Herman Manuel

Herman Manuel 🧠• Consulta e Acompanhamento Psicológico
👨🏾‍🏫• Palestras e Workshops
⚖• Avaliação Pericial Psicológica;
📑• Elaboração de Parecer e Laudos.

Por décadas, "segurança no trabalho" significou proteger o corpo dos perigos físicos. Era um jogo de capacetes, luvas, b...
15/12/2025

Por décadas, "segurança no trabalho" significou proteger o corpo dos perigos físicos. Era um jogo de capacetes, luvas, bloqueios e procedimentos.

Hoje, sabemos que isso é apenas metade da equação.

A verdadeira revolução em segurança começa quando entendemos que "Segurança Física" e "Segurança Psicológica" não são conceitos rivais, mas pilares gêmeos de um mesmo sistema.

SEGURANÇA FÍSICA
Protege o corpo do trabalhador.
Controla perigos como quedas, choques, incêndios.
👉🏾 Resultado visível: Zero acidentes com lesão.

SEGURANÇA PSICOLÓGICA
Protege a mente do trabalhador.
Controla perigos como estresse tóxico, assédio, medo de falar.
👉🏾 Resultado visível: Equipes que reportam erros, inovam e colaboram sem medo.

O ponto de ruptura é este:
Um colaborador com 100% de segurança física, mas 0% de segurança psicológica, é um risco ambulante.

Por quê?
Porque a mente sob estresse crónico:
• Tem a percepção de risco comprometida
• Toma decisões mais lentas e pobres
• Oculta falhas e near-misses por medo de represália

Em outras palavras: a insegurança psicológica corrói, silenciosamente, todos os seus investimentos em segurança física.

A empresa que treina um funcionário para usar um equipamento de bloqueio, mas não o treina para dizer "pare, isso não está seguro" ao seu supervisor, está a construir uma cultura de conformidade cega, não de segurança inteligente.

A pergunta para os líderes de HST e gestores:
Vocês estão a medir e a gerir a segurança psicológica com a mesma seriedade e recursos com que gerem a segurança física?

O futuro da segurança não é escolher entre um pilar e outro. É entender que só existe segurança total quando o corpo e a mente estão igualmente protegidos.

É hora de atualizar o plano.

Um alerta vermelho para o setor empresarial: Entre Janeiro e Junho deste ano, mais de 26 mil trabalhadores em Luanda for...
28/11/2025

Um alerta vermelho para o setor empresarial: Entre Janeiro e Junho deste ano, mais de 26 mil trabalhadores em Luanda foram diagnosticados com distúrbios psicológicos, segundo dados da Direção Provincial de Saúde.

Este não é apenas um número. São:
→ 26 mil sinais de alerta ignorados
→ 26 mil crises de produtividade em curso
→ 26 mil potenciais acidentes à espera de acontecer

O que estas estatísticas estão a gritar?

Que as empresas continuam a tratar a saúde mental como um problema individual e não como um risco operacional coletivo.

A solução não está em trazer um massagista uma vez por mês ou palestras motivacionais isoladas.

A solução exige uma mudança de paradigma:
🚨 Parar com as atividades paliativas que maquiam o problema

✅ Implementar Programas Integrados de Saúde Mental dentro das diretrizes internacionais (ISO 45003) e Nacionais (Decreto 179/24).

Programas que:

👉🏾 Identifiquem e mitiguem riscos psicossociais na fonte (cargas de trabalho, lideranças tóxicas, assédio)
👉🏾 Criem métricas e indicadores de bem-estar tão rigorosos quanto os de segurança física
👉🏾 Formem líderes para serem gestores de risco psicossocial, não apenas de resultados

No final, é importante olhar para a saúde mental dos seus colaboradores não é uma despesa. É o ativo mais valioso que a sua empresa protege ou negligencia.

Outro dia assisti o vídeo de uma menina que se dizia ser “muito autista”, como se algo fantástico se tratasse. Noutro mo...
25/11/2025

Outro dia assisti o vídeo de uma menina que se dizia ser “muito autista”, como se algo fantástico se tratasse. Noutro momento, uma outra pessoa, chorando porque estava tendo uma “crise de depressão”.

Estes e outros casos nos mostram que estamos a viver numa era em que o sofrimento deixou de ser apenas experiência íntima e passou a ser conteúdo público. Nas redes sociais, frases melancólicas, vídeos chorando e posts sobre crises emocionais recebem curtidas, comentários de apoio e até status de autenticidade. Para muitos jovens, compartilhar a dor virou um caminho para se conectar e sentir-se visto.

Psicologicamente, esse fenômeno é um paradoxo. Por um lado, falar sobre dor é libertador e quebra o silêncio do tabu. Por outro, quando a dor é transformada em estética ou moda, há risco de banalização. O jovem passa a se identif**ar mais com o rótulo do sofrimento do que com sua própria história de superação.

É a busca por pertencimento através da dor, que às vezes reforça ainda mais o ciclo de vazio interno.

Como consequência, isso pode incluir:

• Normalização da autossabotagem como algo “profundo” ou “bonito”.
• Confusão entre pedir ajuda e pedir atenção, dificultando acesso ao suporte adequado.
• Comparação de dores, criando competição velada sobre quem está mais quebrado.
• Redução da saúde mental a citações virais, sem profundidade ou cuidado.

No final do dia, surgem várias questões:

Será que estamos compartilhando a dor para curar ou apenas para ser aceitos?

Quando a tristeza rende mais engajamento que a alegria, que mensagem estamos transmitindo às próximas gerações?

Por fim, como profissional de saúde mental, sigo acreditando que a cura não está em quantos reagem à sua tristeza, mas em quem caminha ao seu lado quando as câmeras estão desligadas.

—————
💬 Comenta: Já sentiste que a internet romantiza demais o sofrimento?

🔄 Partilha este texto para quebrarmos juntos a estética da dor e abrirmos espaço para cuidado real.

Cuidar da saúde mental não é "benefício" - é o NOVO compliance.Por anos, vimos saúde mental como um tema do RH. Um "plus...
10/11/2025

Cuidar da saúde mental não é "benefício" - é o NOVO compliance.

Por anos, vimos saúde mental como um tema do RH. Um "plus". Um sinal de empresa "boazinha".

Isso acabou.

A ISO 45003:2021 não é uma sugestão. É a primeira norma internacional que transforma o bem-estar psicológico em obrigação estratégica.

Ela é a bússola que aponta:

✅ Riscos psicossociais são riscos operacionais reais
✅ Burnout é uma falha do sistema, não do indivíduo
✅ Cultura tóxica é um passivo que afeta o balanço

Implementar esta norma não é sobre ser "moderno".

É sobre:
→ Reduzir absenteísmo e turnover
→ Proteger a reputação corporativa
→ Aumentar a produtividade sustentável

A empresa que ignora essa diretriz não está só sendo negligente com pessoas.

Está em desconformidade com o futuro.

A pergunta deixou de ser "se podemos investir" e tornou-se "quanto custa NÃO investir".

29/10/2025
No mês alusivo da Saúde Mental, a YALDA (Aliança Juvenil para Liderança e Desenvolvimento na África) estará realizando n...
25/10/2025

No mês alusivo da Saúde Mental, a YALDA (Aliança Juvenil para Liderança e Desenvolvimento na África) estará realizando no dia 29 (10/2025), uma discussão sobre o tema que não pode esperar: como proteger a saúde mental dos jovens africanos durante emergências e crises.

Será uma grande honra representar a bandeira Angolana, junto de profissionais da saúde mental de africanos e não só.

Durante o evento vamos abordar:
✅ Por que a saúde mental salva vidas em situações de emergência
✅ Estratégias para apoiar jovens enfrentando trauma e deslocamento
✅ Como construir sistemas de saúde mental resilientes na África

📅 Participe conosco!
Inscrições gratuitas: https://us02web.zoom.us/meeting/register/58cZcFwMQE6s5gJXSmVIwg

👉 Compartilhe este evento com alguém que se importa com o futuro dos jovens africanos!

💪 Hoje não é sobre sentir vontade.É sobre lembrar do PORQUÊ.Enquanto outros esperam a motivação chegar, você já está con...
20/10/2025

💪 Hoje não é sobre sentir vontade.
É sobre lembrar do PORQUÊ.

Enquanto outros esperam a motivação chegar, você já está construindo seu futuro cansado mesmo.

⚡ Comenta 'Vamos' se não está esperando pelo ânimo perfeito!

"

World Mental Health Day 2025 reminds us that emergencies magnify inequalities but also expose opportunities: when mental...
16/10/2025

World Mental Health Day 2025 reminds us that emergencies magnify inequalities but also expose opportunities: when mental health is prioritized as part of emergency response, lives are saved, recovery is accelerated, and societies rebuild with greater resilience. Africa deserves systems that protect minds as fiercely as they protect bodies. YALDA stands in solidarity with every young person facing trauma, displacement, or loss, and we will continue to work so that in every catastrophe, mental health services remain accessible, inclusive, and rights-based. Together, let us ensure that no mind is left behind.

REGISTER TO JOIN: https://us02web.zoom.us/meeting/register/58cZcFwMQE6s5gJXSmVIwg


Nos últimos tempos, estamos a viver diante de uma era marcada pelo imediatismo, onde as agendas pessoais e digitais abso...
19/09/2025

Nos últimos tempos, estamos a viver diante de uma era marcada pelo imediatismo, onde as agendas pessoais e digitais absorvem quase toda a energia dos jovens.

Desta feita, projetos de voluntariado e iniciativas de impacto social acabam f**ando em segundo plano diante da correria diária, da busca por reconhecimento individual e das distrações constantes das redes sociais.

Como exemplo prático, este mês, que é dedicado à prevenção do suicídio e promoção a saúde mental, evidencia ainda mais esse silêncio coletivo. Apesar da urgência do tema, pouquíssimas ou quase nenhuma campanha massiva de saúde mental foi conduzida por psicólogos ou estudantes de psicologia, justamente aqueles que deveriam assumir o protagonismo no cuidado com a vida. A ausência dessa mobilização denuncia um descompasso grave entre discurso e prática.

E o mesmo cenário se regista em outras áreas do saber, onde se esperava que os jovens tivessem maior participação.

Acredita-se que esse afastamento revela algo mais profundo, uma dificuldade crescente em se conectar com o coletivo e em perceber-se parte de algo maior. O que é notório no individualismo exacerbado, alimentado pela cultura da performance, do sucesso e da autopromoção, que limita o engajamento genuíno com causas sociais. Para muitos jovens, ajudar o outro parece menos urgente do que alimentar a própria imagem.

Trabalhar com voluntariado ou com causas sociais é experiência que pode ampliar competências pessoais, fortalece habilidades profissionais, que pode abrir portas para conexões signif**ativas e gerar impacto social real, deixando marcas duradouras no indivíduo e na comunidade.

Vale lembrar que essas iniciativas não transformam apenas a vida de quem recebe ajuda, mas também de quem se engaja nelas.

A mudança começa com uma pergunta simples: Qual a causa que te faria levantar do sofá?

➡️COMENTA abaixo 👇 UMA ÚNICA PALAVA que representa uma causa que te toca o coração. Ex: "Idosos", "Educação", "crianças", "violência doméstica", etc.

Vamos criar uma lista de ideias e formas de actividades voluntarias!

Chegou ao fim mais uma edição do treinamento de Perícia Psicológica, e que edição tão especial! Como formador, foi uma e...
13/09/2025

Chegou ao fim mais uma edição do treinamento de Perícia Psicológica, e que edição tão especial!

Como formador, foi uma experiência incrível partilhar conhecimento e debater a aplicação da psicologia no sistema jurídico de Angola com um grupo de profissionais tão empenhados e talentosos.

Um enorme obrigado à Associação de Psicólogo Perito Judiciário pelo convite e a todos os formandos pela confiança.

Foram excelentes!

O caminho continua! 💪

Quando o silêncio também adoeceNo dia 10 de setembro, o mundo lembra a importância de promover saúde mental e prevenir o...
10/09/2025

Quando o silêncio também adoece

No dia 10 de setembro, o mundo lembra a importância de promover saúde mental e prevenir o suicídio. Mas, em países como o nosso, essa reflexão carrega um peso ainda maior: falar de saúde mental é falar de ausência, de silêncio e de portas fechadas.

Muitos jovens e adultos atravessam crises profundas sem encontrar acolhimento. A escassez de psicólogos, psiquiatras e profissionais capacitados, somada à falta de infraestrutura e serviços acessíveis, torna o cuidado em saúde mental um privilégio e não um direito. Em muitas comunidades, procurar ajuda ainda é motivo de estigma — como se pedir apoio fosse sinal de fraqueza e não de coragem.

É preciso lembrar que ter problemas de saúde mental não é exceção, mas parte da condição humana. Todos, em algum momento da vida, enfrentam dores emocionais, crises de identidade, ansiedade ou momentos de desânimo. O que diferencia quem atravessa essas fases com segurança de quem se perde nelas é justamente o acesso a apoio, compreensão e tratamento adequado.

Os números reforçam essa urgência: segundo a Ministério da Saúde, Angola registra em média, 5 mortes por suicídio a cada dia, e entre jovens de 15 a 29 anos essa já é a quarta principal causa de morte. O crescimento dos casos de ansiedade, depressão e automutilação entre adolescentes revela que estamos diante de uma geração que sofre em silêncio, muitas vezes sem encontrar espaços seguros para pedir ajuda.

Entretanto , a falta de políticas públicas consistentes e a distância entre discurso e prática alimentam um ciclo de negligência.

O resultado? Vidas interrompidas, potenciais desperdiçados e uma sociedade que aprende tarde demais que o preço do silêncio é alto.

🤔 Estamos a cuidar das mentes com a mesma seriedade com que cuidamos dos corpos?
Quantos sonhos ainda precisam ser interrompidos para entendermos que saúde mental é saúde — e não um luxo?

Até lá, f**a a questão!

Atentamente
Herman Manuel

Aprender ou Apenas Passar de classe?O ano letivo começa, e junto com ele renasce uma pergunta antiga: estamos a formar p...
01/09/2025

Aprender ou Apenas Passar de classe?

O ano letivo começa, e junto com ele renasce uma pergunta antiga: estamos a formar pensadores ou apenas repetidores de conteúdos?

Entre o ensino médio e a universidade, o cenário se repete: muitos estudantes nunca pisaram numa biblioteca, não cultivam o hábito da leitura e raramente se engajam em debates sobre sua área de estudo ou sobre os temas que movem as suas comunidades ou quiçá o país.

O conhecimento, para muitos, resume-se a fragmentos rasos captados em posts de redes sociais ou em fascículos que o professor entrega. O ato de pesquisar virou exceção, e o de refletir, quase inexistente.

Agora, com a ascensão da inteligência artificial, cresce uma nova dependência: usar IA não como ferramenta de aprendizado, mas como atalho para “cabular”, para produzir trabalhos sem esforço e até mesmo para trapacear em provas ou actividades praticas.

Essa mentalidade gera uma juventude mais preocupada em concluir cursos do que em realmente aprender. O diploma passa a ser visto como fim em si mesmo, e não como consequência natural de um processo de amadurecimento intelectual.
O resultado é duro: profissionais medíocres, sem autonomia de pensamento, frágeis diante do mercado e, muitas vezes, desempregados.

Do ponto de vista psicológico, essa falta de compromisso reflete uma eescassez da responsabilidade pessoal pelo próprio crescimento da parte dos estudantes.
Aprender exige esforço, tolerância à frustração e disciplina — características cada vez mais substituídas pelo imediatismo da tecnologia e pelo desejo sucesso sob atalhos fáceis.

🤔 No final do dia as Perguntas surgem:

Estamos a preparar jovens para construir o futuro ou apenas para sobreviver ao presente?

O que sobra de uma formação sem leitura, sem pesquisa e sem pensamento crítico?

Até lá, f**am as questões !

Atentamente
Herman Manuel

Endereço

Luanda

Notificações

Seja o primeiro a receber as novidades e deixe-nos enviar-lhe um email quando Herman Manuel publica notícias e promoções. O seu endereço de email não será utilizado para qualquer outro propósito, e pode cancelar a subscrição a qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Herman Manuel:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria