16/11/2025
A analogia dos animais e o retorno ao essencial………..
Quando olhamos para a natureza, percebemos que cada grupo de animais tem uma forma própria de vir ao mundo e de se separar dos pais — e isso diz muito sobre nós também.
🐠 Peixes e 🐸 anfíbios
Nos peixes e anfíbios, a vida começa na água. O macho e a fêmea liberam seus gametas ali mesmo e, depois disso, quase não existe contato. Não há cuidado, não há vínculo. A água faz o papel de “mãe” e “pai”: é o ambiente que sustenta.
🐢 Répteis
Os répteis dão um passo além:
A tartaruga bota os ovos em um lugar seguro e vai embora.
O filhote nasce sozinho, rompe a casca sozinho e vive sozinho.
Aqui já existe um ninho, um “lugar inicial”, mas ainda sem vínculo afetivo.
🕊️ Pássaros
Nos pássaros, surge o cuidado.
Eles chocam, alimentam, aquecem.
Mas, assim que o filhote dá o primeiro voo, ele se distancia. O programa biológico deles diz:
“Você nasceu para voar, não para permanecer.”
O vínculo existe, mas não é para durar.
🐄 Mamíferos
Com os mamíferos, algo novo aparece:
A proximidade. A amamentação. O aconchego. O toque. O calor.
O bezerro mama, se abriga no corpo da mãe, se sente seguro porque ela está ali.
Mas chega um momento natural: o desmame.
E, depois dele, há autonomia.
Mesmo assim, sempre que há dor, fome ou perigo… o filhote volta para a mãe.
👶 E nós, humanos?
Somos mamíferos — e dos mais dependentes que existem.
Precisamos do colo, do cheiro, do olhar, do leite, do aconchego.
O “ambiente casa” é o primeiro lugar onde nosso sistema aprendeu:
“Aqui eu sobrevivo. Aqui eu existo. Aqui eu sou amado.”
E mesmo adultos, o nosso corpo guarda essa memória.
Não importa quantos anos tenhamos ou quão independentes sejamos:
Quando algo em nós se desorganiza, quando o mundo pesa, quando algo falta…
O impulso é voltar para a base, para o essencial, para o lugar que representa segurança.
E qual é esse lugar? A “casa”!
O colo simbólico.
O ambiente que nos estruturou.
Mesmo que não seja uma casa física.
Mesmo que não seja uma pessoa.
Pode ser um cheiro, um gesto, um silêncio, um território interno.
É para lá que o nosso organismo retorna quando precisa se reorganizar.
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