01/12/2025
Do que você está fugindo?
Se você se percebe sempre fugindo ou mesmo se autossabotando em determinadas situações em sua vida, de maneira repetitiva, aí está provavelmente um complexo desenvolvido que você precisaria investigar – e o processo de psicoterapia auxilia muito nisso. Se você tem alguma reação que parece ser complexada, ou seja, é sempre a mesma e segue um mesmo padrão, você deve investigar esse conflito a fim de entender, elaborar, trazer isso para a consciência e conseguir agir de uma forma diferente, pois o nosso agir é, muitas vezes, automático e inconsciente.
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Geralmente, esse comportamento de fuga – assim como tantos outros que podemos nos reconhecer repetindo – se transforma em um símbolo de algo que devemos olhar. Nestes casos, provavelmente algum complexo nosso foi instigado. Complexo é um conjunto de afetos, sofrimentos, traumas e sentimentos diversos que podemos ter sobre um determinado tema, de tal maneira que isto nos faz agir de uma maneira que não entendemos e mesmo não controlamos. Podemos dizer que quando algo atinge um complexo nosso, nosso inconsciente vai entrar em cena e podemos observar comportamentos de fuga, bloqueios, nos sentir confusos, sem saber como agir, e vivenciaremos uma situação de ansiedade e afastamento, algo como um “travamento” diante da vida.
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E como lidar com esses casos em que fugimos ou travamos? Com MUITA consciência. Consciência do que causou aquilo, consciência de por que faço aquilo, consciência de quais são meus ganhos secundários, e consciência do que quero ser e como quero transcender isso. E, uma vez que a consciência se amplia através das experiências de vida, sendo construída dia a dia, a proposta é se colocar novamente nestes contextos que geraram trava, porém, apoiados por um processo de psicoterapia, nos propormos agir ou pensar diferente nestas situações. Como disse Verena Kast, uma importante psicóloga e autora junguiana, “é apenas identificando e nos tornando conscientes dos complexos que podemos eventualmente nos desprender destes afetos, nos transformando em pessoas mais independentes e com habilidades mais adequadas para o relacionamento interpessoal”.