11/08/2021
Sobre mães e plástico bolha
1 ano, 5 meses e 3 dias. Esse foi o tempo entre o último dia que foram p escola e o retorno. Me vi tomada por um turbilhão de emoções quando os vi ali, puxando a mochila e ansiosos pelo primeiro dia de aula. Eles também sentiram esse turbilhão, uma alegria, como se tivessem ganhando um vídeo game novo, um frio na barriga, uma vontade de voltar p casa e se sentirem protegidos na aula online.
Fiquei pensando naquela sensação que temos, quando eles aprendem a andar, e sempre achamos que eles irão se machucar. Lembro que eu brincava, dizendo que os enrolaria num plástico bolha, assim poderiam cair sem se ferirem.
Então percebi, que dê uma certa forma, nesses últimos meses, os enrolamos num plástico bolha imaginário. Enquanto estávamos isolados, garantíamos que todos estariam seguros. E esse plástico bolha funcionou p caramba. Passamos ilesos!
Mas depois de tanto tempo, fomos estourando todas a bolinhas de ar, e o plástico bolha imaginario, que servia p protegê-los, passou a sufocá-los. Então, era a hora de desenpacotá-los, com cuidado, e deixá-los voar.
Penso que toda mãe sempre vai querer ter por perto um rolo desse plástico bolha imaginário, e tudo bem usá-lo de vez em qdo, desde que não os sufoque!
Vou deixar o meu sempre por aqui, e mesmo quando eu tiver 120 anos, vou pensar que ele poderá ser útil.