26/09/2025
O Multiverso esteve presente no Brasil International Art & Health Festival, a convite de Lucia Bianconi. Representado por Fabi Mesquita, que integrou a mesa Arte em primeiro plano: Reescrevendo a história do HIV. Ao lado do escritor e pesquisador Ramon Nunes Mello, da artista plástica Adriana Bertini, do médico e pesquisador Dr. Mauro Romero — fundador e presidente da Sociedade Brasileira de DST — e de Estêvão Portela, diretor do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz, a conversa abriu caminhos para repensar a saúde e o enfrentamento ao HIV a partir das linguagens artísticas. Fabi Mesquita, guarani Mbyá, escritora, dançarina e ativista cultural, trouxe para o debate sua trajetória marcada pelo diálogo entre corpo, palavra e política. Sua prática de Arthivismo — onde a arte se encontra com o ativismo — reafirma que o combate ao estigma e a defesa da vida não se limitam às estatísticas e protocolos biomédicos, mas passam também por narrativas, expressões culturais e movimentos que celebram a dignidade humana. Em sua fala, destacou a importância da saúde mental e da arte enquanto técnica terapêutica e de cuidado coletivo, ressaltando que o processo criativo tem potência de cura, de fortalecimento da autoestima e de construção de vínculos afetivos e comunitários. Na mesa, a arte apareceu não como acessório, mas como protagonista: capaz de desconstruir silêncios, reescrever histórias, sensibilizar públicos e fortalecer políticas públicas. Essa perspectiva, apresentada por Fabi e demais participantes, mostrou que falar de saúde é também falar de memória, criação e afeto. Assim, o Instituto Multiverso reforça seu compromisso de construir, junto a parceiros e redes, um futuro em que saúde seja entendida como bem viver, e não apenas como a ausência de doenças — um princípio básico da filosofia Teko Porã, que coloca o bem viver coletivo como prática de vida.