboidratos complexos. Então por que a primeira comida seria banana amassada? 🤔

A introdução alimentar baseada em carnes, ovos e gorduras animais fornece exatamente o que o cérebro em desenvolvimento mais precisa: ferro heme (20x mais biodisponível que ferro vegetal), zinco, vitamina B12 ativa, DHA, colina, vitamina A retinol. Tudo na forma que o corpo reconhece imediatamente, sem precisar converter, sem competir com antinutrientes vegetais como fitatos e lectinas que bloqueiam absorção mineral. 🧠

Progressão natural:
📍 6-7 meses: papas lisas de carne bem cozida batida com caldo de ossos, gema de ovo, fígado 1-2x/semana
📍 7-9 meses: carnes amassadas com pedacinhos macios, ovos inteiros, peixes gordos, miúdos
📍 9-12 meses: comida da família adaptada — carnes desfiadas, tutano, manteiga, banha

Não é radical. É fisiológico. O leite materno continua sendo base energética até pelo menos 12 meses. 🍼
A comida complementa, não substitui. E quando essa comida é densa nutricionalmente — proteína animal, gorduras saturadas estáveis — o bebê desenvolve saciedade real, estabilidade glicêmica, crescimento adequado, função cognitiva otimizada.

Carnes, ovos e gorduras fornecem tudo que um ser humano em desenvolvimento precisa — sem sobrecarga de fibras que irritam intestino imaturo, sem frutose que sobrecarrega fígado pequeno, sem antinutrientes que roubam minerais essenciais para crescimento ósseo e neurológico. ✅

💬 Você fez ou faria introdução alimentar carnívora? Comenta aqui!

O estudo INCA, publicado no The Lancet, submeteu crianças com diagnóstico confirmado de TDAH a uma dieta de eliminação r...
24/11/2025

O estudo INCA, publicado no The Lancet, submeteu crianças com diagnóstico confirmado de TDAH a uma dieta de eliminação restrita por cinco semanas. O resultado foi estatisticamente robusto: dois terços dos participantes tiveram redução dramática em hiperatividade, desatenção e impulsividade. Quando os alimentos foram reintroduzidos, os sintomas retornaram 🔬

O mecanismo é claro. Glúten, leite, soja, milho, corantes artificiais e adoçantes são alimentos que provocam inflamação sistêmica.

O cérebro, especialmente em desenvolvimento, reage com neuroinflamação, desregulação de neurotransmissores (dopamina, serotonina, GABA) e disfunção no córtex pré-frontal, região responsável por controle de impulsos e atenção.

E o que a medicina convencional faz? Prescreve metilfenidato (Ritalina) como primeira linha de tratamento. Um estimulante do sistema nervoso central que mascara sintomas, mas não corrige a causa.

Apenas medica. E a criança f**a dependente de um psicoestimulante por anos, às vezes décadas. ⚠️

Enquanto continuarmos alimentando crianças com ultraprocessados, glúten, laticínios inflamatórios, transgênicos e aditivos químicos, continuaremos vendo epidemias de diagnósticos psiquiátricos infantis. 💧

Antes de medicar seu filho, teste uma dieta de eliminação por 4-6 semanas. Observe comportamento, sono, humor e concentração 🎯

Referência:
Pelsser LM, et al. Effects of a restricted elimination diet on the behaviour of children with attention-deficit hyperactivity disorder (INCA study): a randomised controlled trial. Lancet. 2011;377(9764):494-503. DOI: 10.1016/S0140-6736(10)62227-1

Beber água pura em grandes quantidades sem reposição adequada de eletrólitos pode, paradoxalmente, piorar sua desidrataç...
21/11/2025

Beber água pura em grandes quantidades sem reposição adequada de eletrólitos pode, paradoxalmente, piorar sua desidratação celular💧

A hidratação não acontece simplesmente pela ingestão de água. Acontece quando a água atravessa a membrana celular e atinge o espaço intracelular, onde os processos metabólicos realmente ocorrem. Para isso, você precisa de gradiente osmótico adequado, criado por eletrólitos — especialmente sódio, potássio, magnésio e cloreto.

Sem esses minerais, a água que você bebe permanece no espaço extracelular, é rapidamente excretada pelos rins e nunca chega onde realmente importa: dentro das células.

Mas a narrativa moderna demonizou o sal de forma irracional. Décadas de diretrizes equivocadas associaram sódio a hipertensão, ignorando completamente que o problema nunca foi o sal marinho natural, mas sim o sódio isolado presente em alimentos ultraprocessados combinado com ausência de potássio e magnésio.

Populações ancestrais consumiam quantidades signif**ativas de sódio através de carne, sangue e sal natural, e não apresentavam as doenças cardiovasculares que vemos hoje. 🚨

Você vai notar diferença em energia, clareza mental e qualidade de sono em questão de dias. Custo mínimo, implementação imediata, resultado mensurável. É uma das intervenções com melhor custo-benefício em toda a medicina metabólica. 💪

A natureza não mente. A fisiologia não é negociável. Carnívoros obrigatórios como guepardos, tigres e leões possuem estr...
19/11/2025

A natureza não mente. A fisiologia não é negociável.

Carnívoros obrigatórios como guepardos, tigres e leões possuem estrutura corporal enxuta, musculatura definida, ausência de gordura visceral excessiva e sistema digestório curto, otimizado para degradar proteína animal e gordura. Herbívoros como elefantes, porcos e hipopótamos apresentam acúmulo signif**ativo de gordura corporal, estrutura volumosa e trato gastrointestinal extremamente longo, necessário para fermentar celulose e extrair energia de vegetais.

Carnívoros não precisam armazenar grandes quantidades de gordura porque sua alimentação é nutricionalmente densa, rica em proteína de alto valor biológico e gorduras que geram saciedade prolongada. Herbívoros, por outro lado, consomem alimentos de baixa densidade calórica e nutricional, exigindo volumes massivos para suprir demandas energéticas — e ainda assim acumulam gordura como reserva, porque a eficiência de extração energética de vegetais é limitada.

Quando você tenta forçar um organismo carnívoro a funcionar com dieta herbívora, o resultado é desregulação metabólica, inflamação crônica, deficiências nutricionais e acúmulo de gordura. Exatamente o que estamos vendo em escala global: humanos consumindo dietas ricas em carboidratos, grãos, óleos vegetais e pobres em proteína animal de qualidade, desenvolvendo obesidade, resistência à insulina, esteatose hepática e síndrome metabólica. 🚨

A natureza já resolveu esse debate há milhões de anos. Resta saber se vamos continuar ignorando a biologia ou finalmente reconhecer que somos o que comemos, e que nossa fisiologia foi desenhada para carne, não para grãos. 🥩

Dormir antes das 22h não é questão de preferência pessoal. É alinhamento com a fisiologia circadiana que regula praticam...
18/11/2025

Dormir antes das 22h não é questão de preferência pessoal. É alinhamento com a fisiologia circadiana que regula praticamente todos os sistemas metabólicos do organismo. 🧬

O ciclo circadiano humano evoluiu ao longo de milênios sincronizado com o ciclo solar. A escuridão sinaliza ao núcleo supraquiasmático do hipotálamo que é hora de iniciar cascatas hormonais essenciais: supressão de cortisol, liberação de melatonina, ativação do sistema nervoso parassimpático e início dos processos de reparo celular.

Quando você dorme após as 22h, especialmente sob exposição à luz artificial, você desregula completamente essa sinalização.

Dormir tarde também mantém você exposto a grelina elevada e leptina suprimida por mais tempo, aumentando compulsão alimentar noturna, consumo de calorias desnecessárias e desregulação metabólica.

Na medicina metabólica, sono adequado não é acessório. É um pilar tão fundamental quanto alimentação e exercício. Porque não importa quão otimizada seja sua dieta ou quão disciplinado seja seu treino: se você não dorme antes das 22h, você está sabotando processos metabólicos que não podem ser compensados durante a vigília.

A nutrição moderna construiu um sistema alimentar fundamentalmente incompatível com a fisiologia humana. Durante aproxim...
17/11/2025

A nutrição moderna construiu um sistema alimentar fundamentalmente incompatível com a fisiologia humana.

Durante aproximadamente 2 milhões de anos, o Homo sapiens e seus ancestrais hominídeos evoluíram em condições de escassez intermitente, consumindo prioritariamente carne, gordura animal, vísceras e, de forma sazonal, carboidratos disponíveis em períodos específicos do ano. Não havia acesso constante a alimentos. Não havia refrigeração. Não havia agricultura em larga escala produzindo grãos refinados 365 dias por ano. E definitivamente não havia contagem de macronutrientes ou refeições programadas a cada 3 horas.

Nosso genoma foi selecionado sob essas pressões evolutivas.

Mas em menos de um século, invertemos completamente essa lógica.
Substituímos alimentos densos nutricionalmente por calorias vazias que exigem controle obsessivo de porções justamente porque não geram saciedade.

O resultado? Uma epidemia global de doenças metabólicas que simplesmente não existiam em populações ancestrais: diabetes tipo 2, obesidade visceral, esteatose hepática não alcoólica, síndrome metabólica, resistência à insulina generalizada. Não porque nossos genes “falharam”, mas porque o ambiente alimentar moderno é metabolicamente hostil ao genoma que carregamos.

Quanto mais nos afastamos da lógica evolutiva que nos trouxe até aqui, mais profunda se torna a desregulação metabólica. E a solução não está em contar calorias, pesar porções ou adicionar mais fibras vegetais. Está em voltar ao óbvio: alimentos reais, densos em nutrientes, consumidos até a saciedade, respeitando os ciclos naturais que nosso metabolismo reconhece há milênios. 🥩

Referências:
Eaton SB, Konner M. Paleolithic nutrition revisited: a twelve-year retrospective on its nature and implications. Eur J Clin Nutr. 1997;51(4):207-16. DOI: 10.1038/sj.ejcn.1600389

Cordain L, et al. Origins and evolution of the Western diet: health implications for the 21st century. Am J Clin Nutr. 2005;81(2):341-54. DOI: 10.1093/ajcn.81.2.341

Lieberman DE. The Story of the Human Body: Evolution, Health, and Disease. Pantheon; 2013.

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