11/11/2025
O 11/11 – O Silêncio do Tempo entre Tempos
Há dias que são só dias, e há dias que são portais.
O 11/11 é daqueles que piscam o olho ao Céu e dizem: “Agora ou nunca.”
Não é um dia de correrias nem de iluminações instantâneas.
É o dia do silêncio que fala, do vazio que germina, da pausa que decide o rumo sem precisar dizer nada.
O triângulo invertido abre-se como um cálice, uma taça de rendição.
Aponta para baixo — não para te rebaixar, mas para te lembrar que a verdadeira luz desce.
Desce ao corpo, ao chão, às entranhas onde mora a tua sabedoria antiga.
É o símbolo da entrega, do feminino, do aceitar que o Universo não precisa das tuas defesas nem dos teus planos de controlo.
Hoje, o que o Portal pede é que pares de empurrar o rio.
Ele sabe o caminho.
O 11/11 traz o convite de fechar pontas que te sugam a energia — conversas adiadas, decisões que esperam um “talvez”, laços que já não dançam contigo.
O tempo entre tempos é o momento de passar a limpo o que ficou a meio.
Nem o passado nem o futuro: este lugar suspenso onde o silêncio afina a bússola.
É o vazio fértil.
Aquela espécie de nada onde tudo começa a brotar.
Um nada com cheiro a recomeço.
E se sentires cansaço, estranheza, tédio — parabéns.
Estás exatamente onde o portal te queria: no intervalo entre o que morre e o que nasce.
Hoje, cala o barulho da pressa.
Senta-te no centro do triângulo.
Deixa cair o peso das tuas certezas.
E escuta —
a Vida está a reorganizar-se dentro de ti.
O resto é eco.