Psiquelab Psicanálise e Clínica

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Arujá, SP
Psiquelab Psicanálise e Clínica

Atendimento presencial em Aruja e São José dos Campos. Atendimento on line para qualquer lugar. Assim é para a semente do vegetal e para o embrião do animal.

Todo ser tende a realizar o que existe nele, em germe, a crescer, a completar-se. Assim é para o homem, quanto ao corpo e quanto à psique. Mas no homem, embora o desenvolvimento de suas potencialidades seja impulsionado por forças instintivas inconscientes, isso adquire um caráter peculiar: o homem é capaz de tomar consciência desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamos no confronto do inconsciente com o consciente, no conflito como na colaboração entre ambos é que os diversos componentes da personalidade amadurecem e unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo específico e inteiro. Essa confrontação “é o velho jogo do martelo e da bigorna: entre os dois, o homem, como o ferro, é forjado num todo indestrutível, num indivíduo. Isso é que eu entendo por processo de individuação” (Jung). Missão
Construir autoconhecimento para proporcionar alívio para dores da alma. Visão
Contribuir com amor. Valores
Ética, Empatia, Imparcialidade, Simplicidade, Desprendimento.

28/11/2025

Um mecanismo psíquico pelo olhar da Biologia.
Não há divisão, há torção (Lacan) somos únicos e divididos, mudamos de posição e fazemos sintoma.

24/11/2025

Mesmo não sendo uma frase documentada nos escritos originais, o sentido da frase combina fortemente com a teoria de Klein, especialmente em três eixos:

1. A perda da idealização da mãe (queda do “paraíso”) Para Klein, o bebê nasce em um estado de fantasia de seio bom totalmente idealizado — uma experiência quase “paradisíaca” de completude.

Quando a criança começa a perceber que a mãe não é perfeita, o objeto amado também frustra, ela entra na posição depressiva, que implica:
• dor psíquica,
• culpa,
• luto pela perda do objeto ideal.

Esse processo seria o equivalente psíquico da “expulsão do paraíso”.

2. Conhecimento como ruptura da ilusão. O “fruto do conhecimento”, na leitura kleiniana, pode ser como:
• tomar consciência da ambivalência (amor e ódio coexistem)
• reconhecer a separação entre eu e objeto
• perceber a realidade psíquica não idealizada

Ou seja: Conhecer é perder a ilusão.

E, para Klein, toda passagem da posição esquizoparanóide (bebê) para a posição depressiva é dolorosa, como uma queda de um estado de onipotência para a realidade, inerente ao desenvolvimento.

3. Influência do mito bíblico em sua leitura simbólica. Klein usa com frequência imagens simbólicas que dialogam com o mito do Éden:
• O “paraíso” = estado de fusão com o objeto ideal
• O “conhecimento” = percepção da separação e da ambivalência
• A “expulsão” = entrada na realidade psíquica com culpa, angústia e responsabilidade

Essa leitura foi desenvolvida depois por autores kleinianos e pós-kleinianos, principalmente em leituras contemporâneas e didáticas.

Complemento que, o tal do humano seria simples se não complicasse a própria vida.

12/11/2025

O humor é uma forma de invenção diante da dor.

Para Freud o humor é um mecanismo que permite enfrentar o sofrimento e as dificuldades da vida sem negar a realidade, mas mudando a atitude diante dela.
Em vez de reagir com tristeza, raiva ou desespero, a pessoa usa o humor para transformar uma situação dolorosa em algo leve.

Freud cita o caso de um condenado à morte que, a caminho da execução, diz:

“Bem, a semana começou bem!”
Esse comentário revela que, mesmo diante da tragédia, ele mantém o domínio psíquico — o ego não se deixa abater.

O humor é diferente de mecanismos de defesa, como a negação ou a repressão.
Na negação, a pessoa se recusa a reconhecer o problema. Com humor, ela o reconhece mas se recusa a sofrer por ele. É uma maneira madura e salutar de lidar com o desprazer.

O humor também pode ser para Freud, uma forma de sublimação, porque transforma a dor em expressão criativa e espirituosa. Ele o considera uma vitória do ego sobre as circunstâncias adversas, uma forma de libertar-se do sofrimento sem fugir da realidade.

Tenho certeza que você já usou de humor diante de alguma situação de dificuldade ou desespero, como forma de “lidar” com ela.

Psicanálise está na rua, no cotidiano, “na ponta da língua”.

21/07/2025

E lembre-se, quando nada muda, você muda😉

01/07/2025

Julho chegou com novos ares, novo olhar, novos lugares.
Um pouco do meu percurso pra fazer você pensar o seu.
Não é sobre julgamento, comparação, é sim sobre olhar-se de um novo, de outro lugar.
Vamos?

12/06/2025

É dia dos namorados, o amor está no ar?

O que é o amor para Lacan?

1. O amor como “dar o que não se tem”

Essa é uma das frases mais conhecidas de Lacan sobre o amor:

“Amar é dar o que não se tem a alguém que não o é.”

Essa frase pode parecer enigmática, mas se baseia na ideia de que o sujeito é constituído pela falta. Não somos seres completos — somos atravessados pelo desejo, pela linguagem, e pela falta de um objeto que nos completaria.
No amor, oferecemos ao outro algo que simbolicamente nos falta — a fantasia de completude — e, ainda assim, o oferecemos a alguém que também não é completo.

2. O amor como reconhecimento

Para Lacan, o amor tem uma dimensão de reconhecimento. O sujeito busca ser reconhecido como desejável pelo outro. Nesse sentido, o amor articula-se com o narcisismo: amar é, em parte, amar no outro a imagem ideal de si mesmo (ideal do eu), como já havia sido abordado por Freud.

3. O amor como suplência do gozo

No seminário “Encore” (1972-73), Lacan afirma que:

“O amor é o que vem em suplência da relação sexual.”

Ou seja, como “a relação sexual não existe” (não há complementaridade plena entre os sexos no inconsciente, segundo Lacan), o amor entra como uma tentativa simbólica de dar conta dessa ausência, dessa impossibilidade de união total com o outro.

4. O amor como discurso

No seu ensino tardio, Lacan trata o amor também como um modo de laço social, inscrito no campo do discurso. Ele pode funcionar como uma forma de entrar em relação com o outro, mesmo que essa relação esteja sempre marcada por mal-entendidos e deslocamentos.

Em resumo:

O amor existe para Lacan, não como plenitude, e sim como um efeito simbólico e uma tentativa de lidar com a falta, o desejo e a impossibilidade da relação sexual (complementariedade) plena. É um gesto que fala mais do sujeito e de seu modo de desejar do que de uma conexão harmoniosa com o outro.

Amar é assumir riscos e responsabilizar-se por isso. Amar é para corajosos.
É reconhecer a sua falta e estruturar o seu desejo.

Coragem!

09/04/2025

Convite | Cinema e Psicanálise
O NUPPAC e o Instituto Caminhar convidam você para um encontro onde a imagem pulsa, a linguagem corta, e o cinema se torna escuta.
Vamos atravessar juntos a minissérie Adolescência (Netflix), lendo suas cenas com os olhos da psicanálise. Entre silêncios e gritos, corpos e cortes, investigaremos o sofrimento adolescente que insiste em se escrever — no corpo, no laço, na linguagem.

Quando?
15 de Abril, às 18h

Onde?
Rua Clóvis Bevilácqua, 768 – São José dos Campos – SP

Com a condução de
Maria Odete G. Galvão
Psicóloga, Psicanalista e Diretora do NUPPAC

Venha escutar o que as imagens calam.
Venha ver o que a palavra revela.

Me conta, assistiu a minissérie Adolescência?

01/11/2022

Vocês ja devem ter ouvido a expressão “a verdade nua”.
Sabem de onde vem?

A pintura “a verdade saindo do poço”, de 1896, de Jean-Léon Gérôme, está ligada a uma interessante parábola do século XIX.

Segundo a parábola, Verdade e a Mentira se encontraram.
A Mentira disse a Verdade: “Hoje está um dia maravilhoso”.
A Verdade desconfia e olha para os céus, e suspira, pois o dia estava realmente lindo. Então a Verdade respondeu:
- Bom dia, senhora Mentira.

A Mentira prosseguiu:
- Sinta o calor que faz hoje.
Tendo percebido que pela segunda vez a Mentira estivera certa, a Verdade relaxou. Então a Mentira convidou-a para um banho no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
- Venha refrescar-se, senhora Verdade, a água está deliciosa.
Assim que a Verdade inocentemente tirou suas vestes e mergulhou, a Mentira saiu de fininho das águas, vestiu-se com as roupas da Verdade e foi-se embora.
Dando-se conta do que ocorrera e coerente com a sua natureza, a Verdade recusou-se a vestir-se com as vestes da Mentira e, por não ter do que se envergonhar, saiu a caminhar pelas ruas e vilas totalmente nua.

É por este fato que, desde então aos olhos de muita gente, é mais fácil aceitar a Mentira vestida de Verdade, do que a Verdade nua.

Foto: A verdade saindo do poço. (La Verité sortant du puits) quadro Jean-Léon Gérôme, 1896. A pintura percebemos as coleções do museu Anne-de-Beaujeu, em Moulins na França.

Texto: adaptação.

08/02/2022

Dos destaques (sessão desembucha) para o feed.

O que a acomodação por fazer em você?

Te afastar dos seus objetivos de vida, te tornando egoísta, um juíz que se compara, julga e sentencia tudo conforme as suas expectativas, colecionador de frustrações e mágoas, susceptível ao adoecimento do corpo e da mente.

Preste atenção em você e reflita.
Se nada muda é hora de você mudar.

Abraços fraternos 🌻

11/01/2022

Do stories pra cá!

Dias atrás repostei o trecho de uma homilia do Papa Francisco onde ele contextualizava a necessidade humana de acolher o desejo.

Minha grata surpresa🤩

Desejo.
Quase um palavrão.
Palavra tão evitada pelos dogmas de todas as religiões por associação ao pecado.

Desde Freud, excomungado pelo catolicismo por suas teorias consideradas escusas e sombrias, e até por seus colegas da academia de medicina, já que desejo é produto de um inimigo inconsciente, que geralmente nos coloca em muitas enrascadas e constrangimentos públicos.

Tempos depois, já esclarecido muitos fatos em torno do adoecimento do indivíduo e sobre causas múltiplas da doença, que vão além da desordem orgânica, ouvir o Papa Francisco falar que “somos o que desejamos”, é a outorga que muitas mentes ainda precisam para permitir-se o olhar pra dentro, reconhecer o desejo seja ele lícito ou ilícito e responsabilizar -se por tal…enxergar as próprias mazelas e reduzir a projeção delas nos outros, aprender a acolher-se sem julgamentos, buscando a reconciliação interior para oferecer o melhor no relacionamento consigo e com os outros❤️

Desejo seria então, numa breve demonstração, a luz e a sombra que habitam no humano? Deixo para reflexão.

Isso faz brilhar meus olhos, alegra meu coração. Sou grata pelo meu trabalho e faço dele também o meu exercício.

Todo meu carinho e admiração ao Papa Francisco, bravíssimo!

Gratidao

31/12/2021

Um novo ano começa dentro de nós quando tomamos novas ações diante dos mesmo conflitos.

A função da dor é também fazer aprender, fazer mudar quando a compreensão não basta e o amor é só uma moeda de troca, sofrimento.

O ano muda e mas se as pessoas se mantém na mesma..na mesma má-agua, nas mesmas expectativas dos outros, no mesmo orgulho enrijecido, só muda mesmo o ano calendário.

Fazer-se novo para receber o novo.
Como se preparar?
Não é f**a, não é recomendação, mas vale a reflexão.
F**a como exercício.

Prepare-se para o pior.
Aguarde pelo melhor.
Não espere nada de ninguém.
Faça aos outros com desprendimento.

Feliz novo ano🌟

#2022

23/12/2021

Então é Natal…

Tempo de nascer e de crescer.
Há o tempo de andar e correr.
Tempo de cair e levantar-se.
Tempo de errar e de aprender.
Tempo pra magoar-se
e o tempo de aprender a perdoar para viver.
De todos os tempos, desejo o tempo de viver sem ofender-se.
Então é tempo de Reconciliação.

Feliz Natal, paz e bem em seu coração.

**amente

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Telefone

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