28/01/2022
Ao entrar no reality show aos 22 anos, Natália Deodato, a primeira participante com vitiligo em duas décadas de programa, está trazendo maior visibilidade à doença autoimune que afeta 1% da população mundial e mais de 1 milhão de brasileiros, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
Ao ser questionada se seria possível "ir do vitiligo ao albinismo", a integrante do reality respondeu que "sim" e que algumas pessoas cujo vitiligo teria "consumido" — ou seja, se espalhado ao longo de todo o corpo— poderiam, inclusive, ser consideradas "albinas".
Para esclarecer, a resposta correta é a seguinte: embora tanto o vitiligo quanto o albinismo sejam distúrbios que afetam a pele, eles não são a mesma coisa e têm mecanismos de ação distintos. Portanto, não é possível evoluir de uma doença para a outra, uma vez que a genética delas é diferente.
Enquanto o vitiligo é uma doença poligênica, isto é, relacionada a diversos genes, o albinismo oculocutâneo —o tipo mais comum— é um distúrbio genético de herança autossômica recessiva, o que significa que depende dos alelos vindos do pai e da mãe de um indivíduo para se manifestar.
Mas há um tipo considerado muito raro, que pode acometer mais de 80% do corpo: é o vitiligo universal —e é por isso que ele pode ser confundido com o albinismo, como fez Natália. Trata-se de um quadro autoimune intenso que descolore quase todo o pigmento.
Enquanto o albinismo está presente desde o nascimento, o vitiligo pode ser diagnosticado em qualquer momento da vida. Mas as duas doenças, além de estarem associadas à produção de melanina, têm uma coisa em comum: não são contagiosas.
DERMATOLOGIA
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