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Fonoaudióloga Bruna Trevisani

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Brasil
Araranguá, SC
Fonoaudióloga Bruna Trevisani

Fonoaudióloga especializada em Audiologia. Realiza exames de audiometria tonal e vocal, imitanciome

21/01/2021

E agora, para finalizar essa série de postagens sobre os tipos de perda auditiva, vamos falar sobre a perda auditiva mista!

▶️ E sabe por que eu deixei ela por último?! Porque não tem muito o que falar. Hahah...🙈😅

➡️ A perda auditiva mista nada mais é do que a junção da perda auditiva condutiva + perda auditiva neurossensorial.

❗Ela pode ocorrer pela associação de mais de uma doença auditiva, como por exemplo uma presbiacusia + otite, ou até mesmo a ocorrência de otites frequentes que possam ter atingido também a orelha interna.

▶️ Podemos encontrar vários resultados, desde dificuldades leves até acentuadas de percepção auditiva. E o tratamento também pode variar.

Gostaram de entender um pouco mais sobre os tipos de perda auditiva?! 😉

19/01/2021

Seguindo a nossa série sobre os tipos de perda auditivas, hoje falaremos sobre as perdas auditivas neurossensoriais👂🏻⁣
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➡️ São chamadas assim pois podem apresentar alterações tanto na orelha interna como a partir do nervo auditivo também. ⁣
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▶️ Na rotina clínica nem sempre conseguimos diferenciar se a alteração é somente na cóclea ou se retrococlear/neural (após o nervo auditivo). ⁣
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❗Existem doenças que comprometem tanto os componentes sensoriais como neural, a exemplo das presbiacusias (envelhecimento da audição) e o schwannoma vestibular.⁣
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➡️ Nas perdas auditivas neurossensoriais, geralmente encontramos curvas audiométricas descendentes, com pior audição nas frequências agudas. Todavia esse tipo de curva não é uma regra, já que existem várias doenças que podem provocar perda auditiva neurossensorial. ⁣
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❗Uma das queixas mais frequentes nesse tipo de perda são as dificuldades de inteligibilidade de fala. Geralmente o paciente apresenta a queixa de “ouço mas não entendo”. Nesse tipo de perda, a dificuldade de entender a fala costuma se acentuar na presença de ruído. ⁣
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❗Também podemos encontrar o que chamamos de “recrutamento”, que é a sensação de desconforto aos sons intensos.

18/01/2021

Agora que já entendemos um pouco sobre os te**es de fala na audiometria, vamos conversar sobre os laudos audiométricos 😉⁣
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▶️ E hoje falaremos sobre a perda auditiva CONDUTIVA.⁣
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❗A perda auditiva condutiva ocorre quando há um prejuízo na condução do som por alterações na orelha externa e/ou média. ❌👂🏻 ⁣
▶️ Nesse tipo de perda não existe alteração na orelha interna... o problema é o “meio do caminho”. É como se houvesse uma barreira ao som, fazendo com que ele chegue mais “baixinho” lá dentro, na nossa cóclea (órgão responsável pela audição).⁣
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➡️ As principais causas de perda auditiva condutiva são:⁣
🔸 Presença de cerume⁣
🔸 Oclusão do meato acústico externo⁣
🔸 Presença de corpo estranho⁣
🔸 Perfuração da membrana timpânica⁣
🔸 Otite média⁣
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➡️ O tratamento pode ser desde a medicamentoso até cirúrgico, aí dependerá da conduta otorrinolaringológica.⁣
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❗❗Embora a perda auditiva condutiva costume apresentar graus leves de perda, é muito importante o seu tratamento, principalmente nas crianças que estão em processo de aquisição de linguagem e aprendizagem.

15/01/2021

A gente já falou sobre o LRF, agora é a vez do IRF/IPRF - Índice de Reconhecimento de Fala 💬💬⁣
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▶️ Por que falar dele depois do LRF e não antes?! Porque durante o exame a gente faz primeiro o LRF e depois o IRF, oras bolas 😂😂⁣
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▶️ O IRF é a porcentagem de acertos de palavras em uma intensidade específica, normalmente 40 dB acima do mínimo que a pessoa escuta (não é exatamente assim, mas pensando de uma forma simplista e prática é assim). Geralmente essa intensidade aplicada seria a mais "ideal" para o paciente ouvir.⁣
⁣
É um teste que não reflete totalmente a realidade... pois a realidade não é dentro de uma cabine acústica e também existem outras variáveis mas aí é assunto para outro post.⁣
Entretanto, ele já consegue passar uma medida que irá facilitar tanto no processo diagnóstico como também estimar como será expectativa da reabilitação auditiva 😉⁣
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Para indivíduos com audição normal, esperam-se resultados acima de 90% 👍👍

11/01/2021

Aos pouquinhos, vou tentando te ajudar a destrinchar a interpretação do resultado da audiometria já que são tantas informações 😳😳⁣
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O LRF, abreviatura de Limiar de Reconhecimento de Fala (também se usa a sigla SRT, que é a sigla no inglês!), é um teste que faz parte da logoaudiometria. Esta faz parte da audiometria, que também pode ser chamada de audiometria tonal e vocal (AI MEU DEUS, EM VEZ DE SIMPLIFICAR, MAIS COMPLICOU A MINHA CABEÇA AGORA 😅)⁣
Mas ba-si-ca-men-te o LRF é um dos te**es que é aplicado dentro do exame de audiometria 🤙🏻🤙🏻⁣
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▶️ o objetivo dele é descobrir qual é a menor intensidade que o indivíduo é capaz de reconhecer 50% das palavras. ⁣
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✅ é fundamental a realização desse teste pois a sua principal utilidade é a confirmação dos limiares audiométricos. ⁣
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Ou seja, a intensidade sonora encontrada nas palavras deve ser similar à intensidade encontrada nos tons puros da audiometria (os apitos! - pra quem já fez o exame). Espera-se uma diferença de 0 a 10 dB em relação a média tritonal (500, 1000 e 2000 Hz).⁣
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E aiii, te ajudei a entender ou compliquei mais? 😜😅

05/01/2021

Já que eu falei um pouquinho no post anterior sobre sensibilidade auditiva, você sabia que quando comparamos com os animais, o campo auditivo humano é um dos que percebe a menor faixa de frequência? ⁣
Nosso sistema auditivo tem a capacidade de ouvir sons de 20 a 20.000 Hz, porém animais como gatos, golfinhos e morcegos por exemplo, conseguem ouvir acima de 20.000 Hz. 😮⁣
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E agora, essa é pra quem tem gatos ou cachorros em casa, confessa aí que você já ficou meio desconfiado com aqueles olhares assustados deles quando estão ouvindo algo que você não está?! 😳😅 quem eu sempre?! 🙋🏻‍♀️🙋🏻‍♀️🤦🏻‍♀️🤦🏻‍♀️😅

04/01/2021

Quando o paciente realiza o exame de audiometria, ao final do exame, ele recebe um laudo audiométrico e geralmente quando o grau da audição é considerado normal, o seu laudo vem escrito dessa maneira: "limiares auditivos dentro dos padrões da normalidade bilateralmente" 👍🏻👍🏻⁣
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➡️ Mas afinal, dentro da normalidade existem vários graus? Uma pessoa que tem um grau normal pode diferir o resultado audiométrico em relação a outra pessoa com audiometria normal também? 🤔⁣
E a resposta é sim!!!⁣
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Para adultos, consideramos uma audiometria normal quando todas as respostas, em todas as frequências, são até 25 dB NA. Só um adendo: em 2020 a OMS passou a considerar a audiometria normal com respostas de até 20 dB NA, todavia aqui no Brasil o conselho de Fonoaudiologia embora aceite esse classificação, também recomenda as classificações que utilizam o limite de 25 dB NA. Como ainda é uma publicação muito recente, o mais usual é a utilização do padrão normal até 25. (Quanto menor, melhor! 😉)⁣
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Agora continuandooo...Dependendo do equipamento utilizado, essas respostas podem variar de -10 dB NA até 120 dBNA... então, dentro da faixa dinâmica considerada normal, temos respostas que podem variar desde -10 dB NA até 25 dB NA. O que é uma diferença grande, viu? No que se refere a sensibilidade auditiva, quão menor o número, melhor a audição 😍⁣
⁣
‼️ Por isso, embora duas pessoas por exemplo, possam ter uma audiometria normal, cada uma ouvirá de um jeito particular, uns ouvem melhor os graves, outros os agudos... enfim, são muitas frequências!⁣
E pra entender detalhadamente a audiometria, hummmmmm... assunto para um próximo post 😉

04/01/2021

2021, você chegou. 🦋⁣
Eu nunca fiquei tão ansiosa pela chegada de um novo ano como foi para esse.⁣
Eu sei que para muitos 2020 deve ser esquecido. Mas eu aprendi tanto com ele. ⁣
⁣
Eu sempre considerei a família o bem mais precioso, mas 2020 me fez enxergar ainda mais o quanto eu aprecio a presença deles. ⁣
E 2020 também me mostrou o quão feliz eu sou por exercer a Fonoaudiologia. 👂🏻👄⁣
⁣
Eu sempre amei a fono, mas também já tinha me imaginado fazendo outras coisas tipo até ser radialista, vocês acreditam? Hahaha 😁⁣
⁣
Eu sempre fui muito curiosa, e ficava me imaginando como eu seria exercendo outras profissões, mas a partir do momento que precisei parar forçosamente, isso me mostrou que o que eu quero para mim não tem mistério: é exercer a fonoaudiologia com o sorriso de orelha a orelha, até onde eu puder. 😁😁⁣
⁣
E 2021 chegou com um sonho prestes a ser realizado. Eu to muito feliz... mas também to com um friozinho na barriga (coisa boa né?!)

09/12/2020

Eu acho que eu nunca contei aqui como escolhi a Fonoaudiologia né?!⁣
A ideia surgiu assim ao "acaso" ...⁣
⁣
Meu sonho sempre foi estudar na Federal, especificamente na de Floripa (exigente a guria né?!), mas meu pai estudou lá, meu irmão estudava lá também e eu achava floripa tão linda... entao passei a minha adolescência toda imaginando eu, conterrânea da praia grande, interioR de SC, na capital.⁣
Só que não existia o curso na UFSC, então eu nem cogitava. ⁣
Tentei medicina. Não passei. Mesmo assim, aos 17 anos me mudei p Floripa e comecei a fazer cursinho. Eis que, excepcionalmente, a UFSC lançou um vestibular extra de inverno, exclusivamente para novos cursos criados: Fonoaudiologia estava lá. ⁣
⁣
Meus olhos brilharam quando comecei a pesquisar sobre a profissão (até então bem pouco conhecida por mim). Veio a certeza, era Fonoaudiologia que eu queria cursar. E passei, no curso que eu me encantei, na ilha da Magia ✨⁣
⁣
E essa foto tem uma representação muito forte pra mim. Foi um presente que eu ganhei do meu primeiro paciente na faculdade. O nome dele era Alexandre, e ele não conseguia falar o "r" de encontro consonantal, justamente um fonema que ele precisava falar em seu nome. No meu também. ⁣
E eu consegui ajudá-lo.⁣
⁣
A Fonoaudiologia é uma profissão que faz a vida valer a pena ser vivida.⁣
⁣
Por isso hoje, gostaria de parabenizar todos os meus colegas Fonoaudiólogos pelo nosso dia. Uma conquista que merece ser celebrada.

23/11/2020

Hoje vamos conversar um pouquinho sobre as intolerâncias aos sons. 🧐⁣⁣
⁣⁣
➡️ Quem possui intolerância aos sons, pode apresentar desconforto à exposição a sons de intensidade fraca, moderada, ou forte, irritação e até dor. Sendo que os graus mais severos de intolerância, geralmente são acompanhados de incapacidade para o trabalho e para a vida social. 😖⁣⁣
⁣⁣
❗Mas você sabia que existem diferentes tipos de intolerâncias a sons? ⁣⁣
É um tema atual e que ainda há muito o que se estudar, todavia há um número crescente de publicações cientificas sobre o tema.⁣⁣
⁉️Mas afinal, quais são os tipos de intolerância a sons?⁣⁣
⁣⁣
*Hiperacusia* : é caracterizada pelo incômodo com sons de intensidade moderada ou fraca. Seu surgimento pode ser gradual ou súbito, e sua evolução dependerá das condições do sistema auditivo, da personalidade do indíviduo e de fatores ambientais.⁣⁣
⁣⁣
*Misofonia* : É o desconforto a determinados tipos de sons, como por exemplo: mastigar, mascar, respiração... A pessoa com misofonia não gosta de se expor a sons e a sua reação a determinados sons não depende da característica acústica do som, mas sim do contexto em que ocorre e quais as associações emocionadas ligadas ao som.⁣⁣
⁣⁣
*Recrutamento* : É um transtorno relacionado a intensidade sonora, mas não tem ligação com a hiperacusia, pois está relacionada a faixa dinâmica da audição que está reduzida, em virtude de uma perda auditiva de origem coclear. Quem nunca falou mais alto com uma pessoa com perda auditiva e a pessoa falou: não precisa gritar! Provavelmente essa pessoa possui recrutamento, pois sente um desconforto com intensidades mais fortes.⁣⁣
⁣⁣
▶️ Esse é um tema que ainda vamos conversar outras vezes por aqui, pois eu já tive misofonia e também tenho pessoas próximas a mim que possuem. E você, conhece alguém que possui algum tipo de intolerância?⁣⁣
⁣⁣
⁣⁣
Ref: Figueiredo, R. R.; Azevedo, A. A. ZUMBIDO. Ed. Revinter, 2013.

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