30/07/2021
O amor não sustenta um relacionamento. A forma que nos relacionamos que sustenta o amor.
Cada pessoa que passa em nossas vidas, passa por um propósito. Mas todas elas nos trazem um aprendizado. Algumas, ficarão conosco por um fds. Outras por uma estação. Tem aquelas que permanecem ao nosso lado por várias estações e ainda aquelas que ficam por uma vida. Não importa o tempo que elas permanecem em nossas vidas. Todas elas tem um propósito para estar.
Relacionar-se é algo tão complexo. Duas pessoas diferentes resolvem unir suas ideias, seus dias, compartilhar suas histórias, partilhar das histórias do outro e juntas constroem castelos, idealizam sonhos, vivenciam momentos. E isso, faz com que elas inicialmente, acreditem que tudo aquilo será para sempre. Mas nem sempre é isso que acontece...
Para viver um relacionamento feliz é necessário que haja admiração, cumplicidade, verdade, querer, desejo, confiança, sonhos e amor como alicerce. O amor é a base para o relacionamento, mas sozinho ele não o sustenta. Ele precisa ser regado todos os dias por outros sentimentos. Caso contrário, ele se enfraquece, perde o encanto, e se transforma... Não estou dizendo que ele morra, e sim, que ele se transforma em outros tipos de amor... Pode ser que ele se torne um amor fraternal ou um amor maternal/paternal... Em alguns casos, as pessoas se distanciam tanto, que em determinados momentos se tornam dois estranhos vivendo vidas independentes. Esse é o caso mais complexo, pois num relacionamento as vidas são partilhadas e se não há mais interesses em comum significa que algo precisa ser resgatado ou que a relação chegou ao fim.
Sendo seres individuais, não podemos querer que o outro seja nosso reflexo. Viemos de famílias diferentes, culturas diferentes, temos personalidades diferentes, trazemos conosco sentimentos, dores e crenças diferentes e pq achar que depois que nos tornamos um casal nos tornaremos iguais? Continuaremos em nosso processo de individuação. Apenas partilhando nossas vidas com um outro alguém. O mais importante nesse processo, é sabermos quem somos. Não deixarmos que apenas os sonhos do outro se tornem nossos sonhos, o querer do outro se torne o nosso querer... Precisamos buscar nossos ideais e vive-los verdadeiramente.
Saber ser um ser indivíduo "ímpar" nos tornará um indivíduo "par" com mais sabedoria e facilidade para amar. E para que isso aconteça é necessário olharmos pra dentro, entendermos quem somos, abraçarmos nossas dificuldades com carinho, trabalharmos em nossas curas individuais, e entender que o nosso processo evolutivo é uma tarefa diária, árdua e contínua. E que só através do amor próprio conseguiremos estar prontos para relacionamentos saudáveis com outras pessoas, pois nos amando verdadeiramente, conseguimos enxergar o outro como ele verdadeiramente é.
Terapeuta Carla Loyola