03/10/2017
Iniciei recentemente o atendimento em consultório mas posso afirmar que os pacientes já atendidos estão me inspirando muito a melhorar a cada dia na profissão e evoluir junto com eles. Uma das primeiras impressões que tive como nutricionista é que confrontar os conceitos de “inspiração” e “mudança” trazido por cada paciente não será tarefa fácil. E é sobre essas duas palavrinhas tão importantes que vou falar neste post 😉 Vamos trocar ideias!
A nutrição costuma estar mais relacionada aos benefícios estéticos do que a melhoria da qualidade de vida. Grande parte das pessoas tendem a buscar um profissional de nutrição (quando não buscam outros meios) querendo dietas milagrosas e com projeções baseadas nas atitudes ou na aparência de terceiros. São inspirações demasiadamente exageradas, sustentadas por um olhar para o outro.
Nas minhas consultas, faço questão de basear o diálogo na análise comportamental e um questionamento que costumo fazer é: hoje, se pudesse, o que mudaria em você mesmo? Meu propósito é desvendar se a pessoa se aceita bem como é ou se ela tem a necessidade em ser semelhante a alguma outra pessoa. Até o momento, todos que foram questionados responderam que mudariam algo. As respostas não foram simples e a maioria trata de coisas que eu, como nutricionista, não consigo ajudar a mudar.
Esse caminho todo que fiz foi para contextualizar que: existe uma falha nítida na percepção de mudança, que a maioria das pessoas que buscam profissionais de nutrição tem. Geralmente é um conceito atribuído a um movimento de fora para dentro, sem considerar as particularidades de cada um. Meu foco como nutricionista é mudar nas pessoas os hábitos alimentares, e não apenas considerar o objetivo que o paciente almeja. Pode parecer pretensioso demais dizer que quero provocar mudanças no modo como as pessoas se comportam em relação à alimentação, mas a verdade é essa. A mudança, para ser efetiva, tem que considerar o mais importante e ela está relacionada diretamente com a inspiração, pois os objetivos de uma mudança são construídos a partir de um retrato do que se julga ideal.
Falando em inspiração, assumo que sustento essa falha (hoje de forma mais consciente) de me espelhar em outras pessoas para dar forma aos meus desejos. Quem nunca? Mas essa inspiração, com o tempo e o amadurecimento junto a profissão tomou uma forma de conscientização diferente pra mim. Hoje eu sei quais são os meus pontos fortes, o que posso melhorar cada dia mais e tomar uma forma melhor ainda. Hoje eu já me sinto bem com o que eu tenho e vou te falar, tô feliz demais observando cada passo da minha evolução.
Essa inspiração baseada em olhar para outro é tão inerente ao nosso cotidiano que para reconhecer como “Peraí, tem algo errado aqui!” é preciso ter consciência de si mesmo, se conhecer bem e entender as diferenças. Porém, é preciso se esforçar para chegar a esse ponto. – É uma luta diária viu?
Encontrei um ponto… um não, vários pontos em mim que me inspiram a ser mais forte e resiliente e superar as dificuldades (inclusive na alimentação). Então 1 dica: Encontrem um ponto, se observem positivamente!
“Mas Carol, qual é a moral da história?”
Simples! Inspire a si mesmo, seja você a inspiração que busca nos outros. Deixe suas forças se destacarem, tenha empatia por suas fraquezas, tenha como meta diária ser melhor hoje do que foi ontem. Entenda que as mudanças acontecem de forma mais suave quando existe autoaceitação e reconhecimento dos próprios limites e coloque a sua qualidade de vida acima de qualquer “objetivo”. E (CLARO) se eu puder fazer parte dessa mudança, conte comigo!
Agende sua consulta e vamos bater um papinho bacana, suave na nave hahaha, descobrir juntos a “sua receita” para alcançar além do que quer. ✌🏽