22/12/2013
TERCEIRA PARTE DO MEU DEPOIMENTO - CARLOS - BRAGANÇA PAULISTA
A parte anterior -> https://www.facebook.com/photo.php?fbid=557233177686622&set=a.213574022052541.51267.181994378543839&type=1&relevant_count=1
Depois das instruções do doutor Tadeu, esperamos a ambulância para trazer a minha mãe (deitada na maca) para nossa casa.
A ambulância era velha, suja, a maca estava quebrada e balançava MUITO, como esquecer disso?
Ao chegar em casa, minha mãe foi para o meu quarto, deitou na cama que minha avó havia preparado para ela. As recomendações foram seguidas, pois ela não se levantava para nada, usava um colete de ferro mesmo deitada e não virávamos com medo de acontecer alguma coisa na coluna.
Os banhos eram na cama, ela usava fraldas, era difícil trocar o lençol com ela ali, mas tínhamos que aprender.
Minha mãe teve consulta alguns dias depois, e novamente tive que chamar a ambulância para buscá-la em casa e levá-la para o serviço de oncologia do hospital. Tinhamos que ligar pelo menos com umas 3 ou 4 horas antes da consulta e ainda ligar quando se aproximava da hora marcada para saber se eles viriam mesmo, para não acontecer de perder a consulta.
Dos 60 dias que eram para a minha mãe ficar acamada, no dia 30 de março (com 15 dias apenas acamada) e justo no dia do ANIVERSÁRIO dela, ela teve uma consulta com o Dr Evaldo (hematologista), ele demorou um pouco para chegar, mas quando chegou nos disse que havia conversado com o doutor Tadeu e que o melhor presente de aniversário dela era sair dali ANDANDO, pois ele havia autorizado que ela começasse a se movimentar, pois os ossos já estavam mais fortes, embora não do jeito que estavam antes da doença.
Foi emocionante! Agradecemos o motorista da ambulância e ligamos para avisar que eles poderiam ajudar outros que precisavam mais do que nós, pois é raro ter ambulância e quando tem, tem sempre alguém em condições piores que podem precisar dela.
Minha mãe não conseguia andar mais sozinha, não tinha força para mexer as pernas, ela estava um pouco atrofiada. Com a ajuda das enfermeiras da oncologia (a Sione e a Helena), cada uma foi segurando em um dos abraços, permitindo que ela se apoiasse firmemente nelas, e assim fomos até o carro, para que ela fosse para a casa. Ela chorou muito! Acho que foi uma mistura de emoção, aniversário, presente, sair dali andando, ver o carinho das enfermeiras e do médico. Parece que pouco a pouco as coisas estavam se encaixando novamente e voltando ao normal.
No começo, ela foi voltando a andar segurando nos braços de alguém, sempre alguém tinha que ficar por perto, pois ela não tinha força para se manter em pé. O tratamento continuava, as sessões de quimioterapia, as consultas, os exames. Pouco a pouco ela começou a se alimentar melhor, pois não sentia efeito nenhum com a quimioterapia, nem vomitar por causa disso ela não vomitou, esses efeitos variam de paciente para paciente e podem depender do tipo de medicamento empregado no tratamento.
Em maio, ela já estava conseguindo andar sozinha, devagar, mas já andava. No dia do meu aniversário (dia 31 de maio), sem esperar, ela me fez uma surpresa, tacou um ovo na minha cabeça! rsrs que loucura né? E depois ficou rindo da minha cara!
Sua melhora era gradativa.....
No mês de Junho, ela começou a ter uma tosse prolongada acompanhada por uma secreção amarelada, isso nos preocupava, pois eu não tinha conhecimento para saber do que se tratava, no começo ela usou um xarope prescrito por um outro médico que a atendeu no hospital, também teve um uso de um antibiótico, amoxicilina 500 mg, mas a tosse persistia e não passava. Ela teve febre e uma suadeira que não acaba, além de ter começado a reclamar de uma dor do lado esquerdo que não passava e uma suadeira danada!
Levei minha mãe ao pronto socorro, a médica plantonista prescreveu morfina para a dor intensa que não melhorara com outros medicamentos, enquanto isso a examinava, percebendo que a maca já estava ensopada de suor.
Passamos a madrugada no hospital, muitos exames foram feitos, quando pela manhã, outra médica que já havia trocado de plantão nos avisou que ela ficaria internada, pois no seu raio x mostrava claramente que ela estava com uma pneumonia. A médica também me pediu para falar todos os medicamentos que ela tomava em casa, e disse que ia avisar o Doutor Evaldo (hematologista) que ela estava internada.
Aguardem a quarta parte do meu depoimento
Quem quiser me adicionar -> https://www.facebook.com/carlosfkrl
TERCEIRA PARTE DO MEU DEPOIMENTO - CARLOS - BRAGANÇA PAULISTA
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Depois das instruções do doutor Tadeu, esperamos a ambulância para trazer a minha mãe (deitada na maca) para nossa casa.
A ambulância era velha, suja, a maca estava quebrada e balançava MUITO, como esquecer disso?
Ao chegar em casa, minha mãe foi para o meu quarto, deitou na cama que minha avó havia preparado para ela. As recomendações foram seguidas, pois ela não se levantava para nada, usava um colete de ferro mesmo deitada e não virávamos com medo de acontecer alguma coisa na coluna.
Os banhos eram na cama, ela usava fraldas, era difícil trocar o lençol com ela ali, mas tínhamos que aprender.
Minha mãe teve consulta alguns dias depois, e novamente tive que chamar a ambulância para buscá-la em casa e levá-la para o serviço de oncologia do hospital. Tinhamos que ligar pelo menos com umas 3 ou 4 horas antes da consulta e ainda ligar quando se aproximava da hora marcada para saber se eles viriam mesmo, para não acontecer de perder a consulta.
Dos 60 dias que eram para a minha mãe ficar acamada, no dia 30 de março (com 15 dias apenas acamada) e justo no dia do ANIVERSÁRIO dela, ela teve uma consulta com o Dr Evaldo (hematologista), ele demorou um pouco para chegar, mas quando chegou nos disse que havia conversado com o doutor Tadeu e que o melhor presente de aniversário dela era sair dali ANDANDO, pois ele havia autorizado que ela começasse a se movimentar, pois os ossos já estavam mais fortes, embora não do jeito que estavam antes da doença.
Foi emocionante! Agradecemos o motorista da ambulância e ligamos para avisar que eles poderiam ajudar outros que precisavam mais do que nós, pois é raro ter ambulância e quando tem, tem sempre alguém em condições piores que podem precisar dela.
Minha mãe não conseguia andar mais sozinha, não tinha força para mexer as pernas, ela estava um pouco atrofiada. Com a ajuda das enfermeiras da oncologia (a Sione e a Helena), cada uma foi segurando em um dos abraços, permitindo que ela se apoiasse firmemente nelas, e assim fomos até o carro, para que ela fosse para a casa. Ela chorou muito! Acho que foi uma mistura de emoção, aniversário, presente, sair dali andando, ver o carinho das enfermeiras e do médico. Parece que pouco a pouco as coisas estavam se encaixando novamente e voltando ao normal.
No começo, ela foi voltando a andar segurando nos braços de alguém, sempre alguém tinha que ficar por perto, pois ela não tinha força para se manter em pé. O tratamento continuava, as sessões de quimioterapia, as consultas, os exames. Pouco a pouco ela começou a se alimentar melhor, pois não sentia efeito nenhum com a quimioterapia, nem vomitar por causa disso ela não vomitou, esses efeitos variam de paciente para paciente e podem depender do tipo de medicamento empregado no tratamento.
Em maio, ela já estava conseguindo andar sozinha, devagar, mas já andava. No dia do meu aniversário (dia 31 de maio), sem esperar, ela me fez uma surpresa, tacou um ovo na minha cabeça! rsrs que loucura né? E depois ficou rindo da minha cara!
Sua melhora era gradativa.....
No mês de Junho, ela começou a ter uma tosse prolongada acompanhada por uma secreção amarelada, isso nos preocupava, pois eu não tinha conhecimento para saber do que se tratava, no começo ela usou um xarope prescrito por um outro médico que a atendeu no hospital, também teve um uso de um antibiótico, amoxicilina 500 mg, mas a tosse persistia e não passava. Ela teve febre e uma suadeira que não acaba, além de ter começado a reclamar de uma dor do lado esquerdo que não passava e uma suadeira danada!
Levei minha mãe ao pronto socorro, a médica plantonista prescreveu morfina para a dor intensa que não melhorara com outros medicamentos, enquanto isso a examinava, percebendo que a maca já estava ensopada de suor.
Passamos a madrugada no hospital, muitos exames foram feitos, quando pela manhã, outra médica que já havia trocado de plantão nos avisou que ela ficaria internada, pois no seu raio x mostrava claramente que ela estava com uma pneumonia. A médica também me pediu para falar todos os medicamentos que ela tomava em casa, e disse que ia avisar o Doutor Evaldo (hematologista) que ela estava internada.
Aguardem a quarta parte do meu depoimento
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