28/11/2025
Já dizia Jung: “Prefiro ser inteiro a ser bom.”
Quando tentamos ser sempre “boazinhas(os)”, não ganhamos virtude : ganhamos cansaço.
A criança dentro de nós aprende cedo que expressar raiva, limites ou dor pode trazer punição, rejeição ou silêncio. Então ela se encolhe, se molda, se apaga… e cresce acreditando que só será amada se não incomodar.
Mas a psique é sábia.
Nada do que reprimimos desaparece.
A energia volta, transformando em irritações silenciosas, explosões tardias, tristeza crônica, confusão sobre limites, culpa por dizer “não” e até mesmo medo da própria força.
No processo terapêutico junguiano, aprendemos que a Sombra não é inimiga.
Ela é o território onde guardamos tudo o que um dia precisou ser escondido para sobreviver.
Ter acesso a Sombra é recuperar partes perdidas:
a coragem, a potência, o não dito, o não vivido.
É reencontrar a raiva que não destrói, mas protege.
A firmeza que não fere, mas estrutura.
A verdade que não afasta, mas liberta.
Curar a criança interior é ensinar a ela e a nós que agora é seguro existir por inteiro.
Sem medo.
Sem repressão.
Sem precisar caber onde já não faz sentido.
Quando a Sombra é integrada, nasce um novo tipo de força:
não a força que grita,
mas a força que sabe.
E você?
Reconhece que chegou a hora de se libertar do peso de se reprimir?