Dra Rosemeire Brito

25/05/2025

24/05/2025

A psicofobia é o preconceito contra pessoas que enfrentam transtornos mentais. Ela se manifesta de formas muitas vezes sutis, com piadas,
julgamentos e exclusões, mas suas consequências são profundas. O impacto que o estigma causa é doloroso, ele gera vergonha, medo e muitas vezes, impede que as pessoas
busquem o tratamento que tanto necessitam. Combater a psicofobia é defender o direito de todos a uma vida com saúde mental, acolhimento e dignidade.
Quando calamos quem sofre
psiquicamente, estamos negando humanidade e ampliando o sofrimento.
Precisamos educar, conscientizar e transformar a sociedade.
Devemos construir um mundo onde falar sobre saúde mental seja natural, onde a dor seja acolhida e nunca mais seja motivo de vergonha ou discriminação. Só com informação, psicoeducação e
empatia combatemos a Psicofobia!

29/04/2025

27/04/2025

A ideia de um espectro refere-se à distribuição de quantidades observáveis ou propriedades dispostas segundo sua magnitude. Em relação ao transtorno bipolar, sugere uma continuidade entre traços de temperamento, as formas mais leves e os quadros mais graves do mesmo.
O "espectro bipolar" refere-se a um conceito que amplia a compreensão do transtorno, reconhecendo que ele pode se manifestar em diferentes graus e com variações de sintomas, indo além dos típicos episódios de mania e depressão.
A compreensão do espectro bipolar é crucial para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz, pois permite identificar e abordar os diferentes graus e nuances do transtorno.
O conceito de espectro bipolar nos permite uma abordagem mais abrangente do transtorno, reconhecendo sua diversidade de manifestações e a importância de um diagnóstico e tratamento personalizados.

27/04/2025

Quando pensamos em transtorno bipolar, geralmente imaginamos fases bem definidas: momentos de euforia e energia elevada e, em outros períodos, depressão profunda e desânimo. Mas, é possível sentir os dois ao mesmo tempo. Isso é o que acontece nos estados mistos — um dos quadros mais desafiadores da bipolaridade.
Diferente do que muitos imaginam, os estados mistos combinam sintomas da depressão e da ativação simultaneamente. A pessoa pode estar profundamente triste e angustiada, mas, ao mesmo tempo, com sintomas do polo oposto: inquieta, com pensamentos acelerados e impulsivos.
Nesta fase do transtorno, o desespero da depressão vem acompanhado da energia para agir — o que pode aumentar, por exemplo, o risco de comportamentos impulsivos e perigosos.
Habitualmente, as pessoas se queixam, desses sintomas hipomaníacos como ansiedade. Cabe ao especialista fazer a diferenciação. Porque, sem o diagnóstico correto, o tratamento pode ser inadequado — o que pode, inclusive, piorar ainda mais o quadro.

26/04/2025

A falta de controle nos gastos pode levar a um acúmulo de dívidas, que podem ser difíceis de pagar. O impacto da bipolaridade no dinheiro não é questão de falta de disciplina ou irresponsabilidade.
A oscilação de humor e a falta de foco podem dificultar a organização financeira, como a criação de um orçamento ou o acompanhamento das despesas. Emoçőes como euforia, ansiedade ou frustração podem ser gatilhos.
Na depressão, a falta de energia pode resultar em desorganização financeira e
dificuldade em lidar com contas e compromissos. Durante a hipomania ou mania, o cérebro busca recompensas imediatas, o que pode levar a gastos descontrolados. A pessoa pode gastar sem pensar em itens desnecessários, aumentando o risco de endividamento e culpa. Monitorar padrões pode ajudar a prever momentos de maior vulnerabilidade e evitar prejuízos.Ter um sistema de apoio pode ajudar a pessoa a lidar com as dificuldades financeiras e a evitar decisões impulsivas.
É fundamental que o tratamento do transtorno bipolar seja adequado, para que a pessoa possa ter mais controle sobre seus sintomas e possa gerenciar melhor sua vida e suas finanças.
Lidar com as finanças durante o transtorno bipolar pode ser um desafio, mas com o tratamento adequado, apoio profissional e estratégias eficazes, é possível manter uma saúde financeira equilibrada.

01/04/2025

O mundo contemporâneo!

A série Adolescência, da Netflix, bate recordes de audiência e levanta debates globais ao mostrar a trajetória de um jovem de 13 anos acusado de esfaquear e ...

21/03/2025

No último ano, o Brasil registrou quase 500 mil afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais e comportamentais, segundo dados oficiais. Esse é o maior número da década, evidenciando uma crise crescente na saúde mental da população.

Os fatores que contribuem para esse cenário são diversos, incluindo condições de trabalho precárias, insegurança financeira e o impacto de eventos traumáticos, como desastres ambientais.

Pesquisas indicam que as mulheres são mais afetadas, com idade média de 41 anos, e transtornos como ansiedade e depressão estão entre os mais comuns. A desigualdade salarial, a sobrecarga da jornada dupla e a violência de gênero são fatores que podem agravar esse quadro.

Para enfrentar essa crise, é fundamental investir em políticas públicas que melhorem as condições de trabalho e ampliem o suporte psicológico, especialmente para populações mais vulneráveis.

Compreender que a saúde mental é uma questão coletiva e não apenas individual é essencial para reduzir o estigma e garantir acesso ao tratamento adequado.

Dra. Marcia B. Macedo Soares
CRM: 62264-SP
RQE: 78546

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20/03/2025

Sintomas persecutórios e uso crônico de co***na

O uso prolongado de co***na pode ter consequências devastadoras para a saúde mental, afetando gravemente o funcionamento do cérebro. Além de causar sintomas persecutórios e paranoia intensa, a co***na interfere nos sistemas neuroquímicos responsáveis pelo equilíbrio emocional, agravando distúrbios como ansiedade, agitação e até mesmo quadros depressivos profundos. A sensação de estar sendo constantemente vigiado e a presença de alucinações e crenças delirantes são sinais claros de que a droga está prejudicando a percepção da realidade da pessoa, tornando-a mais vulnerável a episódios de agressividade e comportamentos imprevisíveis.

A dependência da co***na pode, ainda, gerar um ciclo vicioso de consumo para tentar evitar os efeitos negativos da abstinência, como o sentimento de vazio e a perda de prazer. Com o tempo, o uso contínuo pode resultar em danos permanentes ao cérebro, afetando funções cognitivas e motoras, além de aumentar o risco de psicose.

O tratamento adequado exige um esforço conjunto de interrupção do uso da substância, apoio psicológico e, muitas vezes, medicação para controlar os sintomas agudos. Embora a recuperação seja possível, os danos podem ser irreversíveis, o que reforça a importância de buscar ajuda o quanto antes.

***na

19/03/2025

PARKINSON - muito além do tremor

A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa, ou seja, atinge áreas cerebrais importantes de forma progressiva e irreversível , motivo pelo qual ainda não temos, até o momento, cura.
Até pouco tempo atrás era considerada uma doença motora, onde a falta de dopamina era a responsável pelos distúrbios motores , característicos da doença: tremores, discinesias e quedas.
Estudos mais recentes evidenciam que a doença de Parkinson é uma doença multisistemica, onde os sintomas pré - motores , antes pouco ou não considerados, são muito mais significativos e nos levam a um diagnóstico muito mais precoce, visto que, quando surgem esses sintomas "clássicos" para o diagnóstico, 80% da substância nigra ( no cérebro) já morreu.
Achados precoces da doença parecem se manifestar até 15 anos antes dos sintomas motores ,como perda do olfato, distúrbios comportamentais do sono REM e presença de sinucleina (marcador) na mucosa colonica intestinal na colonos copia.
Outra grande mudança de paradigma é o conceito de que a substância mais usada no tratamento da doença , a Levodopa, é a causadora das discinesias ( movimentos involuntários) e por conta disso, apesar de mais eficaz , é usada tardiamente.
Estudos tem demonstrado que as discinesias são a "evolução natural" da doença e não o uso da substância em si.
Assim como não é o tempo de doença que leva as comorbidades (complicações da doença) mas sim a idade biológica do paciente! !! Isso é uma grande notícia, pois mesmo os pacientes que iniciam precocemente a doença, entre 40/45 anos, só terão complicações do Parkinson, depois de 70/75 anos (idade biológica)!!!!
E por fim , diferente do que era dito, o paciente com Doença de Parkinson não é necessariamente calmo, "pacato" e lento. Sabe - se hoje que parte desses pacientes cursam sim com ansiedade, depressão e desordens de controle de impulsos como compulsão por jogos e alimentar/ hiperssexualidade/compra patológica. ..
A conclusão é que apesar de ser uma doença antiga, amplamente discutida e estudada, temos muito a aprender!!! Enquanto isso o mais importante é ter um olhar atento, buscar um diagnóstico precoce e o tratamento mais adequado à cada paciente. ..
E aos pacientes deixo meu pedido: não tenham medo de procurar o médico por medo do diagnóstico! !! A pior angústia é a dúvida. .. A dúvida não faz os sintomas desaparecerem... O tratamento sim...
Cura? Ainda não... Mas qualidade de vida...Essa você pode ter...!!!!

Por Dra Roberta França
Medicina Geriátrica & Psiquiátrica
De corpo e Alma
CRM 74485-9/RJ