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A infância é um período repleto de conhecimento e simbolizações que acabam por ser esquecidos com as marcas do tempo. Pe...
14/03/2024

A infância é um período repleto de conhecimento e simbolizações que acabam por ser esquecidos com as marcas do tempo.

Percepções que foram vivenciadas podem nos escapar da memória consciente, mas permanecem fragmentadas em recordações “quase” sem sentido.

Em nossos pensamentos, podemos nos deparar com pedaços de lembranças que não passam de retalhos de uma história que já se passou, ou que nem mesmo podemos dizer se essas recordações de fato aconteceram.

Rememoramos nossas memórias desconexas, num ato de trazer fragmentos da nossa história que não estão totalmente ao nosso alcance.

*

No texto “Lembranças da Infância e Lembranças Encobridoras”, Freud argumenta sobre fragmentos de memórias da infância, que à primeira vista podem parecer triviais, mas que possuem representações disfarçadas de conteúdos inconscientes reprimidos, como se nosso inconsciente nos contasse apenas pequenas porções de memórias que simbolizam questões maiores dentro de nós.

*

“Tudo é mistério nesse reino que o homem começa a desconhecer desde que o começa a abandonar” - Cecília Meireles

“Quando as crianças brincam / E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma / Começa a se alegrar.
E toda aquela infância / Que não tive me vem,
Numa onda de alegria / Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma, E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta / Isto no coração.” (Fernando Pessoa)

REF: Freud, S. (1901). "Psicopatologia da vida cotidiana". In: Obras Completas, Vol. VI. Rio de Janeiro: Editora Imago.

Sobre os cenários-lugares que nos compõe Se a nossa história é permeada pelos lugares que percorremos , e que formam a n...
07/03/2024

Sobre os cenários-lugares que nos compõe

Se a nossa história é permeada pelos lugares que percorremos , e que formam a nossa identidade, como um palco onde nos reconhecemos e nos diferenciamos, quanto dentro de nós se constrói a partir dos cenários onde já estivemos?

É curioso pensar como a narrativa de quem somos é atravessada pelos momentos - ruins e bons - que já aconteceram em nossas vidas. Pelo valor e interpretação que somos capazes de dar à eles em determinado momento. Esse cenário-fotografia, que captura o fragmento de um sentimento, torna-se um marco central sobre aquilo que pode vir a definir. Um lugar.

Se esse lugar de onde se fala, é também um lugar de onde se vê, como uma varanda de quem observa a própria vida, e assim constrói sua narrativa, a partir do cenário pré moldado das nossas certezas, tudo pode ser angular ! E como ângulos, podem se movimentar de acordo com o ponto de origem na geometria da vida.

Um lugar é uma parte delimitada de um espaço, uma região, um local onde se está ou se deveria estar, como uma posição. No discurso, esse lugar define a posição em que se fala. Do ponto de vista (POV) do narrador oculto que direciona o seu olhar para a vida.

Esse lugar que é um espaço psíquico complexo e fundamental do nosso desenvolvimento, oferece um caminho para a compreensão dos nossos conflitos e dificuldades emocionais, e principalmente para traçar a mudança e a transformação que cada um deseja trilhar no seu cenário.

📷 Sebastião Salgado (1944) é um fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor...
22/01/2024

📷 Sebastião Salgado (1944) é um fotógrafo brasileiro considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor social de seu trabalho.

Entre 1993 e 1999, Salgado viajou por diversos países e fotografou a luta dos imigrantes, que resultou no livro “Êxodos”, publicado em 2000.

“Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoa fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas...”

*

A obra de Salgado, destacando as atividades migratórias por sobrevivência, me fez pensar em um termo constante na clínica.

Depois de um certo tempo de análise, quando passamos a compreender como certas partes da nossa história comprimem sentimentos que ali foram esquecidos, nos deparamos com o movimento de REVISITAR velhas memórias, para conseguir retornar ao lugar vulnerável, abandonado, para seguir em frente.

Revisitar significa tornar a visitar; visitar de novo. Dessa vez, em um ambiente seguro, onde seja possível se reposicionar frente ao fato que está no passado, mas não foi esquecido.

Revisitar significa retornar de outro lugar, no ambiente analítico. Podendo dessa vez sentir o que foi reprimido, esquecido, guardado à sete chaves, sem que isso signifique romper-se novamente.

Revisitar é um ato de coragem. Propõe retornar o que foi abstraído, para dessa vez poder deixar definitivamente para trás, em busca de terras melhores

“Acho que é mais corajoso quem vence seus medos do que quem vence seus inimigos, porque a vitória mais difícil é sobre s...
11/01/2024

“Acho que é mais corajoso quem vence seus medos do que quem vence seus inimigos, porque a vitória mais difícil é sobre si mesmo.”
– Aristóteles –

*

"Amor e ódio constituem os dois principais elementos a partir dos quais se constroem as relações humanas. Mas amor e ódio envolvem agressividade. Por outro lado, a agressão pode ser um sintoma de medo. [...] De todas as tendências humanas, a agressividade, em especial, é escondida, disfarçada, desviada, atribuída a agentes externos, e quando se manifesta é sempre uma tarefa difícil identificar suas origens”.

Winnicott, 1939.



ANGÚSTIATortura do pensar! Triste lamento!Quem nos dera calar a tua voz!Quem nos dera cá dentro, muito a sós,Estrangular...
26/12/2023

ANGÚSTIA

Tortura do pensar! Triste lamento!
Quem nos dera calar a tua voz!
Quem nos dera cá dentro, muito a sós,
Estrangular a hidra num momento!
E não se quer pensar! ... e o pensamento
Sempre a morder-nos bem, dentro de nós ...
Querer apagar no céu – ó sonho atroz! –
O brilho duma estrela, com o vento! ...
E não se apaga, não ... nada se apaga!
Vem sempre rastejando como a vaga ...
Vem sempre perguntando: “O que te resta? ...”
Ah! não ser mais que o vago, o infinito!
Ser pedaço de gelo, ser granito,
Ser rugido de tigre na floresta!

Florbela Espanca, em "Livro de Mágoas"
📷 Edward Honaker

Por que falar? O ato de colocar-se em  palavras,  já  é  um  movimento  de estranhamento que torna a si mesmo um Outro, ...
01/12/2023

Por que falar?

O ato de colocar-se em palavras, já é um movimento de estranhamento que torna a si mesmo um Outro, quando possibilita que a gente possa se escutar.

A busca pelo sentimento de reconhecimento - o ato relativo à memória - por parte de um Eu que identifica suas próprias marcas, proporciona essa experiência que nos autoriza a falar.

O *sinthoma que direciona a busca pela análise, atua como uma recordação, uma lembrança em cenas incompletas, que levam a outros momentos da vida, em um processo que resiste em se apresentar à consciência.

“O sinthoma é um texto que se inscreve disfarçado naquilo que não encerra de buscar a sua exterioridade.”

Fala-se porque existe algo que precisa ser dito.

*
Acho que várias vezes durante o processo eu quis achar que ele tivesse acabado. Muitas vezes eu quis me ver livre disso tudo. Mas a gente não se livra dessas coisas. A gente não está livre dessas coisas. A liberdade é sempre negociada. É sempre uma condicional.

REF: Leite, J. F. (2014). Três tentativas de dizer o indizível - a experiência de criação de Conversas com meu pai. Sala Preta, 14(2), 153-163. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v14i2p153-163

Amar a nossa falta de amor,As procuras nervosas, medrosas, de querer mais amor Amar o desconhecido dentro de si, para to...
26/11/2023

Amar a nossa falta de amor,
As procuras nervosas, medrosas, de querer mais amor
Amar o desconhecido dentro de si, para torná-lo habitável

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