09/06/2025
Você já percebeu que, em momentos de estresse, sua pele muda? Espinhas aparecem do nada, a oleosidade aumenta, a vermelhidão piora ou até aquela coceira chata volta a incomodar. E qualquer outra patologia reativa. Isso não é coincidência. A ciência já comprovou o que a prática clínica mostra todos os dias: nossas emoções impactam diretamente a saúde da pele.
A pele é o maior órgão do corpo e, mais do que uma barreira física, ela é um espelho do que acontece por dentro. Existe uma conexão profunda entre o cérebro, o sistema imunológico e a pele — é o que chamamos de eixo neuroimunoendócrino-cutâneo.
Quando estamos sob estresse, o corpo libera substâncias como o cortisol e a adrenalina, que em excesso desregulam várias funções — inclusive as da pele. Isso pode resultar em:
• Aumento da oleosidade, favorecendo o surgimento de acne;
• Crises de dermatite atópica ou seborreica;
• Queda de cabelo (eflúvio telógeno);
• Enfraquecimento da barreira cutânea, deixando a pele mais sensível e reativa;
• Retardo no processo de cicatrização.
Além disso, o estresse pode afetar a adesão ao tratamento dermatológico: a pessoa dorme mal, se alimenta pior, esquece de aplicar os produtos corretamente ou abandona a rotina de cuidados — o que agrava ainda mais o quadro.
E o que fazer?
O primeiro passo é entender que cuidar da pele não se resume a aplicar cremes. Tratar a pele também é tratar a mente. O ideal é adotar uma abordagem integrativa, que pode envolver:
• Acompanhamento dermatológico personalizado;
• Técnicas de manejo do estresse (como meditação, terapia, exercícios físicos);
• Sono de qualidade e alimentação equilibrada;
• Produtos calmantes e que reforçam a barreira cutânea ( aqui, nós dermatologistas podemos te ajudar).
A pele é um órgão sensível e também emocional. Saber escutar os sinais que ela envia é uma forma poderosa de autocuidado.