03/03/2022
Hoje quero falar sobre o "vínculo terapêutico", também chamado
de relação terapêutica, transferência ou aliança terapêutica (a depender do autor, literatura e linha de trabalho adotado).
No processo psicoterapêutico o aspecto colaborativo entre cliente e terapeuta é importantíssimo. É, como um cordão que os envolve e que deve ser manejado.
Podemos pensar que é um meio pelo qual o cliente consente ao terapeuta auxiliá-lo ou acompanhá-lo no processo de trilhar, relembrar, identificar, organizar, nomear, projetar, recontar e redesenhar as narrativas de sua própria história.
É a partir de uma base sólida de relação que o cliente se sente seguro o suficiente em explorar o seu próprio mundo, e assim, que se torne possível o trabalho com sentimentos, emoções, comportamentos ou movimentos.
Quis falar sobre essa temática pois ela não necessariamente restringe-se a categoria de profissionais da Psicologia, criar vínculos com aqueles que confiam no nosso trabalho é essencial para que o processo caminhe de forma mais suportável e tangível.
Entrando em uma esfera mais breve e focal...
Por vezes, aqueles 5 minutinhos de conversa antes de iniciar determinado procedimento ou conduta, uma explicação ou orientação sobre o que está acontecendo, um olhar mais atencioso, uma escuta mais ativa e uma demonstração de cuidado já ajuda bastante nos aspectos emocionais do paciente e na sua receptividade ao tratamento, por exemplo. Criar conexão contribui na mão dupla, isto é, no trabalho do colega profissional que está ali cumprindo sua função.
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Luisa Bitar de Moraes Barbosa
CRP-10/06954
(91) 99185-5262