06/11/2025
PROCRASTINAÇÃO, O PESO DE DEIXAR PARA DEPOIS.
Quantas vezes você já adiou atividades que desejava realizar, por razões injustificáveis? Após surge o arrependimento, as cobranças internas, a culpa se instala. Segundo estudiosos este adiamento é um fenômeno profundamente enraizado em dinâmicas cerebrais. Que se situa na interface entre cognição, emoção, e contexto social. Ao compreender a procrastinação como uma dificuldade de regulação emocional, e não como uma falta de caráter, vislumbra-se um caminho para a libertação do ser, desta prisão do adiamento.
A procrastinação pode ser entendida como um mecanismo de defesa mediante a sentimentos de inadequação ou perfeccionismo. Ellis e Knaus, pontuam que, o adiamento muitas vezes surge em decorrência do receio de não corresponder às próprias expectativas.
Timothy Pychy, ressalta, procrastinar é uma questão de emoção. Negamos a ansiedade, o tédio, a insegurança que elas despertam. Portanto, é fuga. Um esconderijo emocional que garante alívio, mas entrega apenas culpa.
Curiosamente não postergamos apenas o que é difícil, adiamos também o que é prazeroso. Esperando o momento perfeito para celebrar o amor, a vida, o descanso merecido. Por autossabotagem nos privamos do prazer.
A redução da procrastinação exige mudanças estruturadas em hábitos, regulação emocional e autopercepção, tais como: Dividir atividades complexas em partes menores reduz a ansiedade. Criar rotinas previsíveis, associadas a recompensas imediatas. No processo psicoterapêutico, através da abordagem EMDR, você reprocessa crenças disfuncionais, como o perfeccionismo, o medo de falhar. Assim, passo a passo, transformamos o adiamento em caminho. O medo em aprendizado e o tempo em aliado.
Texto Revista Bem-Estar 🌸🍃
Por Claudete de Morais -
CRP 12/01167 - Doutoranda em Psicologia Clínica
(47) 99224-6439
✨
Agende sua consulta.