08/08/2021
“ -alô?
-oi pai! Tudo bem?
-tudo bem. Sua mãe não tá aqui não.”
Quando a gente ligava em casa e o papai atendia era assim. E a gente morria de rir desse jeito dele.
Sem muito assunto ao telefone, mas disponível para as melhores histórias na mesa da cozinha, comendo um doce.
Esse dia ia chegar: O primeiro dia dos pais sem o papai, mas conversando com minha irmã, chegamos a conclusão que ele faz falta todos os dias e não somente hoje.
E hoje lembrei do que aprendi no meu processo de luto: a ausência física não elimina nossa disponibilidade para amar. É nossa opção manter as pessoas vivas em nós, mas isso requer muita coragem!
Hoje estamos usando todo nosso estoque de coragem , para continuar lembrando dele e mantendo suas melhores características vivas, dentro de nós.
Vida que segue!