16/09/2025
Com base em uma gama crescente de estudos científicos nas áreas da psicologia, neurociência e comportamento social, o abuso no uso de telas é impulsionado por uma complexa teia de motivações que vão desde a busca por prazer imediato e validação social até a fuga de emoções desconfortáveis e da própria realidade. A imersão excessiva em smartphones, computadores e outros dispositivos digitais não é apenas um hábito, mas um comportamento que visa satisfazer necessidades psicológicas e neurológicas profundas.
O ambiente digital oferece um refúgio de fácil acesso, onde é possível se distrair e se anestesiar temporariamente dos desafios e desconfortos da vida real. Essa fuga, no entanto, pode se tornar um ciclo vicioso, impedindo o desenvolvimento de habilidades saudáveis para lidar com as adversidades emocionais.
Apesar de buscarem satisfação, conexão e alívio, os usuários excessivos de telas frequentemente encontram o oposto. Estudos associam o uso abusivo a uma série de prejuízos à saúde mental e física, incluindo:
•Aumento da ansiedade e da depressão: A comparação social constante e o cyberbullying são fatores de risco significativos.
• Problemas de sono: A luz azul emitida pelos dispositivos interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono.
•Déficits de atenção e cognitivos: A multitarefa constante e o fluxo rápido de informações podem prejudicar a capacidade de concentração e o pensamento profundo.
•Isolamento social: Embora busquem conexão, o uso excessivo pode levar ao distanciamento das interações face a face, prejudicando os relacionamentos no mundo real.
•Sedentarismo e problemas de saúde associados.