25/04/2021
Uma família cujo segundo filho não aparecia na sena, pai e mãe rolavam e brincavam com aquele menino, e a filha mais velha estava feliz fazendo algo na cozinha, mas este segundo filho não estava nem na fala dos que ali interagiam, parecia que não tinham esta segunda criança.
Aparece também no sonho, uma escada: a parte de vidro era para subir, a parte de madeira para descer, e lá encima tinha alguns degraus soltos também em vidro, era preciso pular sobre eles, só assim se chegaria muito alto para ter acesso à constelação de estrelas, os corrimões da que descia eram de madeira, mas que pareciam ao mesmo tempo ao cipó.
Eu discutia com uma mulher que me explicava um método, cuja parte de superação tinha esta bendita escada. Questionei a respeito, qual é o objetivo disso? Porque as pessoas precisam subir até lá para superar qualquer coisa? Eu não entendo!
Disso tudo e sem entender muita coisa, agora já acordada consigo perceber restos diurnos, mas, e principalmente o que me fora contado sobre a gestação e na primeira infância. Levar para análise foi a via, e já nos disse Freud 1900 [Umas das fontes de onde os sonhos retiram material para reprodução- material que, em parte, não é nem recordado nem utilizado nas atividades do pensamento de vigília- é a experiência da infância].
Sobre o cipó: associou-se ao cordão umbilical, este tem seus registros da vida intrauterina, onde ameaças de ab**to foram constantes, e se a mãe não se abnegasse de seus afazeres, era novamente outra perda. O primeiro filho ficou muito pouco tempo vivo.
A escada de vidro: tão difícil de subir para alcançar a constelação estelar, todo aquele empenho para provar algo, para aparecer na constelação familiar. Qual o objetivo de subir até lá encima? Superar o que? Não precisa subir até lá, e não há nada para superar ou provar, o fato é permitir-se ocupar o lugar de segundo filho que se é e que se tem, porque a mãe fez os repousos requeridos. Então, é necessário sair das amarras que se supõem, pois, de suposições também adoecem o homem.
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Freud 1900-1901 [Caso se pergunte se é possível interpretar todos os sonhos, a resposta deve ser negativa]. [É sempre possível caminhar um pouco: o bastante, pelo menos, para nos convencermos de que o sonho é uma estrutura provida de sentido, e, em geral, o bastante para entrever qual é esse sentido].