09/01/2020
Você também sente que foi levado a acreditar que nossos relacionamentos amorosos deveriam nos fazer felizes?
Nossas primeiras associações de apego na infância formam o filtro que utilizamos para navegar nossos relacionamentos quando adultos. A verdade é que relacionamentos acabam sendo gatilhos para muitas das feridas vividas nessas primeiras associações.
Se nossas figuras parentais falharam em regular seu próprio estado emocional para responder às nossas necessidades quando crianças (não nos apresentando um modelo seguro de apego) nós projetaremos esse modelo inseguro e nos tornaremos ansiosos ou distantes em relacionamentos adultos.
Isso pode ser representado pelo medo crônico de abandono ou evitando parcerias românticas quando sentimos uma maior intimidade surgindo – mas ironicamente isso nos afasta de uma conexão autêntica.
Infelizmente estamos em grande necessidade de “reaprender” a nos relacionar uma vez que a maioria de nós ainda torce, de maneira ingênua, em encontrar aquela pessoa que nos carregará ao “Bliss eterno”.
Quando formamos uma parceria, somos dois indivíduos com traumas não resolvidos, mecanismos de defesa e crenças de mundo diferentes. Esse “Bliss eterno” pode se tornar sofrimento se projetarmos a expectativa de que nosso parceiro DEVE nos fazer feliz.
Precisamos evoluir para um entendimento de que relacionamentos saudáveis são mais sobre fornecer segurança aos nossos parceiros. A segurança para nos expressarmos autenticamente e sem julgamento nossos medos, ansiedades, irritabilidade e mágoas da criança interior quando à tona.
Segurança é uma PRÁTICA em relacionamentos, pois poucos de nós tivemos isso quando crianças.
Eu falo mais sobre a Teoria do Apego e dicas de como se tornar mais seguro no primeiro episódio do 🎙Podcast