26/05/2025
O paludismo, comumente referido como malária, é uma patologia infecciosa ocasionada por protozoários do gênero Plasmodium, sendo sua transmissão atribuída à picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles. Durante o processo de alimentação, o mosquito injeta saliva anticoagulante, facilitando assim a introdução do parasita no tecido circulatório do hospedeiro.
Após a inoculação, os Plasmodium migram para o fígado, onde se replicam de maneira imperceptível durante um período de aproximadamente sete dias. Subsequentemente, os parasitas invadem a circulação sanguínea, acometendo os eritrócitos, e se multiplicam em ciclos que variam de três a quatro dias, culminando na destruição dos glóbulos vermelhos infectados. Esse processo resulta na manifestação dos principais sintomas clínicos da malária, como febre elevada, calafrios intensos e anemia.
Para humanos, cinco espécies de Plasmodium são responsáveis pelo paludismo: P. falciparum, P. vivax, P. ovale, P. malariae e P. knowlesi.
Dentre as espécies existentes, o Plasmodium falciparum destaca-se como a mais letal, responsável pelas manifestações clínicas mais severas da enfermidade. Geograficamente, a malária prevalece majoritariamente nos países da África Subsaariana, com uma exceção notável na África do Sul, sul da Namíbia e Botsuana. Dados indicam que 96% dos casos são registrados em 29 países africanos. No contexto da América Tropical, a incidência de malária é significativa na região amazônica, com um aumento notável dos episódios na Venezuela. Na Ásia, áreas de maior risco incluem Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão e determinadas zonas de Myanmar.
Conforme as estatísticas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o ano de 2022 testemunhou mais de 608.000 óbitos a nível mundial, derivados principalmente de infecções em crianças. Ademais, observa-se uma crescente resistência dos parasitas às terapias antipalúdicas, e uma diminuição na eficácia dos inseticidas utilizados contra os mosquitos vetores.
Em termos de impacto global, a malária afetou mais de 249 milhões de indivíduos em 2022, com 94% dos casos concentrados nas regiões tropicais da África.
As manifestações clínicas da malária frequentemente assemelham-se às de uma virose gripal, englobando febre, diarreia, cefaleia, sudorese ou calafrios, náuseas e vômitos, além de mialgias e algias abdominais. Esses sinais clínicos tendem a emergir entre a primeira e quarta semana após a infecção, podendo, em certos casos, demorar até um ano para se revelarem.
A malária pode evoluir para formas clínicas severas, ocasionando complicações tais como coma, convulsões, insuficiência respiratória e renal. Diante disso, é imperativo reconhecer precocemente os sintomas e buscar assistência médica imediata.
Como realizar diagnósticos de malária?
Para o diagnóstico da malária, o primeiro passo importante é o profissional de saúde suspeitar da malária em pessoas que estejam com febre e outros sintomas da doença, que morem ou tenham visitado uma área onde a malária está presente. Mas o diagnóstico só é confirmado quando o protozoário Plasmodium é encontrado em uma amostra de sangue do paciente.
Existem dois tipos de teste para confirmar o diagnóstico: o exame de lâmina e o teste rápido para malária.
O exame de lâmina é também chamado de gota espessa. Nesse exame, é feito um pequeno furo na ponta de um dos dedos do paciente para obter uma gota de sangue. A gota é analisada em um microscópio em busca da presença do protozoário.
Já o teste rápido é um exame de diagnóstico que detecta proteínas liberadas pelos parasitas da malária (protozoário Plasmodium) no sangue do paciente. Ambos os te**es são adequados para o diagnóstico da malária.
O protocolo terapêutico envolve a administração de fármacos antimaláricos, como a doxiciclina e a cloroquina, os quais inibem a proliferação do Plasmodium no organismo. É fundamental notar que esses medicamentos podem acarretar efeitos adversos, incluindo distúrbios gastrointestinais.
As estratégias de prevenção da malária englobam, sobretudo, medidas contra picadas de mosquitos, como o uso de mosquiteiros durante o repouso.
Tratamento natural e eficaz da malária sem efeitos colaterais.
A Artemisia annua, também conhecida como artemísia anual, é uma planta medicinal pertencente à família Asteraceae, com uma longa história de utilização na medicina tradicional chinesa. Originária da Ásia, particularmente da China, a Artemisia annua prospera em regiões temperadas, sendo comumente encontrada em campos e áreas montanhosas. Seus componentes bioativos primários são amplamente empregados no tratamento da malária, com destaque para a artemisinina, um composto que trouxe uma verdadeira revolução na terapia antimalárica. Além de seu cultivo na China, atualmente a Artemisia annua é também cultivada em várias regiões do mundo, em razão de sua significativa importância medicinal.
Para a preparação da Artemisia Annua, inicie aquecendo um litro de água até a fervura. Posteriormente, adicione 5 gramas, ou um pequeno punhado, de folhas e hastes secas na água que atinge a temperatura de 100 graus Celsius. No caso de utilização da planta fresca, insira 4 punhados de folhas, aproximadamente 20 gramas. Após alguns segundos, remova do calor, cubra e permita a infusão durante 15 minutos. Coe a solução e consuma dentro de 24 horas. É imperativo não ferver novamente. A Artemisia Annua pode ser adoçada com açúcar ou mel, sendo exceções os recém-nascidos. A adição de suco de limão pode atenuar dores de cabeça, e para alimentação através de mamadeira, pode-se utilizar leite em pó materno. Recomenda-se a ingestão de um litro de Artemisia Annua diariamente, fracionado em três xícaras de 33 cl cada uma, consumidas pela manhã, ao meio-dia e à noite, ao longo de 7 dias, independentemente da cessação dos sintomas antes do término do tratamento. Para crianças com menos de 5 anos ou pesando menos de 15 kg, reduzir a dose pela metade: misturar 5 gramas de Artemisia em 50 cl de água fervente a 100 graus Celsius. Consumir 50 cl diariamente, divididos em três porções de 16 cl pela manhã, ao meio-dia e à noite, durante 7 dias. Para a prevenção de malária em indivíduos semi-imunizados, recomenda-se beber uma xícara de 33 cl em dias alternados, aplicável a adultos e crianças menores de 5 anos ou abaixo de 15 kg.
Estudos demonstraram que folhas e hastes cortadas com um comprimento de 2 cm mantêm sua eficácia por pelo menos 3 anos. Esta planta é indicada para uso seguro em bebês, crianças e mulheres grávidas, exceto durante o primeiro trimestre da gestação, quando sua utilização deve ser evitada.
É imperativo evitar o consumo excessivo de paracetamol, aspirina ou ferro durante o tratamento com Artemisia annua, devido à possibilidade de redução da eficácia terapêutica. Adicionalmente, antioxidantes podem atuar como antagonistas das moléculas ativas da Artemisia annua. Portanto, recomenda-se evitar a ingestão concomitante de comprimidos de vitamina C durante um regime curativo.