26/01/2022
Como você gerencia suas prioridades?
Seu trabalho? Seu descanso? Seus prazeres?
Suas dores? Suas falhas? Suas necessidades? Seu auto-cuidado? Seu momento? Sua paz?
Seus acertos? Você tem se escutado?
Suas estratégias? Seus resultados?
Onde foca sua energia? Seu tempo e sua vida?
Quanto tempo o tempo tem?
Tempo para o que ou tempo para quem?
Você tem sido sincero consigo mesmo?
Que todos despertem e aproveitem, evoluam e se transformem enquanto temos tempo !
Dance ! Dance mais ! Mais uma última vez...
Pois em algum momento a música para !... e que se tenha forças para se reinventar e continuar a sorrir ! Pois TUDO PASSA...
Menos a memória, consciência e ações positivas que fizemos por nós e pelos outros !
Aproveite seu tempo com Amor, coerência e sabedoria ! Luz na caminhada !
SOBREVIVÊNCIA
Em 2016, os artistas chineses Sun Yuan e Peng Yu construíram a obra chamada "Não Posso me Ajudar", um robô industrial de um braço mecânico e sensores visuais. Ele foi colocado atrás de paredes de acrílico transparente e tinha um dever específico: conter um líquido viscoso vermelho-escuro dentro de uma área próxima a ele.
O líquido hidráulico era necessário para o robô funcionar, e parecer sangue real foi uma escolha deliberada dos artistas. De forma que o braço puxar o líquido para si funcionava como uma tarefa de "sobrevivência". Quando os sensores detectavam que o fluido escorria demais, o braço robótico puxava-o para si.
Os artistas também deram ao robô a capacidade de fazer "danças felizes" e fazer movimentos que não eram necessários para manter o líquido hidráulico por perto. Quando tinha tempo o suficiente para não puxar o líquido para si, o braço mecânico saudava os espectadores. Inicialmente o robô interagia com a multidão com frequência, mas com o decorrer do tempo o braço mecânico dançava cada vez menos, pois a quantidade de líquido hidráulico tornava-se cada vez maior.
Através dos anos o robô passou a ter tempo apenas para tentar manter-se vivo, e por causa da escassez da lubrificação tornou-se cada vez mais ruidoso, gerando guinchos mecânicos que causavam impressão de cansaço e desespero. Essa é obra de arte absolutamente impressionante parou em 2019, quando ficou sem líquido hidráulico.
A metáfora da obra é que nós nos matamos mental e fisicamente o tempo todo, morremos sempre e ansiamos por viver. Sacrificamo-nos pelos outros, por dinheiro, por atenção, por sucesso, lentamente nos afogando com cada vez mais responsabilidades, e temos cada vez menos tempo livre para desfrutar da vida.
Mas há uma mensagem além do sisifismo da batalha pela sobrevivência. É verdade que não há escapatória do tempo. É verdade que o ciclo de todos se completa, e que nenhum de nós sai vivo deste mundo. Mas nós não somos máquinas, há tempo para que você se cure, descanse e ame.
Nós sempre teremos tempo para dançar.
viapagina Por Outis
Texto de Arthur Louzada