03/11/2025
Nos últimos anos, cientistas têm investigado se é possível proteger o cérebro do envelhecimento apenas com nutrientes certos.
Em 2024, um grupo internacional de pesquisadores publicou no BMC Medicine o maior estudo já feito sobre o tema.
Eles analisaram 24 ensaios clínicos, envolvendo quase 10 mil pessoas sem diagnóstico de demência, para entender se a suplementação de ômega-3 (DHA e EPA) poderia melhorar a função cognitiva.
O resultado foi significativo:
as pessoas que receberam doses diárias acima de 500 mg de ômega-3 apresentaram melhora nas funções executivas — relacionadas à memória, ao raciocínio e à tomada de decisão.
Os autores destacam que o DHA é essencial para manter a integridade das membranas dos neurônios e a comunicação entre as células cerebrais. Quando há deficiência, o cérebro perde parte da capacidade de se proteger e regenerar.
Embora o estudo não tenha avaliado pacientes com Alzheimer, os achados reforçam que nutrir o cérebro é uma estratégia concreta de prevenção do declínio cognitivo.
E esse cuidado começa muito antes da velhice nas escolhas de hoje: alimentação rica em peixes gordos, sementes, nozes e, quando indicado, suplementação orientada por um profissional.
📚 Referência:
Suh et al., BMC Medicine, 2024 — The influence of n-3 polyunsaturated fatty acids on cognitive function in individuals without dementia.