02/12/2025
Olá!
Por muito tempo, imaginamos que amar era fundir - na verdade verdadeira em 2025 ainda flertamos com almas gêmeas, buscamos o idêntico mesmo sabendo que a natureza nunca trabalha com cópias, muito menos exatas.
Depois, acreditamos que amar era preservar a individualidade e hoje chegamos no extremo da busca de uma independência total embora mais e mais dependentes de tantas "coisas" tenhamos nos tornado.
Mas o amor adulto —
o amor que emerge na maturidade da consciência —
não é fusão,
não é separação.
É interseção. Aquilo que aprendemos na escola com nossa professora de matemática ensinando sobre conjuntos.
Essa é a melhor metáfora que encontrei para explicar a eu mesma o paradoxo entre minha necessidade de fusão e autenticidade ao mesmo tempo. Meus paradoxos.
O espaço onde duas vidas se encontram, vindas de famílias e contextos diferentes,
sem perder o próprio eixo.
O lugar onde o “nós” existe
porque o “eu” e o “você” já amadureceram o suficiente para não se confundirem.
Interseção não é metade-metade.
É acordo vivo.
É o ponto onde duas liberdades se curvam uma à outra
por escolha,
não por carência.
Interseção é a dança da vida adulta. E isso faz muito sentido pra mim que adoro dançar.
E você? Já pensou sobre a vida em comum como coreografias que se alinham com a trilha sonora de diferentes momentos na vida diária, no tempo, na história da humanidade?
Um abraço,
Rosana Jotta