04/09/2025
Por quase 10 anos, JJ foi mais que uma gatinha — foi a princesa da casa, a pequena Munchkin de olhar bravo e coração doce. Seu nome vinha da personagem de uma série, mas foi nos apelidos carinhosos como Pin e Pequena que ela encontrou seu lugar no coração da família. E que lugar bonito ela construiu ali.
Escolhida para ser o novo neném da casa, JJ chegou com a promessa de uma personalidade tranquila — e logo mostrou que cada expectativa podia ser deliciosamente enganada. Com sua carinha de poucos amigos e jeitinho reservado com estranhos, escondia o dengo mais puro, o chamego mais exigente, o amor mais fiel.
Não precisava falar muito. Quando queria algo, bastava um miadinho quase sussurrado — e, se não fosse atendida a tempo, o recado vinha com tudo: o que estivesse na frente dela ia ao chão, como quem diz “a Princesa está falando!” E quem poderia ignorar?
JJ tinha seus rituais, seus momentos só dela. Amava dormir grudada na mamãe, sufocando de tanto amor. Gostava do colinho da vovó, do carinho no sofá, de ser mimada na pia do banheiro — sua “hora do amor”, com aguinha fresca e escovação a seu tempo e gosto. Tinha até seu mimo favorito: Toddynho com canudinho. Um pecado felino, talvez, mas impossível resistir a tantos encantos.
Demonstrava amor do seu jeitinho especial — com piscadinhas cheias de afeto, barriguinha pro alto pedindo fufuné, e aquele ronronar forte, de tratorzinho, que dizia sem palavras o quanto era feliz ali, sendo filha de verdade, sendo parte essencial de uma família que a escolheu e a amou com tudo.
JJ foi o coração da sua tutora fora do peito. Um elo de vida, uma filha escolhida com o coração, uma presença marcante que agora deixa saudade, mas também um rastro bonito de memórias, de cheiros, de gestos que só ela sabia fazer.
Ela foi a princesa. Sempre será. 💚🐾