13/12/2022
Aber ... / Mas....
Während der Ausbildung zur Psychotherapeutin wurde ich oft daran erinnert, dass die Sprache unsere Realität erschafft. Kleine Wörter können eine große Macht haben – heute beziehe ich mich auf das Wort „Aber“.
Beispiele: „Ich würde gerne Sport machen, aber ich habe keine Zeit“, „Ich würde gerne aufhören zu rauchen, aber momentan habe ich so viel Stress“; „Ich wollte dich nicht anschreien, aber du hast mich provoziert“, „Ich würde gerne eine Therapie machen, aber das ist mir zu teuer“.
Wir entscheiden uns oft unbewusst, aus Bequemlichkeit oder auch aus Gewohnheit für eine passive Rolle. Und so fühlen wir uns kurzfristig nicht so schlimm.
Angenommen, wir würden die Verantwortung für unsere Entscheidungen und für unsere Taten übernehmen: Wie könnte die Realität dann ohne ein „Aber“ aussehen? Wie oft erwartet man dieses Verhalten von Kindern? Wie stehen wir dann als Erwachsene dazu? Was bräuchte man dann, um einen kleinen Schritt Richtung eigene Verantwortung zu wagen? Will ich überhaupt Sport machen? Welche guten Gründe gibt es dafür, sprich habe ich die richtige Motivation? Hast du mich wirklich provoziert oder habe ich mich von irgendeinem Wort/ Ausdruck von dir getriggert gefühlt? Ist dich anzuschreien leichter, als mich mit meinem Anteil zu beschäftigen? Wenn ich Therapie brauche, wie könnte ich es mir dann leisten? Oder bin ich noch nicht so weit für diese Entscheidung und brauche noch Zeit?
"Jedes Wort ist ein Vorurteil." (Friedrich Wilhelm Nietzsche)
Mas...
Durante a formação de psicoterapia disseram-nos muitas vezes que as nossas palavras criam a nossa realidade. Pequenas palavras podem ter também um grande poder - hoje a palavra "mas".
Por exemplo: "Gostaria de fazer desporto mas não tenho tempo", "Gostaria de deixar de fumar mas de momento tenho muito stress"; "Não queria gritar contigo mas tu provocaste-me", "Gostaria de fazer terapia mas é demasiado caro para mim".
Muitas vezes optamos de forma inconsciente, seja por conveniência ou mesmo por hábito, por um papel passivo nas nossas vidas . Desta forma não nos sentimos tão mal, pelo menos a curto prazo. Agora supondo que assumimos a responsabilidade pelas nossa decisões e pelas nossas acções: como poderia ser então a nossa realidade sem um "mas"? Quantas vezes esperamos este comportamento das crianças? Mas como é o nosso modo de estar em adultos? Do que é que preciso então para me atrever a dar um pequeno passo em direcção a assumir responsabilidade? Será que quero fazer desporto? Que boas razões existem para isso, e será que tenho a motivação certa? Provocaste-me mesmo ou eu que me senti provocado/a por alguma palavra/expressão tua? Será mais fácil gritar contigo do que lidar com a minha parte no conflito? Se eu preciso de terapia, como será possível pagar? Ou será que ainda não estou pronto/a para esta decisão e preciso de mais tempo?
“Cada palavra é um preconceito.” (Friedrich Wilhelm Nietzsche)