14/08/2018
Volto novamente a falar sobre Bullying, pois entendo ser um assunto importante em ser debatido, isso porque muitas pessoas parecem não compreender que respeito ao próximo é algo a ser construído em casa
Ouço pessoas dizerem que essa história de bullying é frescura, pois não passam de brincadeiras e que isso sempre aconteceu, muitos dizem ainda terem passado por isso ilesos.
Realmente isso sempre ocorreu e alguns parecem passar ilesos a isso, ou então não reconhecem a marca que isso deixou, no entanto, muitas outras pessoas carregam as consequências disso por muito anos ou até para o resto de suas vidas.
Então devemos aceitar as situações de bullying pelo simples de fato de que isso sempre existiu? Parece aceitável pensar dessa maneira?
Reconhecer o problema e trata-lo para que outros não venham a sofrer seus danos emocionais me parece muito mais sensato.
É frequente que a criança, alvo do bullying, não compartilhe o incômodo com os pais, por isso, temos que estar atentos para os efeitos não serem desastrosos, gerando problemas de auto estima e insegurança na criança.
Muitos perguntam, como diferenciar uma simples brincadeira, de uma situação de bullying, considerando especificamente as crianças, o bullying será quando elas não conseguirem lidar com a agressão ou superá-la, atrapalhando sua rotina, fazendo com que ela se envergonhe e até mesmo não queira mais ir à escola ou frequentar o ambiente em que a pessoa que produz o bullying está.
É muito importante acompanhar mudanças de comportamento de seu filho, como:
- não querer sair de casa
- não querer ficar só na companhia de alguém
- parecer triste e ter queda no desempenho escolar
- deixar de participar de uma atividade que sempre gostou
- aparecer com manchas roxas pelo corpo sem explicação
Os psiquiatras apontam que, se tratado ainda no início, em até 80% dos casos a terapia resolveria o problema, não havendo a necessidade de usar medicamentos e diminuindo as chances de consequências futuras.
Quando o bullying não é tratado, a criança pode vir a ser um adulto com pouca sociabilidade, inseguro e com pensamentos típicos de depressão.
Esse é um assunto sério que merece nossa atenção.
Psicologa Andréa Nunes
CRP06/77081
andrea@novamaterna.com.br